O Amor deles parecia o ciclo da água. Pequenas partículas (que nem pareciam amor) evaporavam, subiam e com o tempo desciam novamente como chuva. Molhava a terra, lavava a alma, retirava a poeira...
De tempos em tempos o ciclo acontecia.
Eles não reconheciam todo aquele processo como amor, só sabiam que de tempos em tempos lá estavam eles juntos novamente de alguma forma.
Ele achava que era destino, coincidência.
Ela sabia que era porque estavam no mesmo caminho; era união de propósitos. Mas se uma pessoa quer chover ciclicamente e o outro quer virar rio e deixar fluir, fica complicado porque água quando se mistura não tem mais como separar. E justamente por isso, ele não se misturava.
Ela continuava fluindo sabendo de seu propósito enquanto ele insistia em evaporar.
Um dia esses ciclos cessariam, quando ele acordasse... E assim virariam mar, entendendo que esse era o resultado da união deles: mar. Ah, mar... Amar.
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