quinta-feira, 28 de junho de 2012

Meninice do amor.


A vida é muito engraçada, né?!
Um simples sentimento nos deixa tão embasbacado. E quando estamos diante da pessoa que desperta o tal sentimento, toda nossa maturidade vai pro chão. Ainda mais se ele tenta pegar na minha mão! (no meu caso).
E a gente marca um encontro e já planeja como reagir diante das possibilidades, o que responder diante das possíveis perguntas. Mas se ele vem com algo novo, inusitado....o planejamento da naturalidade vai por água abaixo. Ainda mais se esse "algo novo" for uma "denúncia" palpável contra você mesma, uma descoberta... Uma descoberta tipo...tipo o cara descobrir que você o ama!
Nesse momento toda meninice ressurge num piscar de olhos e a gente fica como se tivesse só vento na cabeça! Não consegue reagir, aliás, não pode reagir, e sem permissão para reagir naturalmente e gritar tudo que sente, a cabeça enche de mais vento ainda! E a gente fica boba, passada, estacionada, assistindo o encontro, e depois que passa quer falar tudo, fazer tudo! Enquanto no momento em que você está lá diante do grande amor de sua vida, você mal consegue encara-lo de tanta vergonha. Coisa de criança que quer fugir do que sente (e como eu quis fugir! Só Deus sabe!)! Coisa de criança que tem medo de mais uma rejeição, tem medo de ter que engolir mais um NÃO. E pra não ter que passar por isso, a gente não olha, não enfrenta. Quanta covardia! Até ontem eu era tão madura e corajosa. Hoje me sobrou uma menina covarde!
Por isso que falo que a vida é engraçada. Esse caminhar da vida, essa coisa de um dia a gente ser forte e no outro tão frágil. Acho que só me enganei quando falei que era um sentimento simples. Simples, o amor?Será?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Estranheza.


Lá estava Ana pensando o que não devia. Não, não era pornografia, não era inveja, não era nada considerado ilegal ou imoral. Era pior, era o amor não correspondido. E amor desse tipo é crime, aliás no mundo de hoje, crime mesmo é amar. E o fato de ser correspondido ou não, não faz diferença na pena. Aliás, um dá mais pena que o outro. É crime priorizar o amor no lugar do trabalho, no lugar do "umbigo"....Mundinho mais ou menos, viu!
Mas, como ela não é desse mundo, tinha pena mesmo é de quem foge do amor (seja lá qual for o motivo. Se não for por falta de respeito...qualquer motivo é fraco!).
Enfim, como já fazia parte de sua rotina, lá estava ela "cometendo o crime" de amar.
-Você não se sente ridícula?_perguntaram-na.
-Por amar? Não. Me sinto agraciada por saber amar.
-Mesmo ele não...
Ela interrompeu seu amigo Urso antes que ele falasse besteira demais, afinal nem gente era!
 -Falei que me sinto agraciada por saber amar, e isso não entra no mérito de ser amada por esse cara.Óbvio, que é meu desejo mais profundo receber um tanto de amor dele, mas se ele não consegue não posso culpá-lo. Fico, sim, triste pois ele tem um grande coração e caberia amor ali, mas..."
O Urso não tinha mais o que dizer, mas disse: -É, você é estranha.
-Estranha por quê? Por expor-me, por falar, por não jogar??? Se isso é estranheza talvez eu realmente seja estranha, muito estranha.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Ahh o cara...

Já fazia muito tempo que ela cultivava todo aquele amor. Era loucura e ela sabia disso. Liz sempre teve apego ao improvável. Tolice? Talvez. Mas aquele turbilhão de coisas que ela sentia por ele a deixava viva. Talvez por isso ela o mantinha.
Pretendentes nunca lhe faltaram mas ninguém com tamanha força para apagar aquele amor que ela guardava por outro. O tal, dono do amor, não sabia mas ele havia conseguido algo que ninguém havia conseguido. Ele tinha conseguido conquistar Liz sem que ela percebesse. Nossa, como o coração dela era fechado! Sempre foi!
Outro dia surgiu um cara muito querido e desejável, Liz tentou, mas o cara sabia do tal amor de Liz. Ainda assim ele tentou, persistiu,...até que um dia ele incrivelmente disse: "Patinha (era o jeito que ele a chamava), mesmo que eu queira me casar com você, como quero, não posso fazer isso. Mesmo que você negue, ainda ama aquele cara...". Assim mais um pretendente se foi. Liz nem sabia o que dizer ou pensar, ela ainda amava  "seu amor", era fatalmente visível.
Então, um dia eles se encontraram. Ela queria saber um monte de coisas, fazer várias perguntas, mas foi tão covarde quanto ele. Ela tinha medo das respostas, tinha medo de escutar coisas piores do que já tinha ouvido (mesmo não sendo ditas,coisas apenas percebidas pelas escolhas e reações dele). Não soube perguntar, e quando ele perguntava, ela não soube responder (ela já havia se mostrado demais erroneamente).
Como foi o encontro? Não me pergunte como foi. Não consegui ver. Liz não me contou e o cara...ahhh o cara!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A descoberta.


