terça-feira, 3 de julho de 2012

Nem tudo é dito.

Das tantas coisas que eu disse o que é real e o que é poesia? Por que tentam colocar essas duas coisas como opostas? Minha realidade é poesia, minha poesia...realidade.
Poesia é só minha forma de ver, é só o filtro de amor que uso para enxergar a realidade.
Às vezes me canso de dizer e eu queria expressar tudo que sinto e vejo sem ter que explicar, sem ter que falar. Mas quase ninguém entende o que não é claramente explicado, justificado. Como se houvesse justificativa para as coisas importantes!
E é isso que me abala, saber que querem explicações lógicas para as coisas importantes. Coisas importantes...Ou, que ao menos, deveriam ser.
Por exemplo, a alegria de realizar o trabalho tão esperado! Não, isso não tem como descrever.
A satisfação e sentimento de plenitude quando se está com o filho no colo.
O amor...Ahh o amor! Quem me dera se a pessoa amada captasse toda intensidade que sinto sem eu ter que gritar, escrever ou sei lá o quê.
Quem me dera se a pessoa amada percebesse e assumisse que percebeu. É, porque tem gente (pouca gente) que consegue ver o invisível, tocar o abstrato mas não nos falam que sabem, deixam-nos sem resposta pra esse amor (nem que seja um "eu sei"). Desfrutam de nosso amor sem ao menos dizer "obrigado".
O grande problema é que quando não sabemos como reagir diante do sublime (do amor), não reagimos, e isso causa na outra pessoa uma sensação de indiferença. E como a indiferença dói, machuca! É como se todo amor que sentimos fosse inútil. E não é. Eu sei que não é.
Tem dias que penso em parar de escrever, descrever. Mas se não entendem nem quando é escrito, quanto mais se não for dito! Aí, por amor, por amar volto a falar.

Um comentário:

  1. Lindo, sublime quando o amor é traduzido em palavras podemos ter uma curta mas intensa noção do que é Deus... Nunca deixe de escrever....

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