terça-feira, 1 de março de 2011

Deixe-me ser.



Quando ele foi falar com ela, o coração dela derramava. Ela chorava, contida, mas chorava.
Ele se aproximou e, envergonhada, ela abaixou a cabeça e desaguou.
-Olha pra mim.
-Não _ respondeu meio sem fôlego.
-Não faz assim com a gente, as coisas ficarão mais difíceis.

(Mais difíceis? Você que não sabe dos gigantes que eu tive que enfrentar pra viver com você! Não sabe dos conflitos que tive que resolver (não, não dava pra deixar pra lá)!E diante da primeira dificuldade, aliás, diante do 'conforto' que você teria que abrir mão, você me diz NÃO?! Diante do único preço (baixo até) que teria que pagar para permanecermos, você simplesmente joga a toalha?![...] Não estou te culpando, jamais! Isso foi bom pois você me motivou a crescer, a vencer o medo de me envolver...Por isso, não me peça pra não chorar._ ela pensou.)
-Difícil pra quem? Não, não...Não me peça pra não chorar. Não estou chorando por ser fraca, pelo contrário, choro porque tenho sido muito forte por muito tempo, e agora eu não caibo em mim. Deixe-me ser.

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