quinta-feira, 22 de março de 2018

A voz do Rei nos leva ao Palácio.

Sabe, nunca duvidei do que Deus disse. 
Eu conheço a Sua voz. 
Mas há direções que Deus nos dá que envolve "terceiros". E algumas vezes esses terceiros não discernem ou simplesmente não querem obedecer ao que Deus disse. 
Às vezes, ELE faz como fez com Jonas e, por causa de um propósito maior, mesmo com nossa escolha, ELE nos faz dar meia volta para que o propósito se cumpra. 
Mas, às vezes, ELE deixa nossa escolha intacta. Infelizmente! 

[Sinceramente, eu preferia que ELE interferisse em minhas escolhas sempre! Porque a Vontade Dele é PERFEITA, já a minha...] 

Entenda o que vou dizer. 
Deus faz de tudo para que a gente acerte! Mas quando teimamos em não ouvi-lo, ELE simplesmente deixa. É o livre arbítrio. 
E não seremos menos amados por isso, mas passaremos por caminhos que não precisaríamos passar se o ouvíssemos. 
Eu já tentei "lutar" com terceiros para que se submetessem ao Pai. Mas hoje?! 
Ah, já basta a minha própria guerra interna, onde muitas vezes tenho que "viver como um navio à deriva em alto mar" esperando o Sopro (direção) Dele. 
Basta as vezes em que tenho que submeter minha razão cheia de questionamentos à confiança cega no Amor Dele. 
Saiba, há momentos em que isso não é tão fácil. 
A gente tenta -ridiculamente- encaixar Deus na nossa lógica (tão tosca e limitada). 

A questão é que chega a uma altura do campeonato onde não cabe outra vontade que não seja a Dele. 
E a gente segue aquele caminho que Jesus nos ensinou: a vontade do Pai. 
E nos momentos difíceis, de dor, de raiva, de angústia, de humilhação, faço a oração de sempre: "Pai, se possível, passe de mim esse cálice, MAS QUE SEJA FEITA A TUA VONTADE e não a minha".

Sabe o que é isso? É o nível máximo de confiança no Amor e Vontade de Deus. É a cruz. É escolher passar pelo que for para que a Palavra Dele se cumpra em nós e através de nós. 
Aquela confiança cega que escolhemos por conhecer quem fez o caminho, mesmo que não conheçamos a rota. Entende?! Mesmo que estejamos rumo ao desconhecido (e por isso, desconfortável, às vezes), ao NOVO, a estrada é nova, mas quem NOS guia é o mesmo!
E isso me conforta, me consola, e às vezes, me faz parecer estranha também. 
Sim, estranha, porque quem assiste a tudo isso não entende, questiona, duvida. E a dúvida dos outros, dependendo de quem for, nos dilacera e nos faz parecer estranhos no ninho. 
Mas, meu mundo é outro mesmo. É sobrenatural, é celestial, é a ORIGEM. 
Por isso, na verdade, a estranha não sou eu, é quem saiu da ORIGEM e é guiado por vista e não pela Voz do Rei.

terça-feira, 20 de março de 2018

Que seja Amor com a grandeza que lhe é própria!

Tem coisa mais linda do que alguém que, ao te ver, dá logo uma gargalhada de felicidade?!
Que para, pega seu rosto e fica te olhando...
Que senta ao seu lado e já logo pega na mão, ou fica te fazendo carinho?
Alguém que não está nem aí se vão achar que ele está apaixonado. Porque, SIM, ele está, e não há problema ou vergonha alguma nisso.
Alguém que fala: "sinto tanto sua falta, gosto tanto de conversar com você, você me faz tão bem..."
Alguém que ao você o encontrar, você tem coragem de pular e entrelaçar as pernas nas costas dele, sendo carregada?! Que tem liberdade... 

Por que deturpamos o AMOR? Por que o deixamos tão feio, frio?
Por que achamos que o amor tem que ser em tons menores pra mostrar sobriedade?
Por que o Amor tem que ser sóbrio?!
Sim, é bom que seja maduro, saudável. Mas isso não tira a euforia, a leveza, a selvageria...

