segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Não deveria ser tão complicado.


Enquanto muita gente gostava de conhecer novas pessoas "interessantes", tudo que Ana queria era que alguém a salvasse desse mundo cheio de possibilidades interesseiras.
Ela só queria uma certeza, alguém que a tirasse daquele mar de convites incessantes, que para a maioria era sinal de sucesso, mas pra ela era desgastante.
Ela só queria sentir-se segura, saber que ele não iria embora caso percebesse que ela já era sua.
Ana só queria que alguém pegasse em sua mão e não soltasse mais.
Ela só queria alguém que a entendesse sem ela ter explicar,
alguém que soubesse lê-la mesmo sem ela pontuar.
Alguém que entendesse vírgulas, parênteses e reticências.
Ela só queria conversar à toa, ver sem motivos.
Ela só queria tratá-lo com sua doçura que lhe era peculiar ao invés de tratá-lo como um amigo sem intimidade ou pretensão.
Ela só queria abraça-lo toda vez que sentisse vontade.
Ela só queria não ser vista como "maluca, insensata" simplesmente porque se permite SENTIR.
Não seria um pedido tão difícil se o mundo fosse um pouco mais leve e as pessoas não complicassem tanto.

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