"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Vivendo acima da Mediocridade
É, parece que tudo está mudando em mim.
O céu está mais distante. A vida insiste me fazer crescer, me mostrar que o mundo que criei não existe. E isso dói.
Dói saber que algumas pessoas simplesmente passam por minha vida, arrancam de mim algo e vão embora me deixando incompleta e nem um pouco preocupadas com o que cativaram.
Dói saber que os sentimentos são tão simples mas as pessoas complicam tanto a ponto de não podermos expressá-los direito.
Dói saber que, sim, existem pessoas más. Que, ás vezes, os que amamos não tenham tanto caráter.
Dói saber que meus dias de heroína estão acabando e temo ver que tudo foi em vão.
Aliás, meu conceito de heroína mudou também.
Não, não sou tão segura (em todas as horas) quanto demonstro. Tenho meus momentos de fraqueza, de dor.
Meu coração também sangra, como agora, depois de tantas descobertas.
Descobri que a redoma em que vivia pode ser mais confortável mas me prende e esse não é o meu limite, meu máximo. Meu limite é o Céu (ou melhor, o que o Céu me determina) e o Céu está mais distante.
Descobri que posso sair do ninho e voar mais alto, mas terei que dar um passo de coragem e mesmo vendo como o mundo é grande e muitas vezes cruel, escolher ficar inatingível, viver acima das circunstâncias.
Acho que essa é uma forma de amadurecer: ser uma heroína interna. Vencer os monstros que assombram o coração. Dominar o ciúme de amigos, a insegurança de perdê-los ou enxergar que nunca os teve. Olhar para um Amor Passado e ver que apesar de ‘passado’, foi um Amor e a gente sempre aprende com o Amor.
Agora começo a me sentir uma heroína, mas não do Conto de Fadas em que vivia. Mas do vasto mundo. Uma heroína humana que sonha mas sangra.
Uma heroína que apesar dos pesares, insiste em mudar o mundo (pelo menos o mundo de quem está à sua volta).
Heroína porque nesse mundo egoísta e desumano, escolho amar.
Heroína porque nesse mundo cheio de interesses e vinganças, escolho perdoar.
Heroína porque mesmo enfrentando vários problemas, ao invés de achar a vida injusta e colocar a culpa no mundo, escolho olhar pra dentro de mim, constatar meus erros e mudar.
Heroína por poder escrever cada vírgula do meu interior, que é sinal de liberdade e de que estou me conhecendo mais.
É, aos poucos a gente aprende que Amar pode nos levar ao ‘céu’ e/ou ao ‘inferno’.
Que mesmo que alguém jure te amar, aquilo pode ser passageiro portanto não é amor.
Aprende a não acreditar em todas as palavras de homens(humanos). “maldito o homem que confia no homem”.
Aprende que não se pode trancar os amigos no coração. Pode sim, tê-los com liberdade.
Que “jogo de cintura” é a palavra de sobrevivência.
Aprende que confiança se adquire. Educação vem de berço. Respeito, a vida ensina. E dentre todas as virtudes essenciais ao relacionamento interpessoal, HONESTIDADE é uma das mais importantes. Sendo que ser Honesto é uma escolha.
Escrito por por Rê Marra no dia 24/08/2006 às 13h53
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Perfeito...
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