"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Ela acreditava em milagres.
Era um final de tarde lindo, como quase sempre é.
Como sempre fez, Liz foi à praia conversar com Deus.
Ela gostava daquele momento, daquele espetáculo do Sol, da luz dourada cobrindo o mar.
As águas do mar em constante devoção a Deus mexiam com o espírito de Liz.
As águas subiam até onde conseguiam como se exultassem diante do Criador e, de repente, justamente por estarem diante de tamanha Majestade, as águas se prostravam. Assim, formaram-se as ondas do mar. Pelo menos, era assim que Liz enxergava.
Eu sei, parece um mundo particular, e era. No mundo dela, tudo tinha uma conexão com Deus, a quem ela chamava carinhosamente de Pai.
Liz tinha boa aparência, muitos não a entendiam. Achavam que ela poderia estar fazendo outras coisas, usando sua beleza. Coisas normais, ir à festas, conhecer pessoas... Mas ela sempre preferiu a companhia de seu Pai ou de pessoas que estivessem no convívio Dele.
E alguns, por não a entenderem, ficavam imaginando coisas e inventando histórias sobre ela.
Ela ria da imaginação alheia. Nunca foi tirar satisfação com ninguém. Liz sabia bem quem ela era.
E naquele final de tarde ela estava lá, sozinha, numa praia onde não tinha mais ninguém, sentada na areia, pés descalços, olhos fixos no horizonte.
De repente, alguém veio do mar. Não, não era fantasma ou nada assim! Era apenas um cara que estava surfando.
A praia é grande, mas o cara quis ir bem onde ela estava. De longe, educadamente, já a cumprimentou. Ela só levantou os olhos e deu um meio sorriso, pra não dar muita abertura pra conversa.
Ele passou por ela. Ela respirou aliviada, pois ninguém iria "perturba-la" naquele momento.
Ilusão. Ele só foi pegar uma toalha, uma maçã (porque estava com fome) e sentou-se ao lado dela.
- O mar estava incrível hoje._ ele disse.
- É. _Liz respondeu o olhando, sendo um pouco mais receptiva.
Ele continuou o papo, contando várias histórias, e ela o ouvia.
Com o tempo, ela foi se desarmando, ria de algumas coisas. Ele parecia boa pessoa, mas algo a incomodava, a alertava.
- Você chegou, sentou-se aqui, veio conversando... Não me disse seu nome.
- Ah, desculpe. Gael, muito prazer.
- Liz.
Apertaram a mão um do outro. Apesar de ter sido um simples aperto de mão, Liz sentiu todo seu corpo se movimentar por dentro. E ele também. Mas não falaram nada.
Essas coisas estranhas que acontecem são ainda mais estranhas quando tentamos explicar. Não se explicaram, mas sentiram.
[O que não cabe em nosso entendimento desperta "certa desconfiança" ou desconforto. Mas quem foi que disse que tudo cabe dentro da caixa premeditada?
Sinceramente, descobrir e aceitar o que foge de nosso controle pode ser um desafio mas, muitas vezes, é um desafio recompensador.]
Enfim, apesar de toda estranheza de ambos, algo dentro deles foi conectado.
Ficaram lá até tarde da noite. Às vezes conversando com palavras, outras com o silêncio.
No outro dia, tudo normal. Como se nada tivesse acontecido, Gael seguiu a vida.
Ele não se atentava aos acasos, preferia seguir seu planejamento habitual, conhecer pessoas que seguissem seus roteiros, que preenchessem seus pré-requisitos muito bem pensados para que não houvesse "falhas".
Como se relacionamentos fossem empresas, como se não houvesse a beleza da vulnerabilidade, das diferenças...
Mas Liz o entendia, ela sabia que algo o assustava. E gente assustada não enxerga as coisas com nitidez, tudo parece tenebroso, qualquer sombra vira monstro e o desconhecido vira uma ameaça.
Depois desse dia, eles se viram ou se falaram algumas vezes no decorrer de alguns anos, mas sempre com um hiato de tempo para garantir a distância emocional que supostamente traria segurança.
Em pouco tempo de conversa ela percebeu toda rede de segurança que ele criava para não sofrer. Na verdade, ele era sensível, embora não quisesse ser. Ele era doce, embora parecesse áspero vez ou outra.
Vez ou outra ele a feria sem saber mas parecia de propósito. Parecia que a feria pra aniquilar qualquer resquício de sentimento. Era estranho. [ A "Estranheza" sempre estava entre eles]
Era estranho porque com todos ele era amável, mas com ela era 'limitado'.
