"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Sobre a decepção.
Decepções não são de todo um mal.
É sério! Não estou querendo justificar. Ou estou?
Elas podem ser proveitosas. Servem como um DE REPENTE.
E DE REPENTE tudo muda.
DE REPENTE o que você imaginava que era, não é; e o que você sentia...escorre junto com o choro. DE REPENTE a pessoa que você gostava tanto despenca e mesmo se ela quisesse, você não a quer nem pintada de ouro!
DE REPENTE você enxerga mais nítido, as escamas caem dos olhos e você vê que de tudo aquilo que você achava que alguém era, era apenas 40% era verdade. E 60% de mentira te alivia... SIM, porque se a tal pessoa tinha um peso 100 na sua vida, se você o considerava 100%, agora não mais. Agora o tamanho que ele ocupa é proporcional a verdade que ele é.
E é engraçado (ou trágico), mas, muitas vezes, precisamos que a decepção nos visite com uma certa frequência para não idealizarmos ou sonharmos demais.
É, decepção com o outro. Decepção comigo mesma.
A primeira é necessária, a segunda...vergonhosa. E a gente sente vergonha de um dia ter dado tanto crédito, tanta confiança, tanto valor às pedras... Sente vergonha de ter que precisar se decepcionar com o outro para despertar.
Essa, a decepção comigo mesma, essa não era necessária. Essa que dói mais, e a gente fica com vergonha de encarar o espelho, de lembrar do que foi dito, do que foi feito... tudo em vão.
Ainda bem que passa.
Decepção com o outro é um de repente.
Decepção com a gente mesmo...Bom, ainda bem que passa.
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