Vamos tirá-lo de nossa caixa formatada pelo medo.
Medo de perder, medo de ser traído, medo de perder o controle, medo de expressar...
Meu Deus, que formatação equivocada é essa?
Que nosso amor não seja uma pedra de gelo : também feito de água, porém rígido, limitado, pequeno.
Não é o amor que tem que caber nas coisas. As coisas que têm que caber no Amor.
Ele é o fundamento e não um móvel.

O Amor é líquido. Não porque não seja sólido e firme. Me entenda. 
Mas porque ele tem a forma que damos a ele, a forma que está disponível para ele.
Então que seja uma forma livre. Que seja um rio limpo, uma água espalhada, esparramada,...Que seja fonte! Que seja MAR, cheio de oscilações, porém constante; cheio de vulnerabilidade, entrega, força, coragem.
Que seja Amor com a grandeza que lhe é própria!



sábado, 17 de março de 2018

O abstrato, às vezes, se esvai. Se vai.

É tão estranho alguém não existir dentro da gente.
Alguém que já existiu e foi tão grande.
Mais estranho ainda é perceber que esse alguém foi inventado.
Porque a gente faz isso mesmo. Vez ou outra dizemos a nós mesmos : "não, fulano (a) não é bem assim. Aposto que é boa pessoa." 
E tentamos nos convencer, apesar dos fatos.
Sim, todos nós erramos.
Mas algumas coisas são indesculpáveis. E quase todas são injustificáveis, embora se expliquem.

Esclareço: eu agir mal com alguém jamais terá justificativa, mesmo que eu tenha uma "boa" explicação para aquilo. Afinal, eu posso escolher como agir (na maioria das vezes).

Existem pessoas de coração incrível, como eu sempre falo! Mas, embora eu tente negar isso, existem, sim, pessoas com um coração não tão incrível. É ruim admitir isso.
E dói perceber que você apostou no cavalo errado.
[fazendo comparação com uma corrida de cavalos].

Dói perceber que toda história que criamos para amenizar a atitude escrota de alguém, não adiantou nada. Porque é uma história sem fundamentos.
A gente até tenta ajudar algumas pessoas, melhorar a imagem delas pra nós, mas ....
Dá vontade de falar "Eiii, me ajuda a te ajudar!"

Eu também tenho defeitos, todos temos. Mas que nossos defeitos não sejam armas contra ninguém, ne?!
É interessante, muito interessante, como há pessoas tão boas com algumas e tão terríveis com outras. Essa "dualidade" me confunde.
Não, não estou falando de nível de intimidade. Não estou falando de afinidade.

Não sei mais como me expressar. Talvez porque eu me refira ao que nunca existiu, à quem nunca existiu, e isso faz tudo ficar abstrato demais. O abstrato, às vezes, se esvai, se vai.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Dia 16! MEU ANIVERSÁRIO! !! 🎊🎉



#birthday 

Mais um ano que concluímos (Deus e eu). 
Eu sei que pra Ele o tempo é visto de outra forma, e busco ver diferente também. Talvez porque me alivie um pouco algumas cobranças- as minhas próprias cobranças, exigências. Então procuro ver minha linha do tempo marcada por acontecimentos e não simplesmente aniversários. 
Porque, infelizmente, aniversários não mudam a gente. Aliás nada nos muda, se não quisermos, se não enfrentarmos. 
Todos passamos por situações adversas, e DEUS FAZ COM QUE TODAS AS COISAS COOPEREM PARA O NOSSO BEM; mas aceitar essa "cooperação" é escolha nossa. 
Tem gente que amadurece; outros, "amargurecem" . 