Ela sempre tentava o enxergar pela lente do Amor (falo do Amor Divino). Tentava justificar as ações "feias" feitas gratuitamente.
Nos últimos dias, ao mesmo tempo em que as coisas pareciam melhorar entre eles, pioraram.
E enquanto todos a queriam por perto, ele se esquivava.
Enquanto todos a admiravam, ele parecia querer colocá-la pra baixo. E Liz vivia num mundo muito bom para se submeter ao mundo que ele estava naquele momento. Era muito bem tratada e cuidada para, de repente, aceitar ser "descuidada".
Ela sabia que Gael era um homem bom. Foi a essência dele que a encantou. Foi o "não dito"... Ela sabia da conexão que acontecera anos atrás e ela sabia que isso tinha nascido de Deus, mas já estava esgotada.
Liz acreditava que um dia ele perceberia as grosserias cometidas. Acreditava. Agora não mais.
Como aquele ditado "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".
Sim, viveram dias lindos, dias que pra ela pareciam a eternidade. Breves momentos mas tão cheios de ternura que....
Mas agora...a pedra foi furada e dói. Dentro dela dói.
Todo amor e admiração que ela tinha por ele congelaram. [Não, não desapareceram, mas congelaram]
Liz nunca teve esse olhar por alguém. Esse olhar de NADA. Agora, toda estranheza que ela sentia voltou-se contra ela mesma. E ela se estranhava.
O fogo pode descongelar isso? Pode. Mas de onde viria esse fogo?
Um milagre? Talvez.
Um milagre iniciou essa história, e um milagre poderia conclui-la como deveria ser, como estava escrita bem antes de acontecer.
Ela acreditava em milagres pois eles eram constantes em sua vida.
domingo, 22 de outubro de 2017
Jornada da Fé.
É tão maravilhoso, tão surpreendente quando, de repente, você SE PERCEBE alinhado com o Pai, e aquilo que você queria, você não quer mais.
De repente, aquilo que tinha valor, não tem mais. E Deus, de forma natural, à medida que nos entregamos à ELE, vai nos contando Seus segredos, muda nossos valores.
E como diz C.S.Lewis : "tudo que não é eterno, se torna eternamente inútil".
E em alguns pontos onde vocês "discutiam" (Deus e você), vocês não discutem mais porque se tornaram UM naquele aspecto. Vocês querem a mesma coisa! A natureza Dele passou a ser a sua.
E à medida que vamos avançando com ELE, algumas coisas que fazíamos, pensávamos ou desejávamos não fazem mais parte de nós. Não porque aquelas coisas eram erradas, mas porque você cresceu e aquelas coisas não lhe servem mais.
"Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino." E quando nos tornamos homens (maduros), aí sim podemos reinar com o Pai.
"Porque o filho imaturo de nada se difere do escravo."
E esse é o desejo de Deus, que nos tornemos UM com ELE em todas as áreas de nossas vidas, em cada detalhe.
Pra quê? Para que ELE se manifeste através de nós e para que possamos viver a plenitude que ELE tem para nós.
"E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós,..."_ João 17:20,21.
Sabe, nossa jornada com Deus (no relacionamento com ELE) é sempre progressiva. Não dá pra ficarmos parados, no mesmo nível ou intensidade. Ele sempre nos levará a um lugar mais profundo Nele, de maior conhecimento e dependência Dele , afinal, "o justo vive por fé".
Se ainda estamos vivendo com as coisas sob nosso controle e construídas por nossas próprias mãos, ainda não chegamos ao objetivo do Pai.
Nossas qualificações são bênçãos, mas elas não podem ser nosso sustento, entende?! O que conquistamos ajudou a nos construir, faz parte de nossa história, mas não pode ser nosso guia.
A jornada de Fé é uma aventura e tanto, e qualquer um é chamado para ela! Inclusive você e eu!
Essa jornada não exige currículos, cursos teológicos, graduações, títulos, histórico "santo"... Ela exige renúncia e coragem! Na verdade, coragem pra, muitas vezes, renunciar o que sabemos, e escolher o SABER de Deus.
Se você está do mesmo jeito, ATENTE-SE, pode ser que você tenha saído do caminho. Sim, as mudanças vêm, e que bom por elas! O único imutável, que não precisa de mudar, é DEUS. Quanto a nos...prossigamos em conhece-Lo.