Esse texto vou começar na 1ª pessoa mesmo. Sem personagens, sem máscaras. 
Hoje,... hoje é inútil. 
Sempre fui vista como corajosa, hoje fiquei sem chão. Não sabia o que pensar, o que dizer...não tinha como justificar! Sempre gostei de escrever, expor o meu mundo particular sem me preocupar com julgamentos alheios. E é exatamente essa exposição crua que sempre atraiu leitores impressionados com tamanha coragem de mostrar a nudez da alma (é o que me dizem, pelo menos). 
Mas hoje me senti covarde, pequena e ao mesmo tempo tão grande que não adiantava me esconder pois nada me cobriria naquele momento. Uma mistura de vergonha, burrice, medo...Agora eu estava sem defesas, completamente exposta!
Alguns textos são muito particulares e embora misture verdade e ficção, "AQUELE que me conhece e era o motivo de tanta inspiração" saberia distinguir cada vírgula dita(e não dita). Ele sabia exatamente o que era ficção ou não. 
Nunca me preocupei pois sempre tive certeza que ele jamais leria, afinal, sempre me ignorou (não, não é drama, só uma triste constatação da realidade). Mas acho que num dia sem nada de bom pra fazer, restou a ele...ler. Como sempre fomos bons amigos e civilizados, vez ou outra nos falávamos. Mas pra vergonha ser completa não bastava ele contar-me que ME leu alguns vezes, ele tinha que falar isso pessoalmente e ainda citar frases que falei descaradamente num texto em que me declarava absurdamente à ele. Tudo que eu nunca tive coragem de dizer tão claramente estava ali...já dito e muito bem explicado. Fui pega tão de surpresa que não me restou nada, nenhuma defesa,...nada que eu falasse adiantaria. Minha estupidez havia sido descoberta. Minha mente não parou um segundo desde então, tentando me lembrar dos milhares de textos que ele pudesse ter visto. 
E agora? Bom, agora nada, né. Agora tenho que voltar a ter coragem de me lembrar dele sem ter vergonha. Aliás, acho que agora tenho mais motivos para seguir em frente: 1-ele leu tudo e não teve nenhuma reação (visível); 2-vergonha.
Confesso, era bem difícil aceitar que mentiras existem, e que ele escolheu outra pessoa. É ruim não ser escolhida por quem queremos (ou achamos que nos merece), mas acontece, eu sei...acontece. E ele parece bem satisfeito com sua escolha (tentei evitar mas acabei vendo a imagem de fundo do celular dele: os dois juntinhos! Ahhh que lindo! Se antes eu já estava sem apetite, naquela hora meu estômago deu um nó e não descia nem o refrigerante).
Hoje já sei disso, já entendo, já cheguei ao meu fim. Talvez por isso a descoberta não tenha sido mais drástica, porque eu já estava cansada e convencida por ele que tantas vezes fez questão de falar (em outras palavras) que tudo que eu achava era mentira.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O QUE UMA MULHER PROCURA NUM HOMEM?

