quarta-feira, 13 de julho de 2011

O outro dia.




Porque tem dia que dói mais. E a gente pari o dia como se estivesse parindo um filho, o filho da saudade, o filho da falta. Por isso dói tanto. Não tanto pelo dia, mas por mais um amanhecer longe de você.

Tem aqueles dias que a gente ri, distribui risadas, besteiras...mas mesmo assim, no meio daquelas risadas tem um pouco da sua risada, e entre aquelas besteiras tem as suas. E assim distribuo você, como se quisesse jogar fora cada pedaço seu, e distribuo nossos milhares de dias juntos resumidos em tão pouco...mas é em vão. Distribuo sim, mas a terra é fértil e o que era pra jogar fora é semeado. Pois tudo que é jogado com amor, germina, não morre, desenvolve mesmo que a gente não veja. E é aí que vem o outro dia. Aquele dia que dói mais. É o dia de colher você multiplicado. E eu junto cada pedaço, cada palavra, cada lembrança e...NADA. E você não aparece por inteiro. E toda semana eu repito isso. Isso de te jogar, te distribuir, te esgotar de tanto falar. E toda semana esse dia aparece...o dia que dói mais.

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