Beijos
Com Amor...
De repente, aquilo que tinha valor, não tem mais. E Deus, de forma natural, à medida que nos entregamos à ELE, vai nos contando Seus segredos, muda nossos valores.
E como diz C.S.Lewis : "tudo que não é eterno, se torna eternamente inútil".
E em alguns pontos onde vocês "discutiam" (Deus e você), vocês não discutem mais porque se tornaram UM naquele aspecto. Vocês querem a mesma coisa! A natureza Dele passou a ser a sua.
E à medida que vamos avançando com ELE, algumas coisas que fazíamos, pensávamos ou desejávamos não fazem mais parte de nós. Não porque aquelas coisas eram erradas, mas porque você cresceu e aquelas coisas não lhe servem mais.
"Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino." E quando nos tornamos homens (maduros), aí sim podemos reinar com o Pai.
"Porque o filho imaturo de nada se difere do escravo."
E esse é o desejo de Deus, que nos tornemos UM com ELE em todas as áreas de nossas vidas, em cada detalhe.
Pra quê? Para que ELE se manifeste através de nós e para que possamos viver a plenitude que ELE tem para nós.
"E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós,..."_ João 17:20,21.
Sabe, nossa jornada com Deus (no relacionamento com ELE) é sempre progressiva. Não dá pra ficarmos parados, no mesmo nível ou intensidade. Ele sempre nos levará a um lugar mais profundo Nele, de maior conhecimento e dependência Dele , afinal, "o justo vive por fé".
Se ainda estamos vivendo com as coisas sob nosso controle e construídas por nossas próprias mãos, ainda não chegamos ao objetivo do Pai.
Nossas qualificações são bênçãos, mas elas não podem ser nosso sustento, entende?! O que conquistamos ajudou a nos construir, faz parte de nossa história, mas não pode ser nosso guia.
A jornada de Fé é uma aventura e tanto, e qualquer um é chamado para ela! Inclusive você e eu!
Essa jornada não exige currículos, cursos teológicos, graduações, títulos, histórico "santo"... Ela exige renúncia e coragem! Na verdade, coragem pra, muitas vezes, renunciar o que sabemos, e escolher o SABER de Deus.
Se você está do mesmo jeito, ATENTE-SE, pode ser que você tenha saído do caminho. Sim, as mudanças vêm, e que bom por elas! O único imutável, que não precisa de mudar, é DEUS. Quanto a nos...prossigamos em conhece-Lo.
Beijos
Com Amor...
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
A liberdade é incompreensível para muitos.
Eu estava lendo Mateus 23 e...UAU! Como é forte! Como nos confronta, nos desperta.
Sim, falo de nós (você e eu).
Vou colocar um trechinho do que está escrito para ter uma ideia, mas depois leia todo o capítulo se lhe interessar.
"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês."_Mateus 23:15
Os fariseus, naquela época, eram conhecedores da Palavra de Deus, sabiam manuseá-la, eram religiosos admiráveis (aos olhos de muitos) mas Jesus os confrontou.
Todos nós temos resquícios desse farisaísmo em nós, mas alguns não percebem em si, somente nos outros. E ficam como aquela parábola do Fariseu e Publicano : "Ainda bem que não sou como esse pecador, publicano...."_dizia o fariseu.
Sabe, é preciso Graça pra lidar com isso. Combater o farisaísmo sem agredir o fariseu. Embora, o fariseu (em nós) sinta-se ofendido de qualquer maneira por se achar muito apto para tudo.
Sim, precisamos de graça, mas JAMAIS devemos entrar novamente sob jugo de escravidão, porque foi pra liberdade que Cristo nos libertou.
[Por favor, entenda liberdade. Liberdade é não ser escravo de nada, nem de si, nem de desejos, ....enfim, isso é outro assunto].
Eles não entendiam Jesus, que era santo e livre. Pois a concepção deles de santidade ou devoção estava ligada à prisão. Viviam engaiolados dentro de regras, sob leis. Até a graça lhes parecia "comprável".
É...que Deus nos revele a nós mesmos.
Que possamos NOS enxergar e sermos realmente livres.
E caso você já esteja voando, saiba, quem não sabe voar não consegue admirar seu voo. Quem vive preso, por não entender sua liberdade, transforma em defeito a sua virtude em saber voar.
