domingo, 31 de julho de 2011

Meu tudo.

E quando minha paciência está indo embora, aproveito e mando todo o resto de meu EU que não serve pra muita coisa. E me esvazio de mim para que seja cheia de Ti, para ser cheia da Tua Paciência, da Tua força, da Tua Alegria...
E abro mão de meus "achismos" para ser cheia da Tua sabedoria.
Não sou nada além de um vaso que escolheu carregar O Tesouro. O vaso é de barro mas quando ele se enche do Pai, carrega a própria Vida, carrega o Autor da Vida.
E para que eu seja cheia Dele, preciso me esvaziar de Mim. Preciso abandonar meu orgulho, meus preconceitos, minha razão...Porque a razão Dele é diferente.
Na lógica de Jesus, os loucos são sábios, os humilhados serão exaltados, melhor é dar do que receber, ... E sabe por que vale à pena tudo isso? Porque onde ELE chega tudo muda. A PAZ se estabelece, a vida tem sentido, a alegria é companhia constante, o vazio não existe...

Só tenho que agradecer e adorar o único que é digno de toda adoração, o único que É e ponto final. Meu tudo, JESUS, o Cristo.

sábado, 30 de julho de 2011

Arque com as consequências.




A crise dela era "como as pessoas esqueciam umas das outras tão depressa?" e "por que ela não conseguia isso?". E as perguntas de sua amiga eram "como você consegue guarda-las por tanto tempo?" e "por que não esquecê-las?".
Sua amiga disse: -Por que ser tão profunda, pra quê olhar tão dentro? No raso dá pra brincar mais e sem falar que não tem perigo nenhum.
- Pois é...o grande problema (problema?) é esse: eu não consigo ficar apenas no raso. Não vejo graça, acho vão demais. Claro que há pessoas que sempre ficarão no raso de nossas relações, mas no departamento "coisas do coração" não cabe o raso.
-É por isso que você chora tanto, porque se te abandonam no profundo você tem que voltar sozinha e você precisa da ajuda do tempo e da maré pra conseguir voltar.
-É...mas você já experimentou o profundo? É tão mais emocionante, a gente se sente tão mais viva, mais boba também, mas a gente vive o MAIS da vida!
-Já, uma vez. E quero dizer que na verdade, ninguém é tão raso assim. Só não somos tão verdadeiros com nós mesmos. Há pessoas que tocam meu coração, mas e daí?
-Como assim, 'e daí'?
-Ué, descobri que a maioria só quer tocar o coração de alguém e não quer ser tocado.
-Então, você simplesmente deixa assim?
-É...finjo que não fui tocada.
-Mas por que???? Por que você não assume o que sente e ele também?
-Pra quê? Se eu assumir, ele vai ficar feliz, se sentir vitorioso, ir embora e semanas depois estará com outra.
-Foi isso que aconteceu com você?
-É isso que acontece com todo mundo.
-Nãooo....
-Nãooo???? Então por que é que você até hoje chora pelo seu ex? Você quer me fazer acreditar num amor que não aconteceu nem com você?!
-Quero apenas que você não seja guiada pelo medo. Medo não é um bom guia.
-E eu quero que você pare de sentir saudades do "tal", quero que pare com tanto 'sentimentalismo'.
-Ah tá, desculpa se sou humana. ok. Então...Me diga como.
-Estou dizendo. Finja. Namore outro.
-Mas isso não é solução, isso é enganação. Não consigo fingir.
-Então, se o que ele te disse é verdade, que você é a mulher da vida dele...e ainda assim, ele está namorando outra, você não acha que ele está fingindo? Ou ele fingiu pra você ou está fingindo pra ela. A vida é assim.
-NÃO, NÃO É. NÃO TEM QUE SER ASSIM. A vida é pra ser vivida e não fingida..
-VOCÊ vive, a maioria finge. Se quiser sobreviver entre no jogo.
-E se eu não quiser SOBREVIVER e sim VIVER?
-Arque com as consequências.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A Boa Memória da Fé.




O Sol está quente, muito quente.
Estou cansada, as pernas fatigadas de tanto andar nessa areia.
Garganta está seca. E a única água que tem por aqui é a que sai de meus olhos.
Olhos que já não conseguem enxergar muita coisa.
Tento gritar pra pedir socorro mas até a força pra gritar foi embora. E parece que estou aqui sozinha, completamente sozinha. Parece.
Mas eu conheço meu Pai, e conheço o seu amor indescritível.
Com os pés já vacilantes caio de joelhos. Prostro-me.
Fecho os olhos e vejo um oásis. Vejo a terra prometida. Vejo o grande sonho, o desejo simples, vejo o amanhã mais fresco...vejo tudo isso mais perto.
E ainda com os olhos fechados, Sua respiração seca meu choro.
E eu me lembro de Suas Palavras, de nossas conversas...E me lembro que para se chegar ao oásis passamos pelo deserto. Não para merecer o paraíso, mas para eu aprender a usufruiir dele.
E com o coração aberto, fecho as janelas da razão e decido crêr em tudo aquilo que estou vendo com os olhos da Fé.
É...A Fé precisa ter boa memória pra sobreviver e pra isso precisamos ter lembranças, vivências com o Pai.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Respeitável público!




