segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Where's the Love????!


Sempre existe um primeiro amor, isso é lógico. Na maioria das vezes o encontramos quando estamos descobrindo o mundo, as cores, as fantasias, os “faz-de-conta”. No meio de tantas descobertas, lá está ele, o amor. Com raras exceções, esse primeiro amor nunca se concretiza. É um amor distante, tímido mas intenso. E como somos praticamente crianças com relação a esse novo sentimento, nos entregamos à ele. Sentimos, mas sentimos tanto que nos falta coragem, ousadia, atitude. É um turbilhão de emoções que provocam as mais toscas reações. As mãos suam, as pernas ficam trêmulas, a barriga gela e ao mesmo tempo sobe um calor aqui. Ficamos bobos diante da “perfeição”, do encanto. Droga de reação!!!ou melhor, ausência de reação.

O tempo passa e nada aconteceu entre nós e nosso primeiro amor, ou, se aconteceu, não deu certo.

E o tempo continua passando.

E passamos a procurar nas diversas pessoas que passam pelo nosso coração, aquela mesma pessoa que nos fez descobrir o sentimento mais mágico existente. Procuramos em todos os ‘beltranos’, o fulano que um dia conhecemos. E nos decepcionamos cada vez que não o encontramos. Então, finalmente, depois de buscas incessantes e esperançosas, chegamos a uma conclusão que deveria ser óbvia: só existe UM fulano. E se não podemos mais usufruir deste amor, temos passar por algumas transformações nada fáceis. Transformarmos Amor em amizade, ou em outro tipo de amor, ...e voltarmos para a realidade que nos espera. E assim, recomeçarmos. Inicia-se uma nova busca, mas desta vez, menos complexa, pois iremos procurar um alguém singular e não um alguém dentro de outro alguém. Agora é esperarmos para acharmos e sermos achadas.



Agora, se você quer saber por que procuramos o primeiro amor em outras pessoas que não o são...Terei que estudar mais para chegar a uma resposta clara e objetiva. Talvez seja porque associamos o sentimento à pessoa, ou seja, se queremos senti-lo, procuramos aquilo que nos causou. Talvez, seja porque não o vivemos, ou se vivemos não conseguimos manter, pela nossa imaturidade. Talvez pelo medo de errar novamente. Talvez por nos apegarmos demais à pessoa e não conseguirmos esquecê-la. Talvez porque não libertamos nosso coração para encontrar outro alguém, e desse Amor não se tem dois.Talvez, só Freud explique. Talvez, nem ele.


E a busca continua,...Afinal, Amor a gente não escolhe.



Escrito por Rê Marra no dia 05/09/2005 às 15h58

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