sexta-feira, 12 de junho de 2020

RESILIÊNCIA

Nos últimos dias eu tenho enfrentado algumas coisas internas e isso me deixa mais calada (prefiro me calar nesses momentos do que derramar coisas de uma alma ferida), e por observar minhas reações percebi que eu tinha criado uma postura “firme”, como se isso fosse “ser resiliente”. Fui me percebendo “descrente” com algumas coisas. E percebi que eu não estava sendo resiliente, eu estava sendo deformada. E quando a gente é deformado ao invés de sermos transformados, isso não é resiliência, se isso nos afetou de forma ruim. E Deus falou comigo. E fui ao dicionário pra ver o significado literal. 
Porque essa é uma palavra muito usada nos últimos anos, mas assim como tantas outras, é usada de forma equivocada. E lá fui eu ao dicionário, e pá! Comprovou o que Deus havia me falado:

"Resiliência: propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica." 

Resiliência não tem a ver com suas conquistas externas, tipo: ”nossa, fulano passou por tanta provas e olha como ela conquistou coisas!”. Não, há pessoas que passam por cima de si e conquistam mesmo.
Resiliência é uma conquista interna. É “fulano passar por tanta coisa e ser mais amável dentro de casa, ser mais humilde DENTRO DE CASA, sem plateia.” Não se engane.

É ser como Jó, que teve, sim, seus momentos de angústia, mas esses momentos não o deformaram, não o tornaram com a visão suja, não o fizeram se revoltar.

AGORA, a questão é: Será que temos nos fortalecido, nos tornado pessoas resilientes ou será que nos acostumamos com a dor?


Quantas vezes a gente confunde resiliência com conformismo, a gente se adapta à uma vida desgraçada e chama isso de resiliência, enquanto na verdade estamos sobrevivendo. 

Resiliência é superar algo e se tornar melhor diante daquilo. Se tornar mais parecido com Jesus no coração, nas reações.
São processos aparentemente semelhantes. As pessoas falam que já passou, mas na verdade, ainda dói e, por isso, causa reações não saudáveis.
No período do acontecimento onde estamos processando é comum algumas reações “ruins”, é preciso respeitar o processo. Mas permanecer em trevas?!
Será que não nos acomodamos, nos acostumamos com a dor? Será que não aceitamos viver de forma infeliz, viver numa relação abusiva, ou o que quer que seja? Será que não nos submetemos à uma vida de escravidão (dos sentimentos ruins nos guiando, reagindo ao medo, raiva…) e chamamos de resiliência??? Será que não estamos nos enganando?
 O que é resiliência e o que é conformismo?

Não quero desmotivá-lo, claro que não. Só não quero que a gente se acostume com o ruim, como se isso fosse o destino, como se isso fosse “de Deus”, “carma” ou sei lá o quê. 
Só não quero que você pense que a vontade BOA, PERFEITA e AGRADÁVEL de Deus é te ver sofrer. 

Claro, não estou falando de momentos, de lutas, de tempestades. Estou falando de cotidiano. 

Lutas todos nós teremos “no mundo tereis aflições, mas TENDE BOM ÂNIMO, ELE venceu.” 
 Por que questiono tudo isso? Porque ser resiliente não pode nos tornar piores, e não podemos nos esconder atrás desse discurso, sendo que na verdade só nos afastamos de nossa origem.

Vivemos uma geração que se diz resiliente mas que no comportamento demonstra pioras, revoltas, agressividade... Isso não tem a ver com voltar a origem, àquela que Deus nos criou.
Que sejamos verdadeiramente RESILIENTES. MAIS FORTES, MAIS AMÁVEIS, mais maduros, menos vitimista.... 

Obs: esse é um pedaço da Live que fiz sobre RESILIÊNCIA.

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