sábado, 24 de outubro de 2009

E é assim que começa.


E subitamente ela desviou o olhar sem tirar os olhos dos olhos dele. Olhou para as árvores, para as pessoas...para o que refletia em sua pupila dilatada. Dilatada por causa da tensão de ser descoberto.
Depois de um segundo eterno, voltaram a se comunicar. O que eles diziam, não era o que realmente diziam. As falas eram rotineiras,mas os olhares falavam um outro assunto, entregavam o desejo.
E no nervosismo comum à esse tipo de situação, onde os olhos começam a denunciar o impronunciável, ela fala fala e fala para disfarçar. Em vão.
Num momento de distração o silêncio rouba a cena e dando vida ao que já passava na imaginação deles...aproximam-se consideravelmente e,sem falar com os olhos falam a mesma língua, na mesma língua.




Escrito por Rê Marra no dia 27/03/2008 às 12h34

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