terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Era uma vez...


Era uma vez...Eram duas, talvez três.
Na verdade, acho que até mais, bem mais.
Ele passeava na mente dela como se fosse sua própria casa.
Tinha uma liberdade abusada, mesmo que ela tivesse o expulsado de lá.
Era sonho. No início era doce.
Ele parecia ser. Mas não era. Ahhh se fosse...
Ela era realização. Conquista. Pra ele, uma simples atuação.
Belos gestos, belas palavras, belo... Parecia tão real. E podia ser.
Mas ele foi picado, foi tentado. E toda aquela luz que lhe era própria foi roubada.
Se tornou mais um no meio de tantos outros.
Agiu contra sua própria verdade, feriu quem o amava.
Feriu o amor. Racionalizou onde não se cabe razão.
Ainda assim, ela estendeu a mão.
Ele, com orgulho, disse 'não'.
Choraram.
O Céu se rasgou. A realidade dele agora era outra.
A doçura inicial tão presente nele secou, amargou.
Agora ele era mais uma estátua de sal. Duro, feito de aparência (sol por fora e por dentro, chuva).
Não foi uma, nem duas, nem três que ela chorou por ele. E ele por ela.
Ela ainda esperava pela rendição dele. Ela ainda acreditava que ele era bom, estava apenas perdido.
Completamente perdido.
Ele não a entendia. Como o amava assim!?! Ele não se sentia merecedor...Tolice!
Ela não se entendia, mas sentia. Fazer o quê? E sem nenhuma vergonha, ela o amava.
Vergonha do amor?! Jamais.
Vergonha é não saber amar ou receber amor.

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