"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quarta-feira, 17 de março de 2010
Abri mesmo?
Depois de um tempo adormecida, ela abriu os olhos.
'Abri mesmo?'
Tudo que ela via no sonho não havia desaparecido.
Estranho isso.
Ele era apenas um sonho.
Na verdade, ele era mais um jogador da vida, que gostava de brincar de sentir, que somava conquistas e contava mulheres. Que dividia a vida em fatias de dias, enquanto que pra ela tudo era incrivelmente ligado.
Ele era, infelizmente, alguém que não sabia amar por inteiro. Explico. Era como se ela entrasse na cozinha da casa dele. Ele oferece toda comida que tem ali.
Ele é honesto nisso. Mas lá dentro, na despensa, há muito mais. E apesar de ele não saber disso, ela sabe.
Tá.
Mas ela não via essa 'verdade' toda. Ou não queria ver. Sei lá.
Piscou os olhos seguidamente tentando fazê-lo desaparecer.
Não conseguiu.
Desta vez, piscou forte e prolongado.
Nada adiantou.
O homem que estava no seu sonho grudou em sua retina e de lá não mais saiu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário