quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Lógica.


Eu que nunca tive lógica, nunca soube usá-la decidi desejá-la. A lógica.
Não é nada fácil meu casamento com ela. Não a conheço. Não sei nem por onde começar.
Me angustia ter que viver ao lado dela mesmo sabendo que viver com lógica não tem lógica nenhuma. 
É necessário o equilíbrio. Eu sei.
Mas eu sempre ensinei todo mundo que eu podia ensinar a arriscar, a criar uma nova lógica, a lógica do amor. E a lógica do amor é ilógica, é contrária, é ousada...é VIDA.

E quando decido ser um pouco mais "esperta", mais atenta ao que dizem, ao que sentem...Ele aprende o que eu sempre quis ensinar, e ele ousa (sem ver)se entregar, sair do morno da lógica.
Nunca imaginei! Ele?! Nãoo, vocês não sabem o quanto há razão, conhecimento, fugas ali dentro! De repente ele despertou.
O despertar dele me apertou. Me desesperou. Porque agora vivo meu momento de aprendizado na razão.
Mas ele me quebra cada vez que me diz coisas que constrangem (me constrangem por serem coisas belas e boas que nunca esperei dele). Uma declaração atrás da outra. Seja com palavras, com olhares...
Mas eu preciso aprender a graça da lógica, então me prendo a cada detalhe pra dizer não. Uma crença desigual (o que torna nossas prioridades díspares), a ausência de uma gentileza essencial pra mim, ...
Investigo, instigo.
E me vejo vivendo aquilo que sempre critiquei, que sempre lutei contra: a guerra da Lógica X "a entrega".
Ele me faz ver que meu passado nunca existiu. Foi mentira. Foram invenções de meu mundo imaginário.
As pessoas que passaram não foram tão legais assim como eu insisto em dizer e acreditar. Ele, gostando de mim dentro de toda lógica e com práticas condizentes, me faz encarar a realidade do passado inventado que  eu tive.
Confesso, não é a melhor coisa do mundo ter que enxergar as coisas do ponto de vista lógico, sem justificativas, sem maiores explicações para cada mau comportamento. Mas depois deve fazer bem.
Deve fazer.
Depois.

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