Me perguntaram "O QUE UMA MULHER PROCURA NUM HOMEM?".
Tentarei responder. Tentarei. Porque vocês sabem, mulher é bicho estranho, muda muito de uma pra outra, e também muda muito de um dia pro outro ou de uma TPM pra outra.
Tenho umas poucas amigas íntimas, sempre fiquei mais à vontade com homens (que não são melindrosos, não tem frescura, não te cobram se você desaparece do nada, pelo contrário, entendem). Pensando nelas e e mim, vamos lá. (é uma merda quando você pensa o que procura num homem e inevitavelmente aparece a imagem de seu ex na cabeça). Enfim,... Quando colocamos o item MATURIDADE já eliminamos 80%. Porque maturidade significa: o cara saber te dar valor, saber te incluir entre os amigos e familiares, e não querer te guardar numa redoma. Te assumir, e isso quer dizer NÃO às "piriguetes", respeitá-la e respeitar-se. Não ser um "pau mandado" da mãe ou dos amigos. Aliás, o cara maduro sabe diferenciar AMAR A MÃE de VIVER A VIDA DA MÃE.(por exemplo, o namorado de uma amiga, nas discussões, sempre fica do lado da mãe e não defende a pobre coitada! E a mãe é toda controladora e malévola). O cara maduro quer ver a mulher crescer, tem orgulho da inteligência dela (e não medo!), e se preciso for, vai ser suporte para que ela cresça. Bom, na verdade acho que quase tudo se resume em maturidade. Mas nós, mulheres, somos compreensivas (eu pelo menos sou...rs), e se o cara tiver DISPOSIÇÃO em amadurecer...tá valendo! Porque ninguém é totalmente maduro. Sempre há áreas que denunciam nossa meninice. A questão é se posicionar, querer....

Bom, como já falamos de 80% vamos aos 20 % que nos restam. -BOM HUMOR. Acho que isso é quase um desejo geral das mulheres. Queremos homens que nos façam rir, e no meu caso, que entendam a piada ou trocadilho.
-INTELIGÊNCIA. Homem inteligente dá tesão. É sério! O cara nem precisa ser tão bonito, mas se for inteligente tá feito! Porque mulher é atraída pela admiração que o outro causa nela.O cara que pode acrescentar, ensinar....(eu, pelo menos, gosto de homens que saibam mais que eu, o que não é difícil.)
-EDUCAÇÃO e GENTILEZA. Que ele honre as calças que veste e abra a porta, se preocupe com ela, pague a conta (com raras exceções)...Essas coisas que vocês estão cansados de me ver falando.
-SEJA CRIATIVO (isso é pessoal). É meu lado artístico que grita, mas não consigo me imaginar com um cara "monga".
-TENHA INICIATIVA.
-SEJA CONSTANTE e fiel ao que diz.
-QUE NOS OUÇA e fale também! Responda ao que ouviu...
-Não ser muito ciumento, mas cuidar. (isso também é pessoal. Porque eu gosto de gente, gosto de conversar, tocar,...se me tiram isso não sou eu.)
-NÃO TENHA MEDO de se relacionar, de ir mais fundo, adiante....
-Dê liberdade pra sermos exatamente o que somos.

Não preciso falar de fidelidade, né?! Nem da química. Desnecessário.

Até agora falei de coisas subjetivas, como é de meu feitio. Mas imagino que os RACIONAIS devem estar gritando por algo um pouco mais palpável.
Fatores físicos? Responderei por mim.
Os dois caras que me apaixonei não se parecem muito FISICAMENTE. A semelhança está no sorriso lindo  que me engolia, nos olhos que me desnudavam e...na ALTURA. Pois é, se não for alto, pra mim, não dá! Tenho uma altura considerável (1, 71m) então....Não dá pra usar salto e ficar mais alta que o cara!

E a questão do dinheiro? Eu sabia que chegaríamos nesse ponto polêmico.
Olha, eu já tive oportunidade de estar milionária, mas não gostava, fazer o quê?! E já fui loucamente apaixonada por um cara que não tinha grana nenhuma (artista!) e isso pra mim não fazia diferença.
Mas, é óbvio, que se for pra pensar em relacionamento "pra sempre"(tem que falar assim pq homem tem medo até da palavra CASAMENTO...buuuhhhhhh), nos preocupamos se o cara vai conseguir sustentar uma casa. Isso traz segurança. Não é que o cara tem que ser rico não, mas estável, conseguir pagar as contas. (já ouço gritos das feministas e dos "direitos iguais". Meu povo, é claro que a mulher pode e deve ajudar, mas EU acho que a obrigação é do homem. Sou a favor do homem ser homem e da mulher ser mulher, simples.)


O que ela procura num homem? Que ele esteja disposto a ser seu parceiro e par até o fim.







