"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Coisas da Língua Portuguesa.
Porque se é desigual, desleal...é descaso demais.
Quase tudo que tem "DES" desestrutura, destrói.
Por isso, observo sempre se dentro dele(do outro) existem essas três letras juntas que tornam tudo desumano. Tento enxergar cada letra, cada sílaba, cada palavra.
E quando não vejo, tento ouvir se o silêncio está destoando a festa de meu coração.
Mas também há o silêncio que grita sufixos, que acrescenta, que alegra, que aumenta...
Talvez, por isso, nunca gostei muito de prefixos. Quase sempre negam, antecipam,...
Tá aí, o motivo que escrevo: encontro nas palavras (no português) tudo que já deveria saber mas não tive coragem de entender. Aí recorro à escrita e depois leio o português claro das coisas.
Há quem diga que falar demais não é bom, ou que escrever o que vem na alma nos torna vulneráveis ao outro.
(sim, isso pode acontecer quando lidamos com pessoas medíocres e que usam o sentimento do outro para obter poder)
E por não suportar mais tanto jogo estúpido da vida, escrevo motivada pelas regras das palavras. Para liberta-las, libertar-me.
"Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras." _Clarice, a Lispector.
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