Eu diria que meu último ano foi o encerramento de uma fase. E vocês sabem, na última fase o "chefão" é TENSO! Tive que aprender novas coisas, adquirir novas armas, me desfazer de outras coisas pra então vencê-lo. 
Ufa! Consegui! Conseguimos, mais uma vez, Deus e eu. E é por isso que sou grata, porque passei pelo Vale da sombra da Morte, mas como Ele prometeu, Ele estava comigo. 
Foi difícil, dolorido, mas passei de mãos dadas com meu amado: Jesus. 
E assim, prosseguimos a jornada: juntos. 
Pra mim, vem o novo. Pra Ele, o previsto. Isso me acalma. 
Me alegra profundamente saber que Ele sonhou coisas grandiosas pra mim (assim como pra você), e que cada vez mais Ele me conta Seus segredos. Ser amiga de Deus- além de filha- é o maior presente que eu poderia ter!!! 
É ser avisada das coisas com antecedência (às vezes muitaaaa antecedência..😒). É ser treinada e preparada para o que vem. É ser curada do que já foi. É esperar sempre o melhor! 
Porque Ele conta algumas coisas, dá pistas, mas ainda assim nos surpreende! Porque "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que O amam" . 
E que venham novos "marcos" nessa jornada, novos memoriais no caminho, pra eu sempre me lembrar meu destino e minha origem. 
Minha origem: NELE. MEU DESTINO: pra Ele. ❤❤❤❤ 

E VIVAAAA EUUUU!!!

terça-feira, 13 de março de 2018

Vitimismo.

Quero falar de vitimismo (a posição existencial e não uma situação). 

Todos nós fomos vitimas (e algoz) de alguma coisa. Porém, permanecer nesse lugar de vítima é opção. 
O vitimismo não leva ninguém a lugar nenhum. Ele paralisa, estaciona a pessoa na vida. 
A pessoa que se vitimiza vira uma "sanguessuga", quer que os outros façam por ela o tempo inteiro, acha que o mundo a deve. Responsabiliza tudo e todos. 
Se quer viver assim, ok. Opção de cada um, ne?! Mas é uma vida muito mesquinha. Há um mundo inteiro pra se conquistar, mas precisamos sair da posição de "coitadinhos". 
O grande problema é que os que se fazem de vítimas "ganham" com isso, pois manipulam as pessoas assim, usam sua "condição de vítimas" para adquirir privilégios. 
"Coitada de mim, sou sozinha no mundo, oh céus!"
 E quem não cai nos dramas é visto como insensível. 

Me conte a história de alguém que se fez de vítima e que tenha alcançado grandes coisas. (cri, cri, cri...) 
Me desculpem os melodramáticos, mas teatro pra mim só na profissão. 
Dramas inventados ou alimentados não me comovem. Não fico lambendo nem as minhas feridas, imagine se farei isso com os outros. 
Eu gosto de somar, ajudar. Ouço inúmeras pessoas todos os dias, mas pessoas que querem mudança, querem sair de onde estão. Não conte comigo pra estimular você a permanecer doente. 
Precisamos de cura e não de gente que "faça carinho" em nossas doenças. 

Tenho muita compaixão pelas pessoas e é justamente por isso que não gosto de vê-las rastejando ao invés de voarem; nem gosto de ver essas que se fazem de coitadas manipulando os outros. 
O único responsável por sua vida é você. O mundo não te deve nada. Cada um é responsável por sua escolha. 
Desculpe se a verdade te ofende. Isso acontece mesmo quando vivemos na mentira. =/ 
Não tenho a intenção de ofender ninguém, apesar de que quem se faz de vítima se sentirá ofendido.kkkkkkkkkk 
Só quero que acordemos! 
A pessoa que se faz de vítima precisa de nossa compreensão (assim como todos os outros), mas precisa principalmente da verdade. 

(leia isso com um tom de voz ameno...rs....É como estou falando). 

Com Amor...

segunda-feira, 12 de março de 2018

Os Pais de Sansão. Coração servil.

Ontem eu estava meditando na Palavra de Deus, em Juízes 13. 
É o capítulo que fala do nascimento de Sansão. Acho que a maioria sabe um pouco sobre Sansão, mesmo os que não são cristãos. Mas o que me chamou atenção foi a atitude e coração dos pais dele. 

1-O Anjo do Senhor aparece para a mãe de Sansão e fala com ela, fala que ela dará à luz um filho. Acontece que ela era estéril, mas em momento algum ela questionou. Ela sabia que Deus "põe caminho no deserto e rios no ermo". Ela não media Deus de acordo com seu próprio tamanho. 
E, imediatamente, ela vai falar com seu marido, Manoá (o homem da casa e, na cultura judaica, o responsável pela criação ao que diz respeito ao conhecimento da Bíblia- Torá ). 