Mas não nos deixemos intimidar, oremos para que as correntes que prendem os que criticam sejam arrebentadas para que eles experimentem a leveza de uma vida guiada pelo Vento.
Beijos
Com Amor...
Sim, falo de nós (você e eu).
Vou colocar um trechinho do que está escrito para ter uma ideia, mas depois leia todo o capítulo se lhe interessar.
"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês."_Mateus 23:15
Os fariseus, naquela época, eram conhecedores da Palavra de Deus, sabiam manuseá-la, eram religiosos admiráveis (aos olhos de muitos) mas Jesus os confrontou.
Todos nós temos resquícios desse farisaísmo em nós, mas alguns não percebem em si, somente nos outros. E ficam como aquela parábola do Fariseu e Publicano : "Ainda bem que não sou como esse pecador, publicano...."_dizia o fariseu.
Sabe, é preciso Graça pra lidar com isso. Combater o farisaísmo sem agredir o fariseu. Embora, o fariseu (em nós) sinta-se ofendido de qualquer maneira por se achar muito apto para tudo.
Sim, precisamos de graça, mas JAMAIS devemos entrar novamente sob jugo de escravidão, porque foi pra liberdade que Cristo nos libertou.
[Por favor, entenda liberdade. Liberdade é não ser escravo de nada, nem de si, nem de desejos, ....enfim, isso é outro assunto].
Eles não entendiam Jesus, que era santo e livre. Pois a concepção deles de santidade ou devoção estava ligada à prisão. Viviam engaiolados dentro de regras, sob leis. Até a graça lhes parecia "comprável".
É...que Deus nos revele a nós mesmos.
Que possamos NOS enxergar e sermos realmente livres.
E caso você já esteja voando, saiba, quem não sabe voar não consegue admirar seu voo. Quem vive preso, por não entender sua liberdade, transforma em defeito a sua virtude em saber voar.
Mas não nos deixemos intimidar, oremos para que as correntes que prendem os que criticam sejam arrebentadas para que eles experimentem a leveza de uma vida guiada pelo Vento.
Beijos
Com Amor...
Desarme-se.
É muito interessante como lemos ou enxergamos as coisas de acordo com nosso pré-julgamento. Muitas vezes, interpretamos de acordo com o que somos ou como estamos (no inconsciente) e não de acordo com o outro que escreveu.
E a maioria de nós faz isso sem perceber.
Você fala A, a pessoa entende Z.
O que me deixa mais triste é perceber que as pessoas sempre estão buscando o "algo a mais" que acham que está escondido na frase. Acham que profundidade de visão é deduzir o que não foi dito.
A maioria de nós quer achar a falha no que foi dito ou escrito, ao invés de achar o acerto; quer deturpar ao invés de facilitar a comunicação e simplesmente entender o que foi escrito.
Se alguém escreve "FOLHA", leia FOLHA, não deduza floresta (coisa boa) nem queimada (coisa ruim).
Às vezes vejo algumas coisas nas páginas de notícias, por exemplo. A matéria diz que a água é importante, aí vem uma criatura e diz que ele não falou do SOL, pq o Sol também é importante. E começa-se uma discussão baseada em NADA.
Cada dia mais eu entendo pq Jesus falava por parábolas com a multidão. Porque a clareza assusta e/ou torna-se ineficiente pra quem simplesmente não quer entender.
É cansativo, desgastante demais ter que explicar tudo simplesmente porque nossa alma doente/ferida enxerga as coisas de forma distorcida, desconfiada.
É desanimador ter que viver, conversar, escrever pisando em ovos só porque cada um entende o que quer.
Vamos facilitar a vida (dos outros e a nossa)!
E uma das formas de facilitar é apenas LER, OUVIR sem nenhuma pré-disposição para o ruim. Tentemos ver pelo ângulo bom.
Eu busco fazer isso. Sempre que alguém faz alguma coisa que eu discordo, eu paro e penso "não, não deve ser isso. Fulano não pode ser tão ruim".
E quando não conseguirmos isso, se formos alvos de leituras equivocadas, a gente tem que entender que cada um entende as coisas do lugar em que vive (emocionalmente e espiritualmente).
Não tem como exigirmos uma visão ampla de alguém que está no pé do morro. Só quem escalou a montanha é que conseguirá enxergar além.
Paciência é a palavra de sobrevivência pra nós, seja para sermos lidos ou para lermos.
Vamos nos desarmar.
E a maioria de nós faz isso sem perceber.
