Não, não falo do dia que o amor aparece. Pelo contrário.
Naquele dia parece que acordei de um sonho, e a racionalidade me envolve de tal forma que é quase confundida com indiferença. Eu estou assim. Logo eu!
Todos aqueles momentos que guardava carinhosamente em minha memória parecem irreais, não passaram de invenções de minha ilimitada imaginação e fé nas pessoas. Fé que sumiu, desapareceu.
E cada lembrança faz eu me sentir mais idiota! E as pessoas que viviam na memória eram apenas atores dignos de OSCAR! E eu,...Ahhh eu....uma tola sem tamanho que um dia acreditou em Contos de Fadas, acreditou em palavras, em pessoas. Um dia acreditou.
Nesse dia que chegou me deparo com a descrença, com o pessimismo (até então desconhecido). E mesmo lutando contra tudo isso por uma questão de sobrevivência de meu "eu", não acredito mais!
E se antes, acreditando, eu era fechada; hoje, 'des-acreditando', estou ressabiada. E diante de todos os "ataques, flerte ou qualquer coisa", eu rio, levo na brincadeira. Porque é assim que o fazem: na brincadeira.
Porque é brincando de conquistar que me conquistam, mas como brincadeiras cansam e a gente quer mudar de brinquedo, param de brincar e eu sou obrigada a brincar de faz-de-conta sozinha.
Mas agora não levo brincadeiras a sério. Nem levo a sério quem se diz sério, porque mentiras são feitas por pessoas sérias também.
Se antes tinham que provar por A+B, hoje é necessário o abecedário inteiro!
E não adianta você me falar que não é assim, que eu não posso pensar assim pois sempre explanei sobre o amor e coisas boas da vida.
É involuntário. É consequência. Consequência insana, eu sei. Mas não posso mentir pra mim. É assim que me sinto AGORA. Mentir nunca foi meu forte (nem será). Não mudarei o discurso só porque você acha que estou magoada, revoltada ou sei lá o quê.
O discurso, o percurso pode mudar, claro! Mas pra isso, muita coisa terá que mudar junto.
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