segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mundo inventado de Liz.

Liz sempre teve um mundo paralelo. O mundo criado por ela.
Lá era muito legal. Lá ela não era tão confusa, ou quando era, mesmo assim era compreendida.
Lá ela falava ainda mais o que sentia, porque reconhecia cada sentimento. Aliás, o único problema é que no mundo de faz-de-conta dela os sentimentos se tornavam grandes demais, nem cabiam nas pessoas! E elas andavam de mãos dadas com eles. Era meio surreal. Mas é faz-de-conta, né?! Lá pode.
Na verdade, mesmo no mundo real ela vivia o que não era permitido. Um exemplo? Ela vivia um pouco sem lógica, ela VIVIA. Vivia com fé, com graça...
Enfim...

Dias atrás ela visitou seu mundo paralelo. Estranhou. Andou, andou por ele mas não encontrou seu principal habitante. Ou ele se mudou de lá ou ele soltou a mão do sentimento. 
É, porque quando pessoas soltam as mãos dos sentimentos (ou do que Liz inventou que sentiam) ou ainda quando Liz racionaliza e entende o que acontece no mundo real, no faz-de-conta essas pessoas viram meros figurantes (necessários para encher a cena).

E o irreal ficou sem sentido, sem ser sentido. Entende? Ficou parecendo uma agência de figuração.
O mundo que ela criou era lindo, mágico, mas apenas com passantes não valia à pena ser mantido.
Então ela fechou o mundo e abriu os olhos.

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