2-Quando sua esposa fala, Manoá a ouve e também age com confiança ao que ela diz. Respeita-a, acredita no que ela diz. E quando ele vai falar com Deus, ele fala: "Senhor meu, Envie o Anjo OUTRA VEZ". 
Ou seja, ele já acreditou e sabe que houve uma primeira conversa com sua esposa. 

3-"Deus ouviu a voz de Manoá" (vers.9), e o Anjo apareceu outra vez à sua mulher, quando ela estava "SENTADA no campo" , ou seja, em descanso. Ela não ficou aflita, ansiosa. Deus falou e pronto, não havia o que temer. Então, ela correu e chamou seu marido pra falar com o Anjo. 

4-As palavras de Manoá são tocantes!!! Ele vira pro Anjo e diz: "Quando se cumprirem as tuas palavras, qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?" 
Primeiro, assim como sua esposa, ele não quer saber do tempo, ele afirma que irá acontecer, então..."quando acontecer, como devo proceder?" 
Deus deu um presente à eles no momento em que ELE deu a promessa. Eles creram. E mais do que isso, estavam "preocupados" em cuidar do presente que Deus deu. Um coração submisso à vontade do Pai. 

Quantas vezes Deus nos dá coisas, presentes (pessoas, carros, trabalhos, sonhos...sei lá!), e nós, sequer, perguntamos como devemos agir?!

Que possamos ter esse coração servil,submisso à vontade do Rei. 
Tipo... Deus, o Senhor me capacitou, me deu uma empresa, como devo proceder? 
Boa parte de "como proceder" nós já temos escrito na Palavra de Deus. E o que não está, ELE nos guia se assim quisermos. "Se ouvirmos e obedecermos". 
E é esse ser guiado por ELE, essa prática do que aprendemos, é alinhados com os valores do Rei que manifestamos o Reino Dele. 

Beijos 
Com Amor...

domingo, 11 de março de 2018

O "acaso" programado por Deus.

A rua estava movimentada, carros indo e vindo. As pessoas andando apressadamente, olhando pra seus smartphones ou com o olhar ligeiro sobre tudo, não enxergando nada.
Era um dia típico na famosa cidade que tem o mundo inteiro dentro dela. 
Olhando ao redor não dá pra saber de que país estamos falando.
Helena parecia andar no sentido contrário. Ela também tinha hora pra chegar, mas gostava de aproveitar o percurso. Detestava sair com pressa, por isso saía bem antes do horário pra chegar com calma.
Ela já conhecia o "guardinha"de trânsito que ficava na faixa de pedestres, um senhor de cabelos brancos todo sorridente! Todo dia eles se cumprimentavam. 
-Tenha um bom dia, senhorita.
-Muito obrigada! Bom dia ao senhor também.
Ela era uma das poucas pessoas que olhava nos olhos dele e respondia. Às vezes até puxava assunto enquanto o semáforo não abria.
Num desses dias, ela estava falando com aquele senhor e, distraída, esbarrou no homem que atravessava a rua.
-Ops, desculpe._ disse olhando e com um leve sorriso sem graça pelo "acidente" que causara. O café dele tinha derramado um pouco com o esbarrão.
-Ok. Sem problemas. 
-Ah, seu café...
-Tudo bem, eu compro outro._disse apontando para a cafeteira logo na esquina.
-Bom, eu estou indo lá. Se quiser compro e trago aqui pra você.
-Tá tudo bem mesmo, moça.

Chegaram na cafeteira. Apesar de não estarem juntos, chegaram juntos, claro.
-Bom, eu não costumo fazer isso, mas te pago um café. _ele disse. 
[Seu nome é Christian.]
Helena era comunicativa, mas gostava e observava mais ainda a comunicação não verbal.
Ele disse que não costumava fazer isso (pagar o café), mas puxou a cadeira para ela naturalmente na hora que foram sentar-se.
"Interessante, ele é gentil e isso é uma virtude. Mas por que frisa não ser?"_ ela pensava o ouvindo falar.
O "café" foi rápido. Ambos tinham compromisso. 

