Foi num intervalo que tudo veio à tona.
Porque às vezes quando estamos envolvidos com tantos acontecimentos externos e tentando entender as emoções, o que se passa dentro da gente, perdemos o presente. Abrimos espaço para dúvidas.
Parece tudo tão bom, tão fácil, tão leve que dá medo. Afinal, fomos ensinados que a vida não é tão simples assim.
Mas é. Aliás, pode ser!
Tudo ia muito bem, obrigada. Mas o medo de errar gritou e então veio a dúvida disfarçada de ponderação e sensatez. Quase sempre o medo se disfarça entre nossas virtudes.
Ele disse "adeus". E ela se foi. Ela não era do tipo que não conseguiria viver sem alguém, mas ela queria, sim, viver com ele. Mesmo assim, ela se foi.
Aí que veio o intervalo. Cada um seguiu sua vida. Mas sabe-se lá porquê a vida sempre os unia de volta em algum propósito, evento. Ainda assim ela não queria mais, estava cansada.
Ele reapareceu, contou tudo que houve no tempo em que não se falaram.
Ela ouviu, tentou assimilar. Quando olhava pra trás não tinha boas lembranças. Tudo que vinha na memória a fazia ter medo. Mas ser guiada pelo medo nunca foi seu objetivo consciente. E ela estava consciente, bem consciente.
Aquilo tudo soava como "ser a última opção"mas, pensando bem, ser a última no caso de um romance é o início da eternidade juntos.
Sim, houve muita coisa no intervalo, mas o que importava? Agora ele estava ali disposto a ficar, escolhendo ficar.
O orgulho diria pra ela não aceitar, mas e o amor o que diz?
Ela ouviu o amor e aquele dia ele ficou e no outro também, no outro também...
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