"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
terça-feira, 5 de junho de 2012
Naturalmente...
Como ela era boa em fingir (pra si)! Mas não por maldade e sim por NECESSIDADE. Porque era assim que ela precisava reagir, era assim que ela precisava continuar, era assim que ela estava acostumada "apenas bons amigos". Mas, fazer de uma paixão um amigo é até cabível, uma hora acostuma. Agora, fazer de um Amor apenas um BOM amigo é subestimar sua própria capacidade de amar. Mas, ela insistia, acreditava que conseguiria.
E ela fingia com tanta veracidade, digna de Oscar! Conversava naturalmente, perguntava, respondia de vez em quando. Às vezes ela perguntava sobre o atual relacionamento dele (acho que é pra ficar mais natural a atuação, ou talvez pra enfiar na sua própria cabeça que ele não estava nem aí pra ela, que foi uma "conquistazinha" barata - diga-se de passagem ).
Quando digo que ela fingia é apenas uma omissão dos verdadeiros sentimentos.
Não, ela não mentia, pois isso não admitia. Apenas restringia suas respostas ao racional.
[Eu sei, você pode estar se perguntando o porquê ela ainda conversava com ele. É porque ela gostava da amizade dele e achava estúpido deletar pessoas.]
Ela se saía bem quando o foco da conversa era ele ou qualquer outra coisa que não fosse sua vida pessoal.
Mas quanto maior o amor, maior tem que ser a atuação pra esconder tal sentimento, e quanto maior a atuação...menor a duração. Por isso, ela não costumava conversar muito tempo com ele. Não mais!
Ele fez uma pergunta normal, mas a resposta verdadeira incluiria ele e isso ela já não podia fazer. E como não mentia... Sem saber o que fazer, do outro lado da tela do computador aos prantos, mas firme nos dedos (com suas digitações)...se despediu rapidamente.
Ela não conseguia responder algo tão óbvio.
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