"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quarta-feira, 30 de abril de 2014
O perdão cola, remenda.
Clara recebeu uma carta inesperada.
Olhou o remetente (vinha de uma temporada de pescaria, era quando ele finalmente parava pra PENSAR) e mal pôde acreditar. Afoita, abriu o envelope.
E em voz baixa começou a lê-la:
"Meu coração dispara
Diz: PARA.
Mas por que? Por medo de se perder no 'caminho sem mapa' que é o amor.
E por pura falta de coragem, mesmo sabendo o que quero, não consigo sair da margem.
E com isso vejo quem amo partir.
Partir-me ao meio e ir...
E fico metade.
Meio passado e meio presente.
Meio com uma namorada que ocupa um espaço social, e com você que ocupa meu coração e pensamento. Mas nessa metade sou intenso (eu sei, estou justificando)!
Mas mesmo fazendo o possível, dando o meu melhor...Sou só metade.
Assumir tudo foi a coisa mais difícil da minha vida
Mas minha vida já tinha sido dividida quando você chegou (antes e depois de você), e depois novamente dividida quando te deixei ir.
Então, como agora sou só fragmentos intensos, o orgulho, o medo, a covardia já não cabem mais.
Te ter de volta?! Como?!
Você me colaria? Você se colaria a mim novamente? Me perdoaria?"
Ahhh ela nunca hesitou em seu amor por ele. Tudo foi sempre muito claro, forte.
Era tudo que ela queria, tudo que ela esperou por tanto tempo. Mas agora ela tinha medo de ele deixá-la ir...sem nenhuma explicação lógica novamente. Aquela dor a relembrava de um Amor Covarde...
Mas ela tinha um lema: "Eu não tenho nenhuma coragem, mas procedo como se a tivesse, o que talvez venha dar ao mesmo."
Então, Clara pegou um papel e escreveu apenas:
"COLARIA SEMPRE. NUNCA ME DESCOLEI DE VOCÊ. E, SIM, TE PERDOARIA TODOS OS DIAS SÓ PRA PODER AMÁ-LO POR TODA A VIDA".
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Parece que pra Clara, tudo é tão claro, intenso e forte...
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