segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sem o Véu.





O rumo que eu tinha se perdeu
O que eu sabia não serve mais
O que eu sinto já não há
O estranhamento é companhia constante
Parece tudo novo, tudo visto sem o véu...sem o véu do amor.
É novo, mas é sem graça, sem sal, sem doce.
O véu... o vento levou.
Vento que bagunçou ideias e ideais.
Vento que confundiu os sinais.
Sinal de que era pra ser. Sinal de que não era.
Nem isso sei mais!
Ilusão, mentira ou simplesmente passado?
Sonho, verdade ou apenas um fôlego do futuro?
Sei que nem tudo dá pra gente nomear ou categorizar e é exatamente isso que me assusta: o que não tem nome, o que não sei dizer, o que me possui sem se descrever.

O véu que dava sabor, cor e graça à tudo que eu via foi embora, foi rasgado.
Provavelmente abraçou algum galho seco de uma árvore. Uma árvore qualquer que estava no caminho...no caminho do vento.
Eu sei que ele não terá o mesmo efeito como tinha comigo, pois ele não foi feito para enfeitar árvores e sim, para envolver-me.
Mas não faz mal. Mesmo sem rumo, sem saber, sem sentir...Mesmo bagunçada eu consigo refletir esse amor, todo amor que recebi.
O véu? O Véu será apenas uma renda branca esquecida num galho seco.

2 comentários:

  1. O estranhamento é companhia constante...
    Muito bem construído. Parabéns Renata.

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  2. Estranho mesmo é ler essas coisas e se sentir lido... É uma grande invasão de privacidade,... mas se ida do véu permitiu todo esse tranbordar e interação ultra-virtual,... talvez tenha valido a pena pra muitos !!!

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