Dias depois ela recebeu uma mensagem na rede social. Era ele. 
"Eu vi na previsão do tempo que esse final de semana fará Sol na cidade vizinha. Sei que você é recém chegada por aqui, e adora praia,...Bem, talvez gostaria de conhecer alguns lugares."

Helena não tinha muita pretensão com ele, mas o achava agradável e parecia muito seguro. Ela admirava isso.
"Pode ser uma boa opção."_ela respondeu por mensagem.
"Ok. Te busco às 7h da noite"._Christian concluiu a conversa.

Ele era intrigantemente cativante. Parecia certeiro no que dizia e fazia.
Pontualmente ele chegou. Recebeu-a do lado de fora do carro, abriu a porta para ela e seguiram o passeio.
-Você disse que eu gostava de praia, mas eu nunca te disse isso.
-Bom, você tem um tom de pele bronzeado e eu vi nas redes sociais as coisas que você posta.
-Ah, você viu? Mas você não interage...
Ele a olhou e mudou o assunto.
-O que você quer comer?
Ela retribuiu o olhar e sorriu. Ele era discreto e ela gostava disso.

O final de semana foi ótimo. Surpreendente e estranho. Estranho porque ela havia passado alguns dias  na companhia de alguém que ela mal conhecia.
O tempo foi passando, as conversas aumentando. Mas quanto mais eles conversavam, mais ele parecia se afastar. 
Ele estranhava a boa conversa entre eles, os questionamentos dela. Estava tão acostumado a ser dominador (por natureza) que a interação dela o deixava inquieto.
Christian gostava mas algo o bloqueava.
Então, do nada, ele sumiu.
Helena continuou a vida, mas ela tinha sido tocada por ele.
Ele conseguia algo raro dela. Ele a "governava". 
Entenda. Ela se permitia, se submetia a ele facilmente. Reconhecia nele uma autoridade sobre ela.
Não, não estou falando de autoritarismo ou coisas ruins. Estou falando de algo sobrenatural mesmo.
Helena nunca foi rebelde, não tinha problemas pra entrar em acordo com relacionamentos, mas ele tinha algo a mais. 
Ela era sensata e inteligente, então, naturalmente ela direcionava as pessoas. De repente, ele a direcionava e ela sentia-se super confortável com isso.

Assim como sumiu de repente, voltou. Ligou pra ela : 
- Te busco para tomarmos um café às 5h da tarde, ok?
- Desculpe, Christian, não posso esse horário.
- Tudo bem. Que horas então?
O papo com ele era reto na maioria das vezes.

Ele levou-a no mesmo café onde se conheceram.
- Então, você queria conversar...estou aqui._Helena já foi diretamente ao assunto.
- Eu gosto de falar com você.
- Mas você se afasta, eu não sei lidar com isso, com essa inconstância que parece inconsistência.
- Não, não é questão de inconsistência.
- Eu sei.[...] Estou tentando entendê-lo, ajudá-lo como posso. Mas eu preciso que você se abra, fale.
- Eu te falo! Conto as coisas ...
- Você me conta as histórias. Quero saber das variações de suas emoções quando essas histórias acontecem. Quero saber do lado de dentro. Quero sua vulnerabilidade...
- Sua certeza e constância comigo me assustam...
- Você acha que não sinto medo de vez em quando também?!
- Eu sei que tem, porque você também não se entrega.
- Christian, entregar a quem? Como? Entregar a alguém que não vai ficar? E me diz, que relação é essa que temos? Não temos nada, nada que eu possa afirmar, tudo é muito confuso e subjetivo.
- Nós somos amigos, ué...
- Amigos?! Amigos tem liberdade de ligar um para o outro, e nós não temos. Eu, pelo menos, não. Amigos não dividem a cama por dias... Amigos não dormem abraçados. Amigos não ficam abraçados vendo o pôr-do-Sol. Desculpe, mas eu não tenho essa intimidade com meus amigos... Talvez você tenha, mas isso pra mim não é normal. Eu não consigo entender isso, não consigo dar nome para o que temos. [...]Você sabe do que sinto, do que Deus me falou... Eu lamento muito que seja assim, que você tenha se negado a tentar ao menos...
- Se eu tentar com você, sei que vai dar certo.
- Mas não é isso que você quer? Não é isso que todos querem "dar certo"?
- Claro que é o que quero... Sei que temos química, conversamos por horas e...
- E? Isso te perturba por quê? 
- Ok. Vamos tentar.
-Christian, você me chamou pra tomar um café, conversarmos. Olha que estranho, estamos conversando sobre nós, e pra você "nós" nunca existiu. Você consegue entender essa confusão aí dentro e o que essa confusão sua me causa? 
-Helena, eu sempre soube. A confusão é só porque esse "saber" é estranho pra mim. Não era pra ser só um "acaso" eu te conhecer?
-Nunca foi acaso, Christian. Foi desenhado por Deus e avisado com antecedência, mas eu sei que pra você isso não existe. Com licença...

