É, o inevitável dia chegou.
O Céu celebra, e a gente chora.
O antagonismo da vida se fazendo presente sempre.
Meu vozinho está com Jesus. Que alegria ele deve estar agora!
Isso não é uma homenagem ao meu avô, pois ele não poderá ver mais.
Isso é um memorial do caminho que percorri.
Porque na nossa caminhada há sempre memoriais para nos lembrarem do caminho, nos lembrarem dos milagres, nos lembrarem de Deus.
Repito aqui o que eu falava pra ele.
Meu vozinho, que sempre foi mais que um avô. Era um pai.
Ele esperava a gente chegar em casa pra apagar a luz de fora. Comprava sorvete só porque sabia que a gente gostava.
Mesmo já com idade avançada não queria que eu pegasse peso, carregasse sacolas, porque isso era tarefa dele (homem).
Um pouco antes de ele adoecer, me chamou e disse : "obrigado por ser tão maravilhosa com o vovô, com sua mãe... Vovô te ama muito".
E é isso que me consola, saber que fiz o que pude, o amei como pude e expressei esse amor.
Um exemplo de coragem, de força, de grandeza, de superação.
Um pai e avô "como manda o figurino".
Todas as pessoas poderiam faltar, falhar com a gente; ele não.
Ele sempre esteve presente. Sempre foi alguém que podíamos contar mesmo!
Ele, que sempre foi nosso porto-seguro aqui na Terra, se foi.
E eu pergunto: e agora, Deus? Tô sem chão!
E Deus me responde: agora, minha filha?! Agora voe!
Obrigada a todos que estiveram presente nesses últimos dias (meses), aos que se interessavam, cuidavam da gente mesmo de longe.
Meu avô cumpriu o propósito dele.
Que a gente cumpra o nosso.
Um ciclo foi concluído. E agora começa um novo.
Porque a vida é assim…de recomeços.
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