Obs: lembrando que escrevi pensando nas MULHERES e não em "piriguetes" (essas têm um gosto distinto). Esse termo não tem preconceito é só uma questão de "catalogar", pra entenderem melhor os grupos. Até porque conheço umas meninas "soltas" assim, elas são legais e tal...mas se preocupam mais com a marca que o cara veste, a bebida(alcoólica) que ele toma, as baladas que ele vai....


Obs²: a questão da maturidade serve tanto pra homens quanto pra mulheres.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Folha em branco.

Eu tinha medo desse dia chegar. Por isso adiava tanto.
É, porque é muito ruim a ausência de sentimento. É estranho olhar uma foto friamente, sendo que há alguns dias o coração não cabia no peito e queria saltar.
É meio desnorteante ver alguém que sentou-se no trono de seu coração e hoje não passa de um desconhecido.
TOTALMENTE desconhecido, porque assim ele se fez.
Assim ele me fez acreditar. E  eu, eu acreditei.
Hoje quando relembro não tem familiaridade, fico me perguntando "Quem é?" e um sonoro silêncio ecoa dentro de mim. E me sinto como uma folha em branco, sem passado, sem lembranças, sem promessas, sem esperança.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não mais!


Eu precisava sumir, desaparecer pra você e aparecer pra mim.
E é estranho porque o retrato que tenho com meu EU mais completo é com você.
Mas, agora já não dá. Embora goste de sua amizade, de sua presença... não tem mais porquê.
Porque o que eu mais amava em você era minha liberdade, e agora já não posso ser livre com você.
Não posso ser transparente, e não sei ser de cor nenhuma. Diria que sou uma transparência translúcida que reflete exatamente o que está na frente (ou na mente) ao mesmo tempo sem permitir a nitidez.
Mas agora não posso mais. Tenho que medir palavras, controlar pensamentos, segurar emoção. E isso eu não quero, não! É exaustivo.
Porque se você me pergunta se está tudo bem, eu deveria responder que sim, apesar de sentir absurdamente sua falta. Mas não, tenho que responder "estou ótima!".
E se nossa conversa continua, e você pergunta como estão os planos, eu deveria responder que estão quase prontos e todos têm você incluso. Mas nãooo! Tenho que responder que os planos "estão indo".
E se você me diz que vai viajar com a atual namorada pra "PQP" e me pergunta o que farei num feriado, eu deveria responder que você tá todo errado, e que quem tinha que estar ao seu lado era eu, e que ouvir você dizendo que vai ter uma viagem romântica é desumano! MAS NÃO!NÃO POSSO RESPONDER ESSAS COISAS. NÃO POSSO SER TÃO FRACA, TÃO VULNERÁVEL, TÃO....HUMANA. Aí, tenho que respirar fundo, ser extremamente racional e dizer "que bom! Lá deve ser lindo! Boa viagem pra você!" , e engolir o choro, a raiva de mim mesma, minha burrice....E saiba, não é nada fácil engolir tanta coisa assim. Ainda mais pra mim! Eu que não fujo, não bebo pra esquecer ou ter coragem, enfrento tudo de cara lavada! Apesar de depois, minha cara ficar suja de "nãos" e lágrimas.

Minha respiração.

Me perguntam se estou inspirada.
Inspiração é quase uma respiração, temos que tê-la pra viver.
Aliás, é uma parte da respiração. Inspira e expira.
E escrever pra mim é exatamente isso, inspiro o mundo e expiro na escrita.
Com a diferença de que na minha respiração, inspiro algumas dores e expiro na escrita uma leitura um pouco melhor, uma releitura, já com aprendizado. Pelo menos, pra mim.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Até onde é auto engano?

