domingo, 26 de setembro de 2010

Uma carta especial.



Coloquei-me a escrever.
Eu precisava falar, descrever.
Mas meu pranto não permitia,
com vergonha cada palavra se escondia.
Não gosto de insistir, nunca gostei.
Mas também não sou de desistir.
Não gosto de ser redundante pois pode parecer pedante.
Então, depois de muito pensar, decidi não falar.
Mando apenas um papel em branco, assinado.
Pois é como me sinto sem tê-lo ao lado.
E assino em letras miúdas para que saiba que existe uma folha inteira esperando por nós.
Mas essa enorme folha em branco vai dentro de um pequeno envelope, que é como me sinto.
Apertada.

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