Helena pediu a conta, deixou um dinheiro na mesa e se levantou.
Christian, ficou olhando-a ir embora mais uma vez... Ela virou pra trás, olhando dentro dos olhos dele e abaixou a cabeça.
Antes que ela atravessasse a rua, ele correu e puxou-a pela mão, trazendo-a pra bem perto.




quinta-feira, 8 de março de 2018

Nunca foi sobre você. Sempre foi sobre nós.

Nossas escolhas não dizem respeito somente a nós. 
 Por favor, entenda. 
Nossas escolhas podem alterar rotas, "apagar" propósitos ou diminuir o alcance deles; pode adiantar ou atrasar algumas coisas; pode contribuir com o Reino do Pai ou não; pode ser cura ou doença pra alguém; influencia a vida dos outros direta ou indiretamente. 
Não estou dizendo pra você viver em função dos outros, estou apenas falando para pensar antes de dizer: "Ah, a vida é minha, eu faço o que bem entender." 
Adão teve escolha e cá estamos. 
Abraão teve escolha e veja Israel X Palestina. 
Moisés teve escolha, e libertou UM POVO. 
Paulo teve escolha, e tá aí quase todo o Novo Testamento da Bíblia escrito por ele. 
Jesus teve escolha, e por isso, estamos aqui: redimidos e reconectados ao Pai. 
Que nossas escolhas sejam para conexão e não desligamento. Que sejamos o cumprimento da promessa e não o atraso dela. 
Repense. 
Nunca foi sobre você. Sempre foi sobre nós.

De mulher pra mulher...

A "parte ruim" de ter tido boas escolhas é que o parâmetro é sempre alto.
Me lembro de um romance que vivi (assim ele chamava nossa história). 

[E antes que questionem...Não, não vivo de passado, mas tive um passado muito bom, obrigada. Passado faz parte da história, foi o caminho que me fez chegar até aqui então, não se preocupe. É apenas um respeito pelo que passou.]

Continuando... 
Me lembro das inúmeras vezes que, num breve intervalo de gravação, ele me ligava. À toa mesmo só pra falar que estava se lembrando de mim ou pra contar uma piada, sei lá.
Morávamos em cidades diferentes, então a saudade apertava mais, e a atenção precisa se fazer presente de alguma forma.
Quando ia o visitar, ele comprava tudo o que eu gostava e tentava acordar antes de mim pra preparar meu café-da-manhã. Ele não me jogava lá e falava "se vira". Ele cuidava, participava.
Coisa de HOMEM (maiúsculo, ne?!)
Jogávamos video-game juntos e Monopoly também. Respeitávamos nosso momento de leitura (ele também gostava de ler).
Quando estávamos juntos, ele me apresentava todo orgulhoso, mostrava meu trabalho para os outros, falava de mim. Eu realmente existia pra ele. 
Nas redes sociais? Me empoderava publicamente, me apoiava em tudo.
Ele não fazia jogos ou me ignorava, não "se fazia" de indiferente.
Ahhh a indiferença...soa tão arrogante pra mim. Soa como se o mundo do outro não fosse tão interessante quanto o seu.
Vejo alguns homens se queixando, falando que querem ser apoiados, estimulados, mas tristemente não sabem apoiar. Há um abismo entre o que pensam ser e o que são, entre a teoria pregada e a prática.
Às vezes é fácil apoiar o que consideramos "menor" que nós, mas o que é equivalente parece ameaçador e, infelizmente, alguns homens são inseguros demais pra jogar o holofote no outro.
Me entenda. 
Não é que gostamos de aplauso, gostamos de apoio. Não é uma questão de EGO, é uma questão de SER PARCEIRO, caramba!
Erguer o outro não diminui vocês, queridos homens.
Homem seguro passa segurança, e nós gostamos disso. [Bom, pelo menos minhas amigas e eu gostamos.] São pessoas que sabemos que poderemos contar em nossos dias maus e bons.

