Sempre se perguntam (quando não ME perguntam) pra quem escrevo ou por quem escrevo.
Querem saber se é ficção ou fatos.
As pessoas sempre querem saber.
Só não entendo porquê.
Eu falo que não vou dar explicações mas sempre acabo dando.
Escrevo o que acho que devo, escrevo o que muitas vezes não devo mas acho.
Acho em mim.
E o que se encontra em mim me pertence. Gosto de clarear meus pertences.
Escrevo o que enxergo, como enxergo. E outras vezes, escrevo justamente porque não enxergo.
Discorro sobre acontecimentos não acontecidos.
Floreio ideias. Finalizo tristemente alguns contos.
Idealizo outros milhares.
Não busquem explicação na arte.
A arte se explica por si só.
Óbvio, são tocantes porque têm como alicerce sentimentos reais, não camuflados.
Talvez por isso, essa curiosidade. Por causa da clareza e falta de máscaras.
Mas, um conselho, ao invés de aguçar sua curiosidade, use o que lê para SE LER, para se enxergar, pra se permitir ser honesto com você e com os outros.
Use a ousadia das letras que escrevo para SER também.
É engraçado.
As pessoas estão sempre querendo tolher nossa liberdade.
Até na escrita! Até na arte!
Isso não me incomoda tanto pra eu chegar a me calar ou atar minhas mãos.
Me incomoda saber que muitos não sabem o que fazer com o barulho do despertador tocando.
Porque escrevo pra despertar, te despertar, me despertar para a VERDADE.
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