Você fala A, a pessoa entende Z.
O que me deixa mais triste é perceber que as pessoas sempre estão buscando o "algo a mais" que acham que está escondido na frase. Acham que profundidade de visão é deduzir o que não foi dito.
A maioria de nós quer achar a falha no que foi dito ou escrito, ao invés de achar o acerto; quer deturpar ao invés de facilitar a comunicação e simplesmente entender o que foi escrito.
Se alguém escreve "FOLHA", leia FOLHA, não deduza floresta (coisa boa) nem queimada (coisa ruim).
Às vezes vejo algumas coisas nas páginas de notícias, por exemplo. A matéria diz que a água é importante, aí vem uma criatura e diz que ele não falou do SOL, pq o Sol também é importante. E começa-se uma discussão baseada em NADA.
Cada dia mais eu entendo pq Jesus falava por parábolas com a multidão. Porque a clareza assusta e/ou torna-se ineficiente pra quem simplesmente não quer entender.
É cansativo, desgastante demais ter que explicar tudo simplesmente porque nossa alma doente/ferida enxerga as coisas de forma distorcida, desconfiada.
É desanimador ter que viver, conversar, escrever pisando em ovos só porque cada um entende o que quer.
Vamos facilitar a vida (dos outros e a nossa)!
E uma das formas de facilitar é apenas LER, OUVIR sem nenhuma pré-disposição para o ruim. Tentemos ver pelo ângulo bom.
Eu busco fazer isso. Sempre que alguém faz alguma coisa que eu discordo, eu paro e penso "não, não deve ser isso. Fulano não pode ser tão ruim".
E quando não conseguirmos isso, se formos alvos de leituras equivocadas, a gente tem que entender que cada um entende as coisas do lugar em que vive (emocionalmente e espiritualmente).
Não tem como exigirmos uma visão ampla de alguém que está no pé do morro. Só quem escalou a montanha é que conseguirá enxergar além.
Paciência é a palavra de sobrevivência pra nós, seja para sermos lidos ou para lermos.
Vamos nos desarmar.
sábado, 7 de outubro de 2017
Sobre a "Arte" nos dias de hoje.
Diante do que que estamos vivendo e como perdura a discussão sobre a "Arte" apresentada no MAM (Museu de Artes Modernas de São Paulo) em sequência daquela lástima do Santander....vamos lá!
[Antes de mais nada, não tenho objetivo de criar polêmicas ou criar discussões aqui, portanto, segure os dedos aí. Desde já, OBRIGADA. ]
Sou atriz por profissão e sou artista em suas mais variadas formas de expressão, e não me acho melhor que ninguém por isso. E como tal, me dou o direito de discordar completamente de alguns da classe artística, onde dizem que uma criança tocar um homem nu é arte.
E não venha me falar que depende dos olhos de quem vê. Não, nesse caso não! Porque isso não é arte! Isso é ultraje, afronta!
Vamos estudar um pouco?!
Vocês já ouviram falar de DADAÍSMO? Pois é, foi um movimento que ocorreu em 1916. Eles faziam qualquer "merda" (com o perdão da palavra) e diziam que era arte. Aproveitavam a subjetividade da Arte pra tentar semear suas revoltas, apresentavam suas podridões internas e queriam "vendê-las" como belas. A intenção deles era afrontar as ideias consideradas "burguesas" ou tradicionais, não se importando com o que o público entendia. Eles queriam implantar a anarquia, e diziam isso ser "liberdade de expressão".
Se fosse liberdade de expressão, não ficariam tão revoltados com as respostas negativas às suas supostas artes.
Sim, a arte é pra comunicar, pra expressar o ser humano. Mas pera lá! Nem toda expressão ou comunicação é arte. Ou é?
Se pensarmos assim, um psicopata que mata mulheres é artista. Afinal, ele está expressando sua alma. Um pedófilo que usa seus desejos obscuros pra tentar "embelezar" ou tornar aceitável sua doença é artista?! Já ouviram a frase "nem tudo que reluz é ouro". Então, não desmereça a arte.
Não é porque faço parte da classe artística que sou obrigada a defender o indefensável. Mesma coisa de um político defender a roubalheira porque ele também é político.
Acima das classes, das profissões, do que fazemos, está o SER, o que SOMOS. Antes de ser artista, sou GENTE, feita à imagem e semelhança do Criador e, sinceramente, dentro de mim não há nenhuma identificação com essa podridão disseminada. E espero que dentro de você também não!