Redes sociais são ótimas, mas são tãoooo editadas. É como um filme, mostra-se apenas o que foi gravado, a cena que saiu perfeita, com trilha sonora e tudo o mais! Não mostra os ensaios, os erros, a cara sem maquiagem, a vida sem filtro, o cara sem câmera. O cara que vai na sua casa um dia e no outro nem lembra que você existe.

Mas esse texto não é pra lamentar, nãoooo!!!
É pra dizer que há pessoas incríveis por aí. Não se nivele por baixo. 
Há homens sensacionais, que sabem cuidar, e não se preocupam com o que os outros vão pensar ou com o que você vá pensar caso ele te cuide bem. Homens que não tem medo de servir e amar. Tem sim!
Eu tive muita sorte na vida! E o que não foi sorte, eu fiz ser aprendizado.
Aliás, não diria que foi sorte, foi escolha.

Saiba quem você é. Saiba o quanto você é amada por Deus, o quanto você é preciosa para uma geração inteira!!! Sim, tudo que fizer vai ecoar em muitos lugares e pessoas indiretamente. Portanto, você é muito importante.
Busque um homem que ame a Deus e saiba amar você. Não estou falando de "amar pessoas", estou falando de amar VOCÊ. Porque tem muito maluco que é fofo por aí mas não cuida da própria mulher e/ou família.
Busque um AMOR saudável, por isso, se ame de forma saudável também.
Cuide-se. Cuide de seu espírito, de sua alma, de seu corpo.
Guarde a essência pura (sem contaminação de traumas). E cuide do corpo que você habita.
E quando você perceber, e quando deixar virar a página, vai estar com um cara que realmente sabe te honrar.
Eu sei do que estou falando.

Vire a chave. Mude a página.
Se teve escolhas ou histórias ruins no passado, não interessa. A vida começa AGORA de novo.


Obs: e mais uma vez, antes que me perguntem:"se o cara era tão incrível por que não estão juntos?"... Bom, isso é uma outra história, mas resumindo, seguimos caminhos diferentes e não dá pra caminhar junto quando você está indo pro Norte e a outra pessoa pro Sul.




quarta-feira, 7 de março de 2018

Quando o futebol nos ensina...

Ontem eu estava assistindo com meu pai a partida de Futebol de PSG X REAL MADRID, e começamos a conversar sobre o técnico do Paris Saint-Germain, o espanhol Unai Emory. 
 [Calma, NÃO VOU FALAR DE FUTEBOL, quero apenas usá-lo como exemplo.] 

Gente, o PSG estava enfrentando o REAL MADRID (12 títulos da Liga dos Campeões), que tem Cristiano Ronaldo, Marcelo, entre outros, e o Zidane como técnico. 
Vocês lembram do Zidane na Copa de 98 quando o Brasil perdeu pra França? Na época ele era jogador. Enfim, só estou falando que o cara além de ter sido excelente jogador, é ótimo técnico. 

PSG precisava ganhar no jogo de ontem pois já tinha perdido o jogo passado, ou seja, ele precisava ser mais agressivo no ataque. Só que, lamentavelmente, eles estavam sem o atacante principal: Neymar, que foi operado esses dias. 

Ok. Dado o PANO DE FUNDO... 
O que me intrigou foi a postura do técnico do PSG. Ele precisava VENCER mas ele não sabia vencer, ele só queria "não perder muito". 
E no momento crítico, após levar um gol do "Real" e, depois, ter um jogador expulso, ao invés de fortalecer o ataque, ele fortaleceu a defesa. 
[Não quero discutir futebol aqui, não sou técnica nem especialista na área. Só estou usando a situação porque me chamou atenção.] 

