"Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Chego em casa ausente.
Liz era uma menina de coração simples, tudo a alegrava. Mas também, um mínimo de desconsideração a fazia sangrar. Por isso, ela temia escancarar a alma.
No mundo em que escolheu viver não há meia verdade, não há crime em demonstrar carinho e bons sentimentos por alguém. Sendo assim, ela não hesitava e doava amor.
'Dar amor não pode fazer mal à ninguém', ela dizia.
Naquele dia...Por dentro um reboliço, por fora um olhar sereno.
O coração disparou e quase chegou na frente gritando o que, no momento, não convém gritar.
Respirou fundo algumas vezes. Orava sem cessar.
Pensou que ia desmaiar. Afinal, tentar se controlar gasta muita energia.
O viu, o abraçou, o amou como pôde. (já não podia revelar 100% do que sentia. Sim, ela demonstrava seu amor, mas não na intensidade real.)
Foram poucos minutos. Mas o suficiente para encher seu coração de alegria.
No caminho de volta pra casa alguém percebeu uma certa tristeza no olhar e perguntou o que era.
"- Toda vez que eu volto pra casa sem ele, sinto que tem algo errado. Sinto que ME abandonei no meio da estrada e chego ausente em casa." _ respondeu Liz.
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