"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Relacionamento.
Desde criança Flor se encontrava no jardim diariamente com seu melhor amigo.
Não por obrigação, mas porque um tinha necessidade do outro.
Eles gostavam de estar juntos.
Ela amava a companhia dele.
Às vezes, nem diziam nada. Compartilhavam o silêncio.
O silêncio que diz tudo, que explicita toda intimidade e cumplicidade deles.
Como todo relacionamento, às vezes ela se desentendia com ele. Até porque ela era menina, tinha muito o que aprender, crescer, amadurecer...
Mas mesmo quando ela estava emburrada, ia lá. Porque seu amigo a amava absurdamente e ela sentia-se melhor com ele.
Com ele, Flor desabafava, desabava, se rendia, não precisava ser forte sempre, tinha liberdade. Ele a conhecia como ninguém, mais até do que ela mesma se conhecia.
Ela lhe contava de suas desilusões, de suas paixões passageiras, de seu amor que não acabava.
Ele era um bom ouvinte. Mas também lhe falava as coisas com sinceridade e amor.
Essa amizade a moldava, a mudava.
Hoje, Flor já não é mais aquela menina. É mulher.
Seus planos mudaram, seus desejos, suas prioridades.
E ela descobriu que sua profissão já não era aquela que a sustentou por 14 anos. Seu trabalho ia muito além de interpretar papéis. Sem querer ela era espelho para alguns e isso foi deixando-a mais responsável por cada coisa que fazia ou deixava de fazer, por cada coisa que dizia...
O mercado de trabalho já não a conquistava mais. A arte ainda pulsa, claro, mas o mercado a desanima.
Um meio que exige banalização de princípios, do amor, do sexo, ....não era um meio pra ela. Não dava mais!
O que ela vai fazer? Ué, seu amigo sempre a guiava, direcionava, consolava, confrontava....sustentava, e agora não seria diferente.
Outros caminhos se abriram, um novo horizonte.
Ela ainda não enxerga o final, mas agora, mulher, aprendeu a confiar (de verdade) e viver um dia de cada vez.
Não uma confiança em si, no trabalho ou qualquer coisa, uma confiança em seu melhor amigo: DEUS (Cristo). Porque ELE já tinha provado inúmeras vezes Seu amor por ela.
Ela sabia, confiar NELE é um caminho na contramão do mundo em que prega autossuficiência e independência o tempo inteiro. Mas ela sabia que DEPENDER Dele era a melhor coisa que tinha. Com ele, Flor descansava e a cada dia aprendia a ouvi-lo nas mínimas coisas.
Não era uma tarefa fácil, porque muitas vezes ela até sabia o que fazer, "sabia o que era melhor" pra ela, mas Flor não queria mais sua visão limitada, então abria mão de seus "achismos" para ouvir o que Ele tinha a dizer.
Mesmo que pareça loucura...É a loucura mais sábia, doce e incrível que existe.
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Múltiplas personas, né amiga ...???
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