Tragicamente cá estou eu pensando em você.
Sabe o que eu mais gostava em você? O fato de eu poder ser EU em tudo! Nunca quis provar nada pra você, sempre achei desnecessário. Não sei se é porque eu vinha de uma relação que havia me cansado por ter sempre que provar, que com você eu simplesmente vivia. Escancarei meus defeitos, aprimorei minhas virtudes. Mas me enganei. Eu achava que você não se importava. Achava que você, assim como eu, se importava com o SER e não com o fazer ou ter. Mas, fico voltando a fita pra achar o "porquê", e ao mesmo tempo avalio sua relação com 'a atual'. Eu nunca achei que você fosse se importar com o fato de eu não ser rica. Sim, pago minhas contas, viajo um tanto bom, mas isso é pouco pra você, né?!  Sou apenas contra a "mercantilização dos sentimentos". Não, não se ofenda. Infelizmente, é comum isso de "mercantilizar", e é mais comum ainda as pessoas terem isso enraizado nelas e nem perceberem. Desculpe-me se não sou apaixonada por dinheiro, ele é meu servo e não Senhor (não só na teoria, como na prática também!).
Me lembro quando me contou sobre a mocinha que está com você :"ela trabalha comigo, temos objetivos parecidos". Perdão, mas não entendi essa colocação. Qual objetivo? Só porque meu trabalho não é tão normal (pra você) não significa que ele não seja um trabalho. Sou atriz com muito orgulho e talento (diga-se de passagem). Mas isso não te causava uma real admiração porque é instável (eu sei).
Por que acho isso? Aí, vem em minha memória o dia em que conheci sua incrível família (sim, é incrível! Muito amável. Mas saiba, tão imperfeita quanto a minha família. Embora eu ache a minha perfeita). Perguntaram-me o que eu fazia, respondi prontamente: "ATRIZ". Me olharam como se eu fosse uma perversa, hippie, sonhadora...sei lá. E você logo emendou: "ela é jornalista também. Apresentou um programa de turismo em SP, viajou pra República Tcheca, Espanha, Portugal...". Eu sei, meu bem, você queria causar uma boa impressão. Mas me doeu um pouco eu ter que provar meu valor pelo que faço ou tenho, por status...sei lá. Pode não ter sido intencional, mas foi o que foi.
Eu até acredito que você sentiu alguma coisa por mim, mas talvez sua razão não tenha conseguido explicar como amar alguém que como defeito principal tem sua profissão? Como amar alguém que você não terá controle sobre o dia a dia (não falo do controle no sentido ruim, mas das várias possibilidades de um amanhã)??? A gente poderia estar junto até hoje, até sempre! Mas você queria uma lógica para o amor, queria uma certeza para o amanhã. Meu bem, a única certeza que poderia te dar era de meu amor e sempre achei que isso deveria bastar. Mas me enganei.
Aliás, me enganei num monte de coisas. Me enganei achando que você teria coragem, que lutaria por nós, que acreditaria no amor....Ahhh como eu ME enganei. Auto engano é tão estúpido, né?! Eu sei que é, todo mundo acha. Por exemplo, AGORA, não sei se tudo isso que acabei de falar tem algum sentido ou se estou no 'auto engano' pra ME justificar seu abandono, sua desistência...

E não é revolta, despeito,...você me conhece, é apenas uma necessidade de entender, de saber a origem dos "porquês". Porque a única coisa, pra mim, que não tem explicação é o AMOR. O resto....

Minhas ficções.

E as pessoas continuam me perguntando e se perguntando se o que escrevo é verdade ou ficção. Tem diferença????
Toda ficção que escrevo é verdade dentro de mim.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pra sempre.


Ahh quantas vezes eu me sentenciei não mais falar sobre você, não mais escrever, não mais querer você!
Pra mim, praticamente uma sentença de morte. Tão desumana comigo mesma.
Desumana sim, porque me conheço e sei que preciso falar, gritar que te amo bem alto aqui dentro do meu peito (que é pra mais ninguém escutar). Preciso falar tudo que posso, pois tenho a esperança de que um dia as palavras acabem e o sentimento pegue carona.

Tão boba, eu sei, sou mesmo! Nunca neguei! Tão pouco tempo. Mas foi um pouco tempo de sonho. Sonho mesmo, porque você resolveu me acordar. Que feio isso! Acordar os outros antes da hora, e sem café-da-manhã na cama, sem beijo de 'bom dia', com roupa, com mala pronta pra ir.

Minha sorte é que você não me lê, não me vê, sequer se lembra de minha existência! Sorte? Nesse caso, sim...no caso de não ler o que escrevo, porque assim posso ser estúpida sem você saber de minha estupidez.

