sábado, 5 de abril de 2014

O sentido da Verdade pode nos surpreender.



É incrível como a mentira precisa fazer sentido. O inventado precisa ser explicado. A ficção tem que ter lógica (como se a vida tivesse...).
A verdade, por ser absoluta, descarta justificar-se.
Tantas e tantas vezes lutei pra explicar o inexplicável 'amor de verdade'. Eu queria fazê-los entender a dimensão...Claro, foi e é válido. Mas a maioria não consegue entender.
Se eu dissesse que amei e já não amo mais, muitos entenderiam (porque provavelmente teria uma explicação). Como se o amor se findasse....
Sim, o amor pode esfriar, pode ser escondido, mas ir embora como se nunca tivesse chegado?! Ahhh não sei não, hein...
Por ter me cansado de falar tanto, justificar ações e reações, me calei por uns dias.
E no silêncio falo mais alto. Na quietude da imaginação, a FÉ reina, soberana, e a emoção se estabelece sob o governo de Deus.

Não estou dizendo que as ações ou palavras não são justificáveis, ou não tenham causa, raízes profundas de um monte de coisas. Nem estou dizendo que quando minha imaginação está saltando minha fé vacile.
Estou apenas contando um momento da vida.
Estou apenas, mais uma vez, explicando como funciona o meu processo sobre a verdade que sinto.
Há várias fases.
Quando a gente se fere, nossa primeira reação é gritar, falar, contar como foi, explicar a dor. Mas passado um tempo, o sangue já parou de pingar e a gente encara a dor como 'parte da natureza' (quase) , como um acaso desgraçado.
Se foi apenas um corte, tudo bem, logo cicatriza. Mas se perdemos um pedaço de nós, mesmo que cicatrize, faz falta, dói. E é aí que entra a saudade.
Saudade do que foi, e pior, saudade do que poderia (ou ainda pode) ser.

Mas como já estou na fase do silêncio (do lado de fora), busco estabelecer a verdade da Fé nAquele que me criou, me conhece, me ama.
E a calmaria da confiança na Soberania do Pai (Deus) me invade e me guarda de tudo, inclusive da saudade e do amor 'já citado'.
E todos os dias ELE me relembra que os caminhos Dele são cheios de verdade. Assim sendo, não precisam fazer sentido. Pelo menos, não o "nosso sentido".

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