O que quero destacar é para a mentalidade do técnico. Acho que muitas vezes temos a mesma postura, de forma inconsciente, claro. 
Diante de desafios ou de coisas rotineiras mesmo, muitas vezes, ao invés de agirmos com uma mentalidade de VENCEDOR, agimos com uma mentalidade adoecida. 
"Não, não quero ganhar. Só não quero perder". 
Se fizermos isso no trabalho, e nos tornamos pessimistas, e não alcançaremos grandes coisas. 
Se fizermos em relacionamentos (qualquer tipo), não nos doamos como deveria, não nos jogamos, não nos entregamos. Afinal, só não queremos sofrer de novo, então, "amamos"mais ou menos. (como se desse pra amar mais ou menos...) 
Me entenda. Na superfície, queremos ganhar, mas no fundo, só não queremos perder mais. 
A vida tem seus percalços mesmo, só não podemos nos guiar por eles. 
Às vezes, como o técnico do PSG, temos uma excelente equipe mas não conseguimos ajustá-la. Temos excelentes virtudes mas estão desalinhadas. 
Gente, ele tem um time bom com Neymar, Daniel Alves, Cavani... mas não sabe usar. 
Observando o técnico ontem, eu comecei a ME observar, fazer uma avaliação de minhas atitudes, minha postura diante de algumas coisas. 
Sim, podemos vencer! Somos capazes. VOCÊ é capaz! Mas é preciso uma mudança de mentalidade, porque nossa mentalidade pode estar nos traindo, nos atrasando, nos roubando. 
Se agíamos de forma inconsciente, que possamos adquirir nova mentalidade de forma CONSCIENTE, por escolha, DECISÃO. 
Não estou estimulando a competição com outras pessoas; estou tentando NOS abrir os olhos e nos levar a um outro lugar: um lugar de vitória.

segunda-feira, 5 de março de 2018

A Fronteira.

Quanto mais nos aproximamos do limite, parece que mais os ventos ficam fortes.
É como se todo limite (de qualquer coisa) fosse demarcado pela Linha do Equador. Acontece uma mudança de Trópico. 
E quando estamos com ventos do Sul rumo aos ventos do Norte, acontece uma tempestade. Duas forças opostas (de rumos diferentes) se encontrando.
A proximidade com a fusão muitas vezes nos desestabiliza.
Parece que há uma pressão querendo nos expulsar de onde estamos e ao mesmo tempo há uma pressão contrária do outro lado da "fronteira".
E aí, num dia como outro qualquer, a gente sente essa pressão, essa tempestade por dentro e parece que vamos desmoronar.
Duas realidades distintas se encontram, e por um momento, a gente não sabe onde está.
Não, não estou falando de "geografia", estou falando do que acontece dentro de mim.

E diante dessa "ausência" de um lugar, sem conseguir me situar, eu desmorono na presença do Rei (Deus). Desmorono mesmo! Choro até me esgotar.
E o mais estranho é que, por ser apenas um vento, não dá pra enxergar, não dá pra contar pra ninguém. Eles não veriam, não entenderiam. E isso potencializa a tempestade aqui dentro, porque fico sozinha. 
Mas eu sei que quando me prostro, minhas raízes são aprofundadas ainda mais.
Não tem jeito, quanto mais alto Deus quer nos levar, mais profundas raízes temos que ter. Porque no ALTO venta muito e se a raiz for frágil não suportamos a força da tempestade.
Nossa força interna precisa, no mínimo, se equiparar com a força externa (que sempre aparece em algum momento).

E é sempre assim que acontece comigo. Me prostro, me esvazio, me derramo e DEUS me enche.
E até que esse período de transição passe, todo dia me preparo para a tempestade.
Até que eu ultrapasse essa fronteira, do passado com o futuro, do velho e do novo, de um país para o outro; eu sei que terei que "sair de casa" com uma roupa de calor mas levando um guarda-chuvas, pois as "mudanças climáticas" aqui dentro ainda acontecem DE REPENTE.

E quando eu passar para o outro lado, tudo volta ao "normal'.
Ainda bem que meu porto-seguro é em Deus, e mesmo na tempestade, consigo dançar (o que não significa que não haja tempestade).