Escrever romances, cartas de amor, textos sobre o amor sempre foi tão fluido pra mim.
Era lúdico, poético... Era resposta.
Era a resposta da pergunta que eu não fazia; era a resposta que eu devia ter dado várias vezes e não tive coragem no tempo devido. E era a pergunta que muitas vezes persistia.
Então eu escrevia pra me dar uma oportunidade de dizer, de ouvir, de viver.
Fui profundamente amada, mas nem todo amor termina do jeito que a gente vê nas histórias. Então, eu mesma resolvi contar essas histórias de amor.
Algumas reais, mudando apenas detalhes pra não parecer tão autobiográfico. Outras vezes, trazendo pro texto o subtexto, pro consciente o subconsciente, falando o que era sentido mas não era dito. Outras vezes ainda mudando o final, terminando "felizes para sempre". Outras vezes, completamente inventado.
Mas quem se importa com a veracidade de uma história contada? Gostamos das sensações causadas.
Tenho um ex que me dizia sempre: "você traz à tona meu lado doce, bom, artístico, minha fantasia...".
Bom, se eu aflorava isso nele é porque dentro de mim isso é vivo demais. Então, eu escrevia...
Contar histórias... Que mal há nisso? É doce, estimulante!
Mas isso não pode nos tirar do real. Por um tempo eu escrevia porque vivia, em outros momentos porque sentia falta de viver.
E o tempo vai passando e a falta passa a ser companhia.
A gente assiste a filmes românticos, lê livros, ouve músicas, cria todo um cenário aqui dentro mas quando a realidade aparece, nos assustamos. E parece que na ânsia de querer que seja de verdade, que seja uma relação forte e honesta, tiramos a poesia, como se o amor maduro proibisse contos de fadas.
E como se os "contos de fadas" fossem simples. Nunca foram! Observe-os. Sempre há inúmeros obstáculos, verdades,...a grande questão é que o amor supera tudo (o medo, o orgulho, a falta de controle de nosso planejamento...).
Já faz um tempo que eu diminuí bastante minha escrita sobre romances.
Por um momento eu achei que fosse proibido amar, achei que não caberia mais tanta imaginação a essa altura da vida.
Mas me pergunto, em que "altura" não se pode mais falar de sentimentos?
Que momento foi esse que me calei, que tive vergonha ou medo de ser avaliada ?
Que momento foi esse que me atou a boca e me trancou o coração?
Talvez porque pela primeira vez eu tenho um sentimento plenamente firmado no que Deus me disse.
Então, os desfechos já não me preocupam tanto, os contratempos já são previsíveis, embora ainda assim me machuquem vez ou outra.
Mas quando nos firmamos em Deus sobre algo, já não há muito o que dizer. Ele já disse.
Claro, posso escrever contos de amor, mas alguns capítulos pra prosseguirem em minha escrita precisam antes mudar de página na vida pra não ficar repetitivo.
Enfim, só quero que você que lê tenha um amor tranquilo ao seu lado, uma confiança cega em Deus, uma liberdade inspiradora.
Quero que você também fale de amor com a inteireza e pureza que lhe são devidos.
Quero que você se veja nas histórias e busque o amor saudável, maduro,...o amor que Deus ensina e não os que são gritados por aí.
E pra você que diz sentir falta de meus contos românticos, me ajude a escrever, escrevendo a sua história de amor, vivendo-a...
Nenhum comentário:
Postar um comentário