"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Saiamos do comodismo!
Uma das grandes vantagens do ser humano é a capacidade de adaptação.
Mas, como eu já disse outras vezes, determinadas características que são vistas como virtudes podem se tornar defeito se não há equilíbrio.
E a adaptação pode virar acomodação.
E o pior é que muitas vezes estamos vivendo uma vida acomodada mas nem "tchum"! Afinal, todo mundo vive. Ou melhor, todo mundo "não vive".
E aquele emprego que não tem nada a ver com você e aceitou trabalhar por um breve período se tornou sua rotina há mais de ano. E você está satisfeito, é razoável. Afinal, te dá dinheiro.
Sim, podemos e devemos ter a maturidade de trabalhar e tal, mas sem permitir que o "gosto pelo dinheiro" te roube alegrias. Se não está te agregando, mude.
E devido às circunstâncias, você passa a ter um novo ciclo de amizade. Claro, isso não é problema, desde que esse novo ciclo te complete também, assim como aqueles de sua cidade. Se eles te inspiram a ser você na origem. Porque, infelizmente, há pessoas que são legais, inteligentes, mas por uma questão de "mundo diferente" elas te afastam de quem você é na intimidade. E chega uma hora que você não se reconhece mais e usa como justificativa que são as "mudanças que vem com o tempo".
Algumas mudanças acontecem, óbvio. Mas falo de natureza, de essência... Porque quando nos afastamos de nós mesmos, chega uma hora que dá saudade e não sabemos o que é. Mas é a saudade de nós mesmos.
E aí, você começa a namorar, afinal é sempre bom ter alguém por perto! Você não ama, mas decide se adaptar por um tempo. Passado esse tempo, você se acomoda, e mesmo que outra pessoa desperte genuinamente seu coração, mesmo que outro pessoa te roube a respiração...você não se move. "Ahhh deixa isso quieto, está bom assim. Tem todo o envolvimento de família, toda expectativa do outro em cima de mim... Ter que passar por tudo isso de novo...". É, justificativas nunca vão faltar para o comodismo.
Mas tem mais, muito mais pra nós!
Você pode, sim, amar com toda a intensidade cinematográfica que vemos! Isso é real. A arte imita a vida.(olha eu aqui escrevendo..rs).
Às vezes não vai ser tão simples, o intenso nos assusta, parece responsabilidade demais mudar a vida de alguém e até a nossa própria aparando arestas para que aconteça, para que a relação se mantenha. Mas isso é que é viver! Direcionar!
Pessoas maduras sabem das mudanças necessárias. (falo por experiência própria. Já tive alguém que pensava em mudanças muito profundas em prol de NÓS. E eu sempre fui acostumada a fazer isso pelos outros, mas ter alguém fazendo isso por mim...assustava, parecia responsabilidade demais. Mas ele queria apostar e eu o privei por medo).
Sabe, essa acomodação, essa visão de mundo...Tudo isso pra mim é adultério (veja no dicionário). Estamos adulterando, tirando a pureza das coisas. Complicando o simples, dificultando o óbvio.
Acredite, você tem capacidade pra ir além!!!
E aos poucos a gente se mata. E a gente não se reconhece. E tem preguiça de jogar tudo pro alto, tem medo do novo, do recomeço e acabamos por viver uma vidinha mais ou menos.
Trabalho, casa, lazer...
Sim, tudo isso é bom, muito bom, mas se tudo isso tiver paixão, entusiasmo, motivação!
Se sua vida está no automático, tenha coragem de tomá-la em suas próprias mãos.
Não será fácil. É preciso assumir responsabilidades (ao invés de deixar a vida levar...), mas confie em mim, quando tiver a ousadia de fazer isso, aí sim estará VIVENDO!
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A zona de conforto, como qualquer outra zona, é um ambiente promíscuo, onde a preguiça, a apatia, a indiferença e o cafetão do comodismo swingam despudoradamente!!!
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