sábado, 17 de março de 2018

O abstrato, às vezes, se esvai. Se vai.

É tão estranho alguém não existir dentro da gente.
Alguém que já existiu e foi tão grande.
Mais estranho ainda é perceber que esse alguém foi inventado.
Porque a gente faz isso mesmo. Vez ou outra dizemos a nós mesmos : "não, fulano (a) não é bem assim. Aposto que é boa pessoa." 
E tentamos nos convencer, apesar dos fatos.
Sim, todos nós erramos.
Mas algumas coisas são indesculpáveis. E quase todas são injustificáveis, embora se expliquem.

Esclareço: eu agir mal com alguém jamais terá justificativa, mesmo que eu tenha uma "boa" explicação para aquilo. Afinal, eu posso escolher como agir (na maioria das vezes).

Existem pessoas de coração incrível, como eu sempre falo! Mas, embora eu tente negar isso, existem, sim, pessoas com um coração não tão incrível. É ruim admitir isso.
E dói perceber que você apostou no cavalo errado.
[fazendo comparação com uma corrida de cavalos].

Dói perceber que toda história que criamos para amenizar a atitude escrota de alguém, não adiantou nada. Porque é uma história sem fundamentos.
A gente até tenta ajudar algumas pessoas, melhorar a imagem delas pra nós, mas ....
Dá vontade de falar "Eiii, me ajuda a te ajudar!"

Eu também tenho defeitos, todos temos. Mas que nossos defeitos não sejam armas contra ninguém, ne?!
É interessante, muito interessante, como há pessoas tão boas com algumas e tão terríveis com outras. Essa "dualidade" me confunde.
Não, não estou falando de nível de intimidade. Não estou falando de afinidade.

Não sei mais como me expressar. Talvez porque eu me refira ao que nunca existiu, à quem nunca existiu, e isso faz tudo ficar abstrato demais. O abstrato, às vezes, se esvai, se vai.

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