Quase dois anos! Você acredita? Eu não. Não acredito que vivo há quase dois anos com lembranças de dois meses. Parece coisa de criança! Criança que acha que as coisas duram pra sempre, que acredita, que simplifica. Aliás, é isso que te falta: essa pureza de ACREDITAR.
Parece que foi ontem, eu te assistindo com medo de me amar e com medo de eu te amar de uma forma que você não teria outra saída a não ser o "pra sempre". Como você tem medo do "pra sempre". É como se você quisesse viver a eternidade de uma só vez pra ver se vai dar certo! Não, mon amour, não é assim. O pra sempre a gente vive aos poucos. É devagar. Não precisa ter medo. Mas eu sabia que era inútil eu falar qualquer coisa pra você.  A angústia por não saber se ia me fazer feliz te torturava. Ahhh me fazer feliz? Isso não era promessa pra futuro, era meu presente. Você que não se deu conta disso. A promessa da felicidade e do amor de cinema já estava acontecendo, mas você não viu.
Racionalizou. Justificou pra si seus medos. Mas tenho que falar, só você acreditou nisso. Aliás, acho que nem você. E sabe, nem com raiva eu consegui ficar porque seu desespero era tão nítido.E nesse momento eu comecei a te amar. Sim, foi nesse momento, quando eu vi que não eram suas inúmeras qualidades que me deslumbravam. Claro, elas muito me agradavam, mas foi quando vi suas fraquezas ali na minha cara que descobri que eu já estava te amando.
Eu não esperava te amar tão rápido, não esperava te amar sem porquê. Mas depois que assumi isso pra mim (não, não pra você! Não nessa situação...você partindo. Partindo nossa história)....depois que assumi que te amava sim, já imaginava que não seria fácil viver sem você, e que esquecê-lo não seria possível.
Resolvi viver com isso. Com esse amor. Não há nada pra fazer. Nem te dizer posso mais, pois já estou com outra pessoa (não no coração. Você me conhece, não caberia mais ninguém aqui).
Dói muito de vez em quando. Eu choro tanto até ficar com o rosto vermelho, olhos inchados, choro até esvaziar meu coração de sua ausência. Mas, como você não aparece, sua ausência me enche de novo, e de novo eu tenho que chorar.

Ah! Deixa pra lá!


O problema em SER feliz é que não te dão o direito de ter um diazinho triste sequer! Eu disse PROBLEMA? Ah! Esqueçam!

terça-feira, 5 de junho de 2012

O que escrevo pode até ser uma realidade imaginária, mas é uma realidade! A MINHA realidade.



Naturalmente...


Como ela era boa em fingir (pra si)! Mas não por maldade e sim por NECESSIDADE. Porque era assim que ela precisava reagir, era assim que ela precisava continuar, era assim que ela estava acostumada "apenas bons amigos". Mas, fazer de uma paixão um amigo é até cabível, uma hora acostuma. Agora, fazer de um Amor apenas um BOM amigo é subestimar sua própria capacidade de amar. Mas, ela insistia, acreditava que conseguiria.
E ela fingia com tanta veracidade, digna de Oscar! Conversava naturalmente, perguntava, respondia de vez em quando. Às vezes ela perguntava sobre o atual relacionamento dele (acho que é pra ficar mais natural a atuação, ou talvez pra enfiar na sua própria cabeça que ele não estava nem aí pra ela, que foi uma "conquistazinha" barata - diga-se de passagem ).
Quando digo que ela fingia é apenas uma omissão dos verdadeiros sentimentos.
Não, ela não mentia, pois isso não admitia. Apenas restringia suas respostas ao racional.
[Eu sei, você pode estar se perguntando o porquê ela ainda conversava com ele. É porque ela gostava da amizade dele e achava estúpido deletar pessoas.]
Ela se saía bem quando o foco da conversa era ele ou qualquer outra coisa que não fosse sua vida pessoal.
Mas quanto maior o amor, maior tem que ser a atuação pra esconder tal sentimento, e quanto maior a atuação...menor a duração. Por isso, ela não costumava conversar muito tempo com ele. Não mais!
Ele fez uma pergunta normal, mas a resposta verdadeira incluiria ele e isso ela já não podia fazer. E como não mentia... Sem saber o que fazer, do outro lado da tela do computador aos prantos, mas firme nos dedos (com suas digitações)...se despediu rapidamente.
Ela não conseguia responder algo tão óbvio.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pra refletirmos.

