segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Perdão se te acordei



Desculpe se te feri, não foi minha intenção. Embora a verdade sempre machuque um pouco.
Desculpe se te amar te ofende. Já não amo mais (se assim prefere).
Desculpe se te aceitar (enxergando você de verdade) te afronta. Rejeito então, mesmo indo contra o que sou e penso.
Desculpe se te considerar te inquieta. Não o considero mais.
Desculpe se ME conhecer te causa estranhamento. Não te conheço mais.
Desculpe se ao me ler você se enxerga. Talvez minha escrita seja apenas um espelho. Todo mundo se lê nela. Não precisa achar que esse texto tem seu nome. Até porque nem seu nome sei se é verdadeiro.

Desculpe, caro leitor, se o que você esconde na alma e de você mesmo parece tão exposto aqui.
Nunca fui fã de máscaras, nem pra mim, nem pra você.
Seu desejo de "boas vibrações" só funciona quando parte do coração. Melhor um olhar de amor sem sequer uma palavra educada do que uma educação vazia.
Educação estabelecida por palavras e não por intenções não gera nada a não ser uma incoerência perceptível pra quem sabe ler gente.
E é disso que eu fujo, da incoerência de vida, da duplicidade...Do amar mas fingir que odeia, do odiar mas fingir que respeita, do respeitar uns mas desrespeitar outros...
Perdão se te abro os olhos.
Sempre gostei mais de fazer sonhar, mas até o sonho tem que estar fundamentado em gente de verdade, senão se esvai. Sonho sem verdade é leve, qualquer vento leva.
Não nasci pra passar a mão em você enquanto está caído no chão. Sim, te acarinho, mas antes te levanto do chão. E a gente só pode se levantar se percebermos que estamos caídos.
Você pode até estar satisfeito de estar aí no chão, vivendo sob uma ótica pequena, mas se depender de mim, você vai muito além.
Não conte comigo para assisti-lo vivendo de migalhas.
E não ache que migalha é algo que não é bom, podemos ter pessoas incríveis mas que são migalhas porque nosso coração não está ali inteiro. Viver de migalha é viver de pedaços...





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