sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Meu coração.Um viu, outro abraçou, outro o levou.

O Primeiro foi aos poucos
Não me ofereceu muita coisa
Não me comprou rosas, não me deu presentes
Mas me ofereceu um respeito incomum
Me contou um pouco de sua vida
Não me escondeu suas fraquezas
Me deu seu ombro pra chorar
Chegou perto de meu coração,
Mas deixei ir. Ele já não me fazia rir.


O Segundo foi marcante
Sorriu pra mim, me encarou.
Mostrou-se disposto. Viajou.
Deitou na minha cama
Deitei na sua cama
Experimentamos lugares diferentes
Provocamos o vício um do outro.
Explosão sexual.
Me leu, me escreveu.
Me ensinou
Desembrulhou
Aprendi novo significado amoroso para "eternidade".
E vivi eternidades incríveis.
Mas ele me escondeu suas fraquezas
E eu escondi as minhas.
Ele abraçou meu coração mas não o levou não.
Eu tive medo, ele teve medo.
E a gente disse ADEUS com muita dor no coração.


O Terceiro foi de repente
Nem tempo pra ter medo eu tive e fui inconsequente.
Me deu flores, me deu música e liberdade.
Fui eu mesma do meu jeito mais inteiro
Fui menina ingênua e acreditei no amor.
Fui mulher independente e ousei dizer o que sentia.
Meu coração ele pegou, mas nosso futuro ele adiou.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Flor só queria um amor em paz.



Um amor marcado e outro interrompido. Essa era a história romântica de Flor. Uma entrega dela e um poço de indecisão de retorno. Outra entrega ainda mais completa e uma covarde omissão.
Flor morria de medo de se apaixonar outra vez, e achava impossível se apaixonar em cima de um outro amor (no fundo no fundo ela ainda sangrava pelo amor entregue e interrompido).E afogava seus sentimentos nas lágrimas, os sufocava com afazeres...
Então, fez a terrível opção (in)voluntária de ser indiferente, de não acreditar no que diziam e passou a ser como aqueles que a machucaram por equívoco de palavras e ações encantadoras. Só não chegou ao ponto de enganar pessoas (isso ela não conseguia! Achava golpe baixo demais!).
Alguns se aproximavam com aquela conversa dúbia, gestos doces mas ela ria pra fugir de ter que julgar aquela situação, brincava pra não ter que apostar numa mentira. Ela sabia que podia se surpreender e ser verdade, mas...e se não fosse? Mais um golpe ela não suportaria.
Então ela sonhava. No sonho ela podia se soltar, ela podia voar, ela podia amar.
Flor aprendeu a escolher o sonho da noite (por necessidade e urgência de amor), e todas as noites ela vivia coisas incríveis...
Acordava feliz com a experiência da noite, mas aflita pela realidade da manhã.
Ela não queria ter medo, não queria...Mas pra ela não servia qualquer um, porque pensava que 'se serve qualquer um, é porque nenhum serve'. O coração tem que pular apenas numa direção. Se pula à toa é por pura aflição. E ela queria afeição, amor, decisão...
Pra muita gente, ela queria demais. Pra ela, era simples, ela apenas queria paz.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fingir pra quem?



E quando a saudade não apertava tanto, às vezes ela tomava coragem. Estranho? Não. É que quando a saudade era forte demais ela não sabia fazer nada além de chorar. Então, quando ela tinha um pouco de controle sob seu coração que quase saía do peito, ela ligava.
Pegou o telefone, ligou.
Arrancou toda doçura da voz e perguntou:
-Se a gente não tivesse uma história.... hoje você poderia me ver? Você seria meu amigo?
-Como assim?
-Assim mesmo...
Tudo que ela desejava era a presença dele, a companhia, o toque...Tudo que ela desejava se resumia a ele. E nessa necessidade de se lambuzar daquele que ela amava em segredo, ela tentava ao menos sobreviver com o 'abraço-amigo', com a presença-ausente, ela tentava fingir pra si algo insustentável. Ela tentava fingir frieza, mas cada vez que ela fingia frieza seu coração acelerava trazendo calor e um desconforto incomum. Ela fingia descaso, mas o 'des' corria e sobrava o 'caso' no subconsciente, repetindo incansavelmente sua resposta à pergunta não feita. Caso.
Ela fingia que de vez em quando se lembrava dele. Mentira, era mentira. Ela não lembrava, pelo contrário, ela jamais o esquecia. E o procurava em cada olhar, cada abraço, cada risada...Vez ou outra o achava em pedaços. O abraço de um, a risada de outro, a musicalidade em outro, a seriedade doída em outro, e ainda a indiferença cortante em outro. Ele inteiro era impossível achar em outro. E o tempo ia passando e a racionalidade dele a empurrava para outros braços. E mesmo não querendo, ela temia dar as mãos à outro alguém. Logo as mãos que ontem eram daquele que a tem.