Ao que parece, estamos vivendo novamente a "Idade das Trevas" (me refiro a História). Mas enquanto ainda há algumas luzes entre nós...Que brilhem!
Quem pode dizer o que é ou não arte? Bom, isso ninguém. Mas podemos, sim, dizer o que viola o básico das relações humanas. Não dá pra relativizar princípios vitais.
E se sua "Arte" não é pra acrescentar, se é pra promover o caos, as trevas...desculpe, você não é artista, é um fanfarrão.
Obrigada. De nada.
Com todo amor do mundo...
[Antes de mais nada, não tenho objetivo de criar polêmicas ou criar discussões aqui, portanto, segure os dedos aí. Desde já, OBRIGADA. ]
Sou atriz por profissão e sou artista em suas mais variadas formas de expressão, e não me acho melhor que ninguém por isso. E como tal, me dou o direito de discordar completamente de alguns da classe artística, onde dizem que uma criança tocar um homem nu é arte.
E não venha me falar que depende dos olhos de quem vê. Não, nesse caso não! Porque isso não é arte! Isso é ultraje, afronta!
Vamos estudar um pouco?!
Vocês já ouviram falar de DADAÍSMO? Pois é, foi um movimento que ocorreu em 1916. Eles faziam qualquer "merda" (com o perdão da palavra) e diziam que era arte. Aproveitavam a subjetividade da Arte pra tentar semear suas revoltas, apresentavam suas podridões internas e queriam "vendê-las" como belas. A intenção deles era afrontar as ideias consideradas "burguesas" ou tradicionais, não se importando com o que o público entendia. Eles queriam implantar a anarquia, e diziam isso ser "liberdade de expressão".
Se fosse liberdade de expressão, não ficariam tão revoltados com as respostas negativas às suas supostas artes.
Sim, a arte é pra comunicar, pra expressar o ser humano. Mas pera lá! Nem toda expressão ou comunicação é arte. Ou é?
Se pensarmos assim, um psicopata que mata mulheres é artista. Afinal, ele está expressando sua alma. Um pedófilo que usa seus desejos obscuros pra tentar "embelezar" ou tornar aceitável sua doença é artista?! Já ouviram a frase "nem tudo que reluz é ouro". Então, não desmereça a arte.
Não é porque faço parte da classe artística que sou obrigada a defender o indefensável. Mesma coisa de um político defender a roubalheira porque ele também é político.
Acima das classes, das profissões, do que fazemos, está o SER, o que SOMOS. Antes de ser artista, sou GENTE, feita à imagem e semelhança do Criador e, sinceramente, dentro de mim não há nenhuma identificação com essa podridão disseminada. E espero que dentro de você também não!
Ao que parece, estamos vivendo novamente a "Idade das Trevas" (me refiro a História). Mas enquanto ainda há algumas luzes entre nós...Que brilhem!
Quem pode dizer o que é ou não arte? Bom, isso ninguém. Mas podemos, sim, dizer o que viola o básico das relações humanas. Não dá pra relativizar princípios vitais.
E se sua "Arte" não é pra acrescentar, se é pra promover o caos, as trevas...desculpe, você não é artista, é um fanfarrão.
Obrigada. De nada.
Com todo amor do mundo...
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Não siga a procissão!
Não é porque algo se torna comum que deixa de ser um "desvio".
Não é porque se tornou comum que passou a ser normal. As consequências são as mesmas.
Não é porque 90% está doente que a doença se torna um padrão de normalidade.
Não! Foquemos nos sãos!
Nossa opinião por achar algo normal ou aceitável não retira a gravidade das coisas e nem anula as consequências.
Tapar o Sol com a peneira não elimina os raios solares.
Acordemos enquanto é tempo.
Não usemos de nossas doenças emocionais como padrões.
Não é porque se tornou comum que passou a ser normal. As consequências são as mesmas.
Não é porque 90% está doente que a doença se torna um padrão de normalidade.
Não! Foquemos nos sãos!
Nossa opinião por achar algo normal ou aceitável não retira a gravidade das coisas e nem anula as consequências.
Tapar o Sol com a peneira não elimina os raios solares.
Acordemos enquanto é tempo.
Não usemos de nossas doenças emocionais como padrões.
Meu mundo ideal é uma dança a dois!
Depois de ver um vídeo de uma galera dançando, eu achei massa mas fiquei pensando : "poxa, é tão mais legal dançar a dois".
