quinta-feira, 6 de maio de 2010

Só um toque.




Um punhado de parênteses na resposta. Mil perguntas na mente. Uma certeza no coração. E um ponto final que insistia em dizer não.
Bastaram para que começasse a confusão.
Eram lágrimas que já não sabiam o caminho, desciam desgovernadamente. Soluços que vinham do peito, apertavam a alma.
E se a perguntavam o que estava acontecendo, a explicação custava fazer sentido. Custava tanto que não podia pagar, nem com sorrisos, nem com lágrimas, nem com sedução.
O jeito era se contentarem com o meio sorriso, com a meia resposta, aliás, com a falta dela.
A verdade era que ela não queria que a entendessem, o de que ela carecia palavra não ajudaria. Por isso, mesmo que ela soubesse o que se passava, resposta ela não daria.
No íntimo, ela mesma não sabia. Sabia que havia se cansado, e tudo que queria era um abraço apertado. Sem motivos, sem explicações, sem intenções. Apenas o amor... cru.

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