domingo, 9 de outubro de 2011

Essa hora chega.

Uma hora a paciência acaba
O sonho se cansa
A esperança esquece de acordar

Uma hora sua indiferença mata
Meu amor machuca
E o coração esquece de me lembrar

Uma hora sua falta vai embora
Minha consideração também.
E minha alma para de chorar.

Uma hora...essa HORA vai chegar.

Estou aqui. Sempre estive.



-Vá, querida, você precisa conhecer outras pessoas. Você precisa sair da toca!
-Quem disse isso?
-Eu estou te dizendo, ué!
-Ah, mas ele...
-Sem "MAS". Vá sem compromisso de encontrar algo especial nele. Se encontrar, ótimo! Se não encontrar, bom também, ele pode se tornar especial.
-Hum...essa história de "se tornar"...
-Anda, daqui meia hora ele estará aqui na porta pra te buscar.
Ana foi. Vestiu seu melhor disfarce de "o show tem que continuar" e foi. Saíram pra jantar. Guilherme tinha um ótimo gosto. E tinha muita paciência (o que nesse momento, para tentar ganhar o coração de Ana, era de extrema importância).
Ana chegou em casa tentando fazer o mínimo de barulho possível. Não queria ninguém lhe perguntando "como foi". Não adiantou. Sua mãe a aguardava ansiosa.
-E aí, como foi?
-Legal.
-Legal?! Só isso?
-Ué,...Guilherme é uma boa pessoa.
-Tá vendo! Doeu? Ele te mordeu?
-Não, não mordeu. Mas doeu.[...] Bom, vou subir para o meu quarto. Boa noite.
Ana evitava a todo custo falar sobre o coração. Ela sabia que todos sabiam, mas não precisavam ouvir de sua boca que ela ainda amava 'aquele que ela nem pronunciava o nome para evitar pensar'.
Dias se passaram e Guilherme passou a ser companhia constante. Não, eles não tinham sequer se beijado. Mas estava perto disso acontecer. Guilherme era determinado e isso mexia com Ana. Ela sempre admirou pessoas que sabem QUEM querem, que lutam por quem querem...ao invés de mudarem de 'alvo'. Porque se o cara muda de "alvo" rapidamente mostra que nem ele sabia o que queria, ele simplesmente queria alguém...e um alguém qualquer.

-Me dê uma chance, Ana! _disse Guilherme.
Ana não respondeu, apenas deu um meio sorriso e ele a beijou. Desde então começaram a namorar.
Ana sempre se negou a namorar por 'conveniência', mas Guilherme sabia de toda sua história e estava disposto a amá-la e conquistar seu amor. E sua mãe lhe dizia pra dar uma chance ao coração ( o problema é que o coração de Ana já não era mais dela. Pertencia 'àquele que ela não mencionava o nome').
Guilherme era um cara muito interessante, EDUCADO tal como as exigências de Ana (coisa difícil de se achar), atencioso...

-Mas ele não canta, mãe!
-Como assim, não canta?
-NÃO CANTA. Toda nossa família é de músicos, sempre sonhei com alguém que cantasse, que tivesse música na veia assim como nós...
-Minha filha, você está se apegando a detalhes demais. Está procurando uma desculpa...