E não estou falando de danças românticas nesse contexto de festa, amigos e tal.
[Claro que se for com o namorado ou marido é mil vezes melhor!]
Aí continuei minha divagação, eu e eu mesma...rs...
Sempre fiz dança, de tudo um pouco. Aí quando cheguei na dança de salão me identifiquei ainda mais.
Por quê? Porque a dança de salão não é simplesmente uma dança, tem todo um universo que a envolve e deve ser respeitado.
Por exemplo:
1-O homem é quem deve convidar a moça, e ao retira-la pra dançar, deve leva-la pelas mãos até o salão onde irão dançar. E ao término da dança leva-la de volta onde a buscou.
*OBRIGADA, DEUS! COISA LINDA!
[Isso mostra todo o cuidado do homem com a mulher, como DEVE SER! ]
2- A condução dos passos é toda do homem.
É claro que podem combinar previamente o que um mais gosta e tal. Mas se o cara não for um bom condutor, mesmo que seja um excelente dançarino, a dança não sai, ou se sai, não fica tão bonita nem agradável para a mulher, que fica perdida.
E confesso que aqui, no início, eu tinha dificuldade quando eu sabia mais que o cara, tentava "ajudá-lo" (conduzindo). Mas depois aprendi a dançar conforme o "saber" do outro. Foi bom pra mim isso!
E também, há caras que não sabem tanto, mas sabem conduzir, tem a mão firme pra direcionar e isso bastava (na dança!). Melhor "dois-pra-lá e dois-pra-cá" bem conduzido do que mil passos soltos, sem a mínima condução.
[Isso remete a como tem que ser numa relação interpessoal para que haja harmonia: estando os dois de acordo, UM conduz. Imagine se um quer girar e o outro quer fazer cambré, não sai nem um passo nem o outro].
3-Você dança COM o outro, extremamente sincronizado e ligado. Se um erra, o outro erra junto.
Não é uma dança PARA os outros, não é uma apresentação (mesmo que se trate de uma, no caso de dançarinos profissionais).
É isso, PRA MIM, a dança de salão representa MEU MUNDO ideal: homens e mulheres com seus direitos iguais, essências preservadas e cada qual em seu papel.
E não estou falando de danças românticas nesse contexto de festa, amigos e tal.
[Claro que se for com o namorado ou marido é mil vezes melhor!]
Aí continuei minha divagação, eu e eu mesma...rs...
Sempre fiz dança, de tudo um pouco. Aí quando cheguei na dança de salão me identifiquei ainda mais.
Por quê? Porque a dança de salão não é simplesmente uma dança, tem todo um universo que a envolve e deve ser respeitado.
Por exemplo:
1-O homem é quem deve convidar a moça, e ao retira-la pra dançar, deve leva-la pelas mãos até o salão onde irão dançar. E ao término da dança leva-la de volta onde a buscou.
*OBRIGADA, DEUS! COISA LINDA!
[Isso mostra todo o cuidado do homem com a mulher, como DEVE SER! ]
2- A condução dos passos é toda do homem.
É claro que podem combinar previamente o que um mais gosta e tal. Mas se o cara não for um bom condutor, mesmo que seja um excelente dançarino, a dança não sai, ou se sai, não fica tão bonita nem agradável para a mulher, que fica perdida.
E confesso que aqui, no início, eu tinha dificuldade quando eu sabia mais que o cara, tentava "ajudá-lo" (conduzindo). Mas depois aprendi a dançar conforme o "saber" do outro. Foi bom pra mim isso!
E também, há caras que não sabem tanto, mas sabem conduzir, tem a mão firme pra direcionar e isso bastava (na dança!). Melhor "dois-pra-lá e dois-pra-cá" bem conduzido do que mil passos soltos, sem a mínima condução.
[Isso remete a como tem que ser numa relação interpessoal para que haja harmonia: estando os dois de acordo, UM conduz. Imagine se um quer girar e o outro quer fazer cambré, não sai nem um passo nem o outro].
3-Você dança COM o outro, extremamente sincronizado e ligado. Se um erra, o outro erra junto.
Não é uma dança PARA os outros, não é uma apresentação (mesmo que se trate de uma, no caso de dançarinos profissionais).
É isso, PRA MIM, a dança de salão representa MEU MUNDO ideal: homens e mulheres com seus direitos iguais, essências preservadas e cada qual em seu papel.
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