Às vezes tentam calar sua voz.
Entulhar sua doçura.
Parece que a poesia foi enterrada viva junto com a admiração que morreu.
Então você se sente sufocada por tantas palavras atravessadas na garganta, enquanto
outras tantas (palavras) cravam seu peito.
Nesse momento parece a morte da poesia dentro da gente.
Há uma necessidade de falar mas já não existem palavras.
Agora só letras soltas que parecem não fazer muito sentido, como todo o resto.
Expressar-se, expressar-nos é um direito adquirido, é uma liberdade conquistada às custas de muitas lutas internas e históricas.
Mas e agora, com a morte da poesia? Vira só prosa?
Tem hora que a vida é prosa, sim. Mas tem hora que é poesia!
Ainda bem que a poesia é lúdica, habita num mundo paralelo e lá ela não morre, só adormece.
Daqui a pouco ela desperta novamente.
Daqui a pouco...
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