terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sobre a saudade.



Saudade a gente não mata, a gente alimenta.
Porque quando a gente encontra a pessoa querida a saudade não passa, mas é saciada, e tempos depois estamos com fome da pessoa de novo.
E se é amor,...a fome quase engole a razão, quer sair pulando muros pra acalmar o coração.
O grande problema é quando o muro é alto demais. Aí, por mais que tenha saudade, que tenha fome e nada de razão, por mais que tenha vontade é impossível abraçar o outro coração.
Aliás, impossível sozinha.
E a razão volta a aparecer, embora sem nexo.
Penso que eu posso desistir de pular muros, posso desistir de 'matar a fome', posso desistir de um mar de coisas, pois o cansaço e a espera me torturam. Então, nesse momento, desisto de você.
Mas não posso desistir do amor, não posso desistir de mim.
Choro até que não haja água mais em mim, nem salgada nem doce. E, por instantes fico seca e neutra. Respiro.
E me flagro começando tudo de novo, pois não desistir de mim implica em não desistir do amor; e o amor e você são sinônimos.

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