segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O ponteiro andou.




O relógio que parecia parado, andou.
E o ponteiro marcou a hora não-prevista.
Estranhei, é claro. Mas despertou-me.
Catei minhas coisas e outras coisas não minhas (de ninguém).
Catei o que senti, e não o que vi, e fui me vestindo no caminho.
Um caminho que não reconheci. Uma estrada sem nome.
Mas mesmo assim não tive medo, prossegui. Afinal, quem fica parada na estrada corre risco de ser atropelada. Atropelada pela chuva, pela poeira, pela vida e por quem também segue um caminho sem ver (e pior, sem sentir!).
Um passo após o outro. Correr pra quê? Não estou apostando nada com ninguém.
Daqui não vejo muita coisa, não tem muita GENTE nesse estrada, na verdade, NÃO resta muita GENTE nesse mundo.
Só sei que ando pra frente, mas vou deixando algumas coisas (minhas e não minhas) pelo caminho. Não pra ficar mais leve(como alguns "egocentricamente" fazem), pois leve eu sempre fui. Mas deixo pra 'quem sabe ser seguida'!?!
Vou me abandonando na estrada pra tentar ser o Norte pra quem precisa, pra dar esperança pra quem está só...pra mostrar que outra pessoa já percorreu esse caminho.
Deixo inclusive uma 'flor seca' e uma canção que ganhei de presente. Talvez meu remetente desperte também.
TALVEZ.

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