Como é?
Você fala que AMA a Deus mas nega seu Filho (que é UM com ELE)?
Como é esse amor?
Você fala que acredita em Jesus Cristo mas como é a expressão desse amor?
Acho que precisamos refletir sobre nossas escolhas, sobre o que dizemos acreditar e realmente ACREDITAR.
Você diz que Deus (Jesus Cristo) é SENHOR. Mas você permite que ELE seja Senhor de sua vida?
Diante de cada situação, quem te governa? Você dá a outra face ou paga na mesma moeda(alegando que quer fazer justiça)? Você, fazer justiça? Por acaso somos JUSTOS? Podemos ter noção de justiça, mas não somos A Justiça. ELE é O JUSTO, aquele que nos justificou, que pagou um preço alto por nós (pelas nossas transgressões).
Sim, temos que tentar fazer o bem, mas...não "sigamos os conselhos dos ímpios"! O mundo que Deus nos oferece tem outras regras, outra Lei. A Lei do Amor. Dar a outra face, andar a segunda milha, doar...."A resposta branda desvia o furor"...
Se dizemos amá-LO, precisamos expressar esse amor, esse respeito pelo o que ELE diz.
Cada vez que fazemos do NOSSO jeito, sem consultá-Lo, estamos negando Cristo. Estamos cuspindo na Cruz outra vez, e outra vez....


Termino esse texto, esse "pensar sobre nós" com uma música:
http://www.youtube.com/watch?v=tpF9sM04bR0

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Abrindo o jogo!


As conversas eram praticamente terapêuticas. Uma mistura de filosofia, realidade, ironia...
-Você é especial em essência. O conteúdo que você expõe, essa complexidade toda te torna interessante além  do óbvio, do visível.
-Entendo o que você me diz e muito me agrada. E pode ficar tranquilo que não suponho paixão para dizer coisas belas. Sabe, algumas pessoas até conseguem ver que tem algo além da beleza, mas não captam a essência. Entende?
-Essas pessoas são insetos que vivem ao redor da Luz. Insetos que são atraídos pela luz e pensam que o verdadeiro sentido da luz existir é atraí-los, quando na verdade não é.  A luz existe para desvanecer as sombras e pra servir de guia.
Ela sorria, achando interessante toda aquela leitura. E ele continuou: - Eu te admiro tanto porque sempre carreguei um amor pela leitura, e se te leio, te encontro. Não importa o tamanho de seus textos, sempre acabo percorrendo suas palavras porque tem tudo lá.
-Eu só escrevo EU mesma. Só exponho o que quase ninguém expõe. Só questiono o que todo mundo deveria questionar, SE questionar. Tento incentivar um 'olhar-se no espelho'. Nem sei me categorizar.
-E não tem como categorizar mesmo. Você é subjetiva, fala nas entrelinhas mais do que nas próprias linhas. Não é exata. É humana.Seu pensamento flui...

E a conversa também fluía, sem meios dedos, meias palavras ou meio termos. Simples e direto ele a "entrevistava".
-Como você se sente sentimentalmente? Sente-se incompreendida?
-Incompreendida?Talvez não, porque sou clara.
-Vou melhorar minha colocação: você é que não compreende o que acontece, né?! Sabe o que é?! Você amedronta o homem. Porque uma coisa é o cara estar ao lado de uma bela mulher, mas se ela tem toda essa complexidade como você tem, o cara assusta e não sabe se vai conseguir atingir seu patamar!
-ahahahahahahahahahaha....que patamar?! Isso é imaginário! Sou tão simples! Mas infelizmente acontece mesmo, já ouvi isso. Surreal.[...] Me diga então você, que é homem, o que fazer para o cara não pensar assim?
-Ué, tem que ser um cara resolvido com relação a isso. A partir do momento que o cara enxergar mais seu interior do que a superfície daí ele não terá medo. Porque homem tem medo mesmo, se o córrego é raso e ele pode ficar na superfície ele vai em frente, mas a partir do momento que ele precisa ir mais fundo, ele fica com medo de não conseguir voltar à tona. E com você não tem passeio superficial, só mergulhando mesmo! De fato, você é apaixonante, mas é como um rio cheio de curvas e profundo daí as pessoas se assustam com os riscos, e pelo medo de enfrentar correntezas e cachoeiras acabam desistindo.
-Bom, depois disso tudo não sei se me sinto bem ou mal. Achei ótima sua leitura, mas sinto-me como se estivesse num quarto fechado numa torre alta. Continuarei esperando alguém que tenha coragem então. Mas já esclareço, não precisa dessa coragem toda. Só precisa entender o valor das coisas, pois sabendo...lutará, conquistará facilmente, sem muito esforço comigo. Talvez o esforço seja apenas de reconhecer que preferem algo mais fácil, algo que esteja na prateleira debaixo...O esforço é com ele mesmo e não comigo.