Assim ela prosseguiu o namoro. Ela queria, ANA queria gostar dele, mas esquecer o Violeiro (sem nome) era mais difícil que construir a Arca de Noé, mais complicado que abrir o Mar Vermelho...Para Ana, esquecê-lo era comparado a mais um Grande Milagre Bíblico!
Um ano. Um ano de namoro. Ana estava alegre, contente (no sentido literal da palavra...SE CONTENTANDO), aprendendo a viver no morno, no normal...Mas toda semana, todo mês ela sonhava com o dia que o 'Moço do Violão' iria resgatá-la daquela vida e levá-la com ele.
Ela não se conformava com aquela realidade "cruel e medíocre". O mal de Ana era que ela sempre leu demais, via filmes demais, sonhava demais...Pra ela tudo era possível.
E era.
Depois de um ano e alguns meses, o Moço da Música (da música de seu coração) deu um sinal de vida, reapareceu. Mas sem dizer nada de 'mais'.
Uma semana depois Guilherme a pediu em casamento. Ana chegou em casa e foi direto pro quarto chorar.
-Eu não posso fazer isso, não posso! Não posso levar isso adiante! Não consigo! Guilherme não merece! Meu Deus, me ajude, me ensine a amar o Guilherme!

O telefone tocou.
-Guilherme, é você?
-Oi Ana. Boa noite.
Ana ficou muda.
-Ana, você está aí?
Ela que sempre foi boa de disfarces não conseguiu pensar em nada "natural".
-Oi...estou aqui. Sempre estive.
-Ana, eu sei que demorei, sei que fui covarde,...
-Que bom que sabe... Você demorou.
-Você está com alguém?
-Além de você no coração?
-Eu te amo. E estou aqui na porta de sua casa.
Ana chorou silenciosamente e foi até a porta.
-Eu sei. Eu sempre soube. Mas você precisava descobrir isso, precisava assumir isso pra você mesmo.[...] Olha, me desculpe mas eu acabei de ser pedida em casamento. Minha vida precisava continuar...
-Mas você vai aceitar?
-Tanta gente me chamou de boba, tola por te esperar, por te querer, por te amar...Se vou aceitar? O Guilherme tem cuidado muito bem de mim.
-Você não me respondeu. Você vai aceitar? Vai se casar com ele???
-Depende de você. Você veio aqui apenas pra me contar de sua descoberta?
(às vezes Ana sabia ser fria 'por fora')...Sempre existiu amor entre nós, mas nada foi feito.
-Não, não liguei apenas pra contar de minha 'descoberta'. Liguei pra te pedir que volte pra mim...Ai, eu não sei fazer isso...
Ana ficou em silêncio um tempo e prosseguiu:
-Não. Eu não aceitei. Eu pedi um tempo. Terminamos.
-Você quer se casar comigo?
Ana finalmente sorriu com o corpo e com a alma. Ele a puxou e a beijou.


E assim, depois de um ano e tanto de intervalo, continuou a história de Ana e seu amado (que vocês não saberão o nome).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Escolha Boas Sementes.

Muita gente diz que sou mal acostumada (eu diria BEM acostumada), que meus amigos fazem tudo por mim e tal. E realmente fazem.
(Falarei no singular, mas quando disser ELE, me refiro aos Amigos.)

Se eu estiver com dor de cabeça, ele sai do bar pra comprar remédio. Se eu estiver passando mal em casa e não tiver almoçado, ele vem pra minha casa e traz lanche. Se eu estiver voltando de viagem e precisar que me busque no aeroporto...lá está ele a me esperar.
Me busca em casa pra sair. Vai comigo à 3 supermercados atrás de sorvete pra minha mama. Vai comigo à outra cidade só pra eu dar um presente para um amado.
Me enchem de cuidado e amor.
PENSANDO BEM, ELES REALMENTE SÃO OS MELHORES DO MUNDO!
Mas ao invés de você ficar com "inveja boa"(não existe inveja BOA, já deixo claro), ao invés de reclamar que os seus não fazem isso...que tal começar por você?!
Sabe, nada passa oculto aos olhos do Pai (Deus)...NADA.
Quando eu morava em SP e tinha R$10 e dividia esse dinheiro com uma amiga... Deus via.
Quando eu dividi meu sanduíche com um menino de rua, Deus viu.
Quando, em pleno sábado de descanso, eu fui ensinar uma amiga a dirigir...Deus viu.
Quando eu orava e cantava para minha amiga dormir...Deus viu.
Quando eu acordei cedo durante uma semana pra levar minha amiga ao trabalho (pois ela estava sem carro) e depois a buscava...Deus viu.
Quando dois amigos(irmãos) estavam sozinhos em casa, com medo de ladrão num dia de chuva, eu saí de casa e fui pra lá...Deus viu.

