"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Estranho.
Alguns dias sem falar 'você'. Sem falar de Amor, DO amor.
Não é falta de tempo. Tempo a gente arranja.
Não é falta de vontade. Vontade é uma constante em mim.
Não é falta de vergonha. Isso eu até tenho um pouco. Bem pouco, confesso.
Não é falta de sentimento. É excesso dele.
É falta de você. E você...eu não posso "arranjar", nem posso arrancar.
Como se arranca algo assim que se uniu a mim? É como rasgar um pedaço de mim.
E não é por ser um amor apenas (apenas?), mas por ser PAZ também. Por ser um sentimento que, por incrível que pareça, apesar das circunstâncias, me traz PAZ.
Eu paro.
Penso.
Repenso. Reavalio. Retalho...e quando vejo está tudo colado de novo.
Observo friamente. Me coloco de fora da situação. Me coloco de espectadora.
Tento saber onde inventei tudo isso, em qual fantasia criei você.
Tento te descobrir no meio de minha imaginação, mas não te acho apenas lá.
Claro, você habita lá, como em todo resto meu. Mas não foi lá que foi desenhando. É real. Você é real.
E agora me pergunto, aquilo que vivi (vivemos?) foi real?
Sim, poucos dias. Mas é como se fossem elevados a potência máxima.
É como se o próprio número não aguentasse tanta intensidade e usasse o expoente para o elevar ao topo.
Tá uma explicação matemática demais? É que estou tentando usar seu mundo lógico pra ME "auto explicar".
Não ache que estou obstinada! Não!
Eu tentei. Tento.
Conheci pessoas encantadoras, incríveis, dispostas a tudo (ou quase tudo).
Mas não consigo mentir, não consigo fingir. Nem pra eles, nem pra mim.
Não consigo estar com alguém com você no coração e memória. E não é uma memória remota, mas uma memória que quase me carrega.
Claro, estive com eles (um, depois outro) com o máximo que pude de mim. Mas meu máximo era incompleto.
Fui feliz com eles. Me fizeram bem, me fizeram rir...mas eu os fiz chorar. Não por maldade. Mas por falta de coragem de me abandonar. Me abandonar junto com você que ficou lá atrás e me construir de novo. Construir um outro alguém que não seja eu. Um personagem.
Eu estou buscando soluções. Eu não queria ser assim.
Eu queria ser como a maioria, de memória fraca, que por não conseguir ficar sozinha se apega a alguém legal, e o pega pra viver.
Mas não sou assim!!! Não sou!
Eu gosto de ficar sozinha. Gosto de minha própria companhia. Gosto até de sua companhia imaginária.
E gosto de estar com alguém que me roube o ar, me tire do chão...Mas meu chão já foi tirado e não foi reposto. Aí fico sem caminho de prosseguir, de chegar a outro alguém, de chegarem ao meu coração.
É...e mesmo depois de escrever tanto, de esgotar meu vocabulário (que aliás precisa melhorar), de acabar com todas minhas indagações, finalizo mais uma vez sem conclusão.
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