quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Flor só queria um amor em paz.



Um amor marcado e outro interrompido. Essa era a história romântica de Flor. Uma entrega dela e um poço de indecisão de retorno. Outra entrega ainda mais completa e uma covarde omissão.
Flor morria de medo de se apaixonar outra vez, e achava impossível se apaixonar em cima de um outro amor (no fundo no fundo ela ainda sangrava pelo amor entregue e interrompido).E afogava seus sentimentos nas lágrimas, os sufocava com afazeres...
Então, fez a terrível opção (in)voluntária de ser indiferente, de não acreditar no que diziam e passou a ser como aqueles que a machucaram por equívoco de palavras e ações encantadoras. Só não chegou ao ponto de enganar pessoas (isso ela não conseguia! Achava golpe baixo demais!).
Alguns se aproximavam com aquela conversa dúbia, gestos doces mas ela ria pra fugir de ter que julgar aquela situação, brincava pra não ter que apostar numa mentira. Ela sabia que podia se surpreender e ser verdade, mas...e se não fosse? Mais um golpe ela não suportaria.
Então ela sonhava. No sonho ela podia se soltar, ela podia voar, ela podia amar.
Flor aprendeu a escolher o sonho da noite (por necessidade e urgência de amor), e todas as noites ela vivia coisas incríveis...
Acordava feliz com a experiência da noite, mas aflita pela realidade da manhã.
Ela não queria ter medo, não queria...Mas pra ela não servia qualquer um, porque pensava que 'se serve qualquer um, é porque nenhum serve'. O coração tem que pular apenas numa direção. Se pula à toa é por pura aflição. E ela queria afeição, amor, decisão...
Pra muita gente, ela queria demais. Pra ela, era simples, ela apenas queria paz.

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