quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Profundidade.



Eu tenho mania de profundidade.
Mania de enxergar as coisas em 3D, de usar o 6º sentido como se fosse "factual".
Porque o verde não é simplesmente uma cor, é a mistura perfeita do azul com o amarelo.
O frio é mais do que sentir os dedos congelando, tem causa, é ausência de calor.
A falta que se sente de alguém é mais do que uma boa lembrança. Falta significa espaço vazio, espaço que a outra pessoa não conseguiu preencher.
O medo de perder alguém é a consciência de que aquele amor já é seu, e aquela pessoa foi feita sob medida pra você.
O coração acelerado quando está diante dela(ou dele) não é apenas tesão. Tesão é mais pra baixo.
O duelo entre mente e emoção é a prova de que algo não está como deveria.
Mas eu sei, a profundidade pode assustar quem se acostumou a viver no raso da razão.
O 3D pode dar uma dimensão errada, aliás, não aceita pelos que preferem o raso. Há pessoas que preferem existir em duas dimensões (será?), é mais fácil.
O sexto sentido, por mais que esteja certo, pode ser ignorado pelo outro e você se torna "o ignorante".

A grande questão é : quando você reconhece a profundidade da vida, das pessoas... o subjetivo se torna mais real do que o assumido. E não dá pra ignorar tanta realidade!

Um comentário:

  1. O grande problema de experimentar o fundo, ou o profundo é que não dá mais pra viver no raso depois!
    Toda genialidade é natural, e suas palavras são naturalmente lindas....

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