Somos como um jardim. Dia após dia o cenário vai se modificando aqui dentro.
A grama cresce, as árvores crescem e cada uma, no seu devido tempo, dá seu fruto.
Algumas árvores dão flores, enfeitam, encantam os olhos dos passantes mas não tem forças suficientes para aguentar as demais estações.
Outras demoram a dar frutos. Às vezes por sua espécie mesmo, não é chegado o tempo. Outras porque estão fracas. Aí é preciso cuidar da terra, observar as raízes.
Algumas áreas em nossas vidas são floridas, outras não.
É preciso paciência para cultivar e esperar.
É preciso cuidado para arrancar as pragas (aqueles comportamentos e escolhas nossas que destroem a harmonia do "jardim").
E arrancar essas pragas, às vezes, dá um trabalhão! Porque nos acostumamos e acabamos encontrando beleza até nelas; sendo assim, é desconfortável arrancá-las. Justificamos sua existência.
Tem gente que deixa o jardim de forma "natural": sem podas, sem cuidados. Chamam isso de liberdade ou "aceitar a natureza".
Mas pra mim, não existe nada mais natural do que apurar o ouro existente em nós, podar as plantas para que cresçam mais fortes, mais saudáveis.
Os cuidados são necessários para que as virtudes sejam valorizadas e ganhem destaque.
Uma hora esse crescimento, essa mudança no jardim alcança uma amplitude tão grande que passa a ser impossível escondê-la. A nova fase quer gritar, anunciar a nova estação! As flores já não se escondem mais.
E quando essa mudança interna toca tantas "plantas" dentro de nós ao mesmo tempo, há uma mudança na aparência e até mesmo na geografia daquele "lugar" (nós- no caso, eu).
A gente quer externar os progressos internos.
Obs: sim, há pessoas que mudam externamente constantemente em busca de uma mudança interna. Confundem a ordem dos processos.
Mas geralmente as mudanças acontecem quando nosso coração pede por transformação ou quando algo já mudou.
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