quinta-feira, 24 de abril de 2014

Eu estendo a minha mão. Estique a sua!


-Não me deixe
-Não fui em quem te deixou, foi você quem me deixou ir...
-Você volta?
-Você se refere à cidade ou a NÓS?
-Volte!
-...e mais uma vez você jogou a responsabilidade pra mim ou para o destino... Mais uma vez você me deixa ir...
-Como assim?
-Você não tinha que me pedir pra voltar, você tinha que me impedir de ir.
-Mas agora você já está indo...
-Sim, AGORA, já estou... Agora preciso ir...Ir pra qualquer lugar que não me lembre você.  
-Você sabe que não é assim.
-Mas pode ser. Pode funcionar.
-Se eu te amo e você me ama...por que você vai?!
-Porque, mesmo eu te amando e você me amando, você me deixa ir. Você tem medo do sentimento. É só amor, meu bem. Eu sei que é absurdo e gigante, mas não precisa ter medo. É só um sentimento que te faz perceber a respiração, que te mostra cada detalhe da vida... Mas enquanto você não desce e olha o que tem debaixo da cama, enquanto você não enxerga que não é um monstro, e sim, um presente...Eu vou.
-Me diga, você volta?
-Se eu não conseguir voltar sozinha, você me busca?!

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