terça-feira, 27 de julho de 2010

De repente...

Eu sempre tive facilidade pra amar, um amor de graça, por opção, sem condição,...um amor tranquilo. E também a mesma facilidade para expressá-lo.
Facilidade para amar no plural.
DE REPENTE, houve uma explosão aqui dentro e o amor, que tanto eu reprimia, se espalhou e me inundou.
E quando, DE REPENTE, o amor chega...assim, sem eu querer e no singular...é novo pra mim. É mais complicado, é estranho,...não consigo reagir, fico sem saber o que dizer ou fazer.
É intenso, denso, complexo.

Sabe, dizer que ama quando se ama aos poucos, quando é gradativo é bem mais fácil. Tem-se tempo pra entender, pra se acostumar e pra digerir todas as mudanças que o amor provoca.
Mas como é difícil falar "eu te amo" quando o sentimento é maior e mais forte que a palavra. Parece que a palavra não suporta o peso do amor.


"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."[Clarice Lispector]

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