Por isso, ao invés de ficar observando as coisas que recebo, OBSERVE AS COISAS QUE DOU. Quer mudar sua colheita, mude a semeadura!

E do mesmo jeito que Deus vê tudo que ELE agrada, ELE também vê o que não O agrada. E como ELE é meu Pai (porque eu o recebi como Pai), quando faço coisas ruins, ELE me corrige.


Bom, esse texto foge de meus padrões, mas eu quis dar um testemunho pra estimular a não parar de 'se dar', a não parar de amar...pensando que ninguém reconhece e tal...Ame e dê de graça! Se ninguém reconhecer, pode ter certeza que Deus reconhece. E mais, é a lei da vida: tudo que o homem semeia, ele colhe.
Escolha boas sementes.
Beijos

terça-feira, 4 de outubro de 2011

E a chuva me chamava...



E essa chuva me chamando pra ir com ela pra um lugar qualquer?!
Foi por isso que hoje ao acordar eu logo quis me derramar. Eu precisava me desmanchar para a chuva me levar.
A chuva doce precisava de minhas lágrimas salgadas. Meu sal precisava daquela doçura.
O encontro estava marcado. O celestial com o humano. O divino com o sua criação.
E o mais interessante é que essa noite eu havia sonhado com esse encontro. Era o convite!
Quanta delicadeza de meu amado me mandar um convite durante a madrugada!!!
E ela veio aos poucos, mas exibia um espetáculo de luzes e som...
Eu não tive medo, não me assustei, me sentei na grama e esperei.
Eu chovia e o Céu chovia. Eu expulsava o sal excessivo que estava me corroendo, e o Céu jogava sua água pura. Eu me esvaziava, e a CHUVA me enchia.
Tempos depois, eu já encharcada de "ambas as chuvas", de maquiagem escorrendo, de alma borrada, me levantei ainda sem forças mas disposta e cheia de doçura.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Meu melhor amigo.



Outro dia eu estava conversando com meu melhor amigo tentando entender algumas coisas.
Melhor amigo, sabe como é,né?! A gente fala muita besteira, fala de rotina, e fala de coisas profundas. E ainda a gente repete as mesmas conversas (às vezes), muda só alguns detalhes mas as queixas são quase as mesmas, porque as mudanças não são tão repentinas, são gradativas. Aos poucos, ele vai me falando, me mostrando e eu, quando não teimo, vou melhorando.
- Por que essa situação pra mim é tão difícil? Por que não é igual a de todo mundo?
- Porque você não é igual a todo mundo e eu preciso de você um pouco mais preparada para essa situação.
- Hã?
- Meu bem, por que você insiste em não me ouvir?!
- Eu ouço!
- Tá, mas não pratica o que ouve, às vezes. Ou seja, não adianta nada.
- Mas saiba, você, que não é tão simples assim?
- Eu sei, minha amada. Mas não é tão simples justamente porque você quer fazer tudo! Você quer determinar tempo, quer fazer do seu jeito e não é assim que as coisas funcionam. Não pra mim. Meus pensamentos são mais altos que os seus. Confie.
- Então quer dizer que eu não tenho que fazer nada?
- Entenda, meu bem, entenda. Você tem que fazer sim, mas só quando eu disser e o que eu disser. Se você agir debaixo do que eu digo a responsabilidade é minha. Mas se você agir por si, a colheita é responsabilidade sua. É claro, que mesmo assim, por eu amá-la absurdamente e BONDADE E AMOR serem parte de meu caráter, vou ajudá-la, vou cuidar de você. Mas as coisas podem ser um pouco mais fáceis. O difícil pra você é confiar de verdade, é deixar que EU faça...Por incrível que pareça, eu confio mais em você do que você confia em mim.
- Aiii, isso é tão dolorido, né?! Eu confio mas é que...
- Relaxe, meu bem, eu sei de suas dificuldades e a amo do mesmo jeito. Só quero ajudá-la e amá-la. Permita-me fazer isso na plenitude?!

Como perceberam meu Amigo sabe de tudo, aliás, não só sabe mas É TUDO. É meu melhor amigo, meu Pai, meu conselheiro, meu amado, meu Salvador, minha companhia, ...meu Deus.