"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quarta-feira, 3 de março de 2010
Visita.
Ele chegou.
Ela não tinha nada para oferecer à ele. Aliás, só Amor.
Ele aceitou. Sentou-se e comeu tudo com as mãos.
Era tanto amor que lambuzou seu rosto, respingou na roupa.
Até desperdiçou um pouco, deixando cair no chão.
Depois de adoçar-se todo, lambeu os dedos pra ter certeza que não sobrara nada.
Levantou-se e quando já estava longe despediu-se, abanando no ar a mão ainda melada.
E ela ficou ali dentro, sentada. Sem ter mais nada.
Nem amor.
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Nossa essa é uma realidade que vivemos. Quantas vezes nos doamos por inteiro para quem amamos. E não recebemos nada em troca. Ou melhor retira tudo de nos. Como é doloroso esse amor egoista. Parabens pelos os seus belos textos. @pa_jornalista
ResponderExcluirSim, mas....amor a gente DOA. E qd é doação não devemos esperar receber em troca. Às vezes dói mesmo, mas só de saber que alguém se sentiu amado....já é uma boa recompensa! =)
ResponderExcluirBommmm... Mas tem um "Q" de resignação nesse texto...
ResponderExcluirSoa como um "curativo"...
Mas é bommm... tem uma forte linguagem poética.
Parabéns...