Se você nunca se sentiu a atração principal daquele circo que ele armou, sinta-se privilegiada.
Ele fez aquele espetáculo todo, cheio de luzes, cheio de magia, cheio de música, cheio de cores. Armou o circo, armou "a barraca", de repente, não mais que de repente, aparece a atração principal: VOCÊ.
E quem é a principal atração de um circo??? A PALHAÇA, ou o palhaço.
Isso mesmo. Você só esqueceu que o circo arma, fica alguns dias e vai embora. Simples assim.
Mas, não fique triste, não. Pelo menos, você foi a atração principal (espero!) por alguns dias. Ok.Sei que isso não consola.
Então,...você ganhou experiência! É, isso é sempre muito bom. Se bem que experiência de palhaça não vai lhe ser muito útil, a menos que você queira se apresentar no próximo circo, e isso acho que você não vai querer, né?!
Olha, pense pelo lado bom. Qual? Ué, sempre tem um lado bom. Me dê uns minutinhos para eu tentar pensar mais profundamente.
O lado bom é que você está apta a abrir os olhos das amigas quanto a esse tipo de gente. Gente-circo. Você tem história pra contar. Você tem desgraças pra rir. É...rir. Já que chorar porque o circo foi embora não vale à pena.
Tá. E quem foi que disse que a gente só chora quando vale à pena, né?!
Mas é sério. Ele te deu material pra estudo. Você não gosta de estudar gente?
Caramba, então ache você uma utilidade pra essa palhaçada toda!
Estou tentando ajudar.
Eu sei. Ele foi sincero. Aham. Com ele.
Foi de verdade? Claro que foi. O grande problema é que circos são verdades temporárias.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A porta fechou, mas...você voa?




Aeroporto. Cheguei mais cedo, não gosto de atrasos. Naquele tédio comum da espera, olho ao redor observando o nada de tudo aquilo, a correria sem porquê das pessoas, a pressa...sempre a pressa. "Pressa de quê?", me pergunto. "De viver", me respondo. "Mas viver com pressa é justamente o contrário de viver. Quem quer abraçar o mundo acaba de mãos vazias", mais uma vez me contrario. (Bom, vocês se lembram que tenho um narrador dentro de mim, né?!Quando me pergunto e me respondo, na verdade, um é meu marrador. Aí, como se não bastasse narrar o que acontece, ele quer narrar o que não acontece, quer me questionar. Mas tudo bem, vivemos bem assim). Ele, meu narrador, prosseguiu "Ah! Há muita coisa pra ser conquistada". Aham, inclusive você. Eu?, ele perguntou. Sim, pois se pensasse como eu seria mais fácil da gente caminhar. Caminhar pra onde?, ele perguntou. Ué, pra frente. Ok, então olhe pra sua frente que ele está aí. Ele?, perguntei. Nenhuma resposta já que meu narrador é homem, e homem...vocês sabem, às vezes finge que não escuta.
"Que surpresa boa você por aqui!", eu disse ao abraçar aquele homem. "Que bom saber que você existe", ele me disse logo após me arrancar o fôlego num beijo.
O tempo parou. Ficou umas boas horas parado. Depois os minutos correram e as horas evaporaram num segundo.
Anunciaram nosso vôo. PORTÃO 2. Íamos para o mesmo lugar. Peguei minhas poucas coisas e fui em direção ao portão 2. Ele disse que ia dar uma passada no banheiro e depois ia à banca de jornais. "Ok, te espero lá então", eu disse.
Entrei, me acomodei na poltrona e nada dele aparecer. Pedi que o chamassem, anunciassem seu nome. Anunciaram. "ATENÇÃO, SR., FAVOR COMPARECER NO PORTÃO 2. ESTAMOS O AGUARDANDO. NOSSA AERONAVE JÁ VAI DECOLAR". Chamaram algumas vezes. "Desculpe-me senhora, precisamos ir", disse a aeromoça. Eu? Eu não disse nada, e incrivelmente, meu narrador também não. Geralmente, quando eu não falo, ele(narrador)fala.
Esqueci de desligar meu celular e, acredite, ele tocou. Era ele!
"Não dá mais. Esperamos mais que o normal. Insisti, mas você não apareceu".
"Eu fiquei confuso, mas estou aqui no portão 2", ele disse.
"Então vá pra sua casa porque ficar aí não vai ajudar em nada! É impossível você chegar aqui"
"Impossível?!", ele falou num tom de confiança.
"Sim. Quando estávamos em solo você podia ter corrido e nos alcançado, mas agora...não adianta correr, você só chega aqui se voar".
"Você está me desafiando?", retrucou gostando da brincadeira.
"Talvez. Você consegue voar?"
"Se você quiser..."
"Não...se VOCÊ QUISER e tiver coragem de arrebentar as correntes, você voa."
"Se eu voar, você abre a porta?"
"Voe."

terça-feira, 19 de julho de 2011

A vida como ela é.

Amiga prestes a viajar perguntou se tinha "encomendas", logo respondi:UM MARIDO.Um homem que valha à pena os riscos de eu me entregar, e que não tenha medo de assumir um compromisso mais sério, que abra mão de seu 'NARCISISMO', seja bonito, ALTO, engraçado, inteligente, estável (lógico!), que tenha as mãos bonitas (pois é...), que goste de fazer amor, que me inclua nas programações, que não seja possessivo, que seja temente a Deus, que cuide de mim, que goste de conversar, que goste de ARTE...E que não tente ser nada disso se ele não for. Porque não tem coisa pior do que gente que FINGE(pra si) ser o que não é.
Ela, me cutucou, me trazendo pra realidade e disse: eu falei encomenda. Milagre é só Deus quem faz!

EU: Ah tá. Ué, se é pra sonhar que seja alto e grande. ME REFIRO AO SONHO.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O mundo desaba e você voa!

Sempre demoro mais um pouco porque nunca paro até que eu chegue ao fim, até que não ME reste mais.
Demoro um pouco mais que o normal pra aumentar meus limites de suportabilidade. Isso é bom. A gente aprende que o pesado nem é tão pesado, e que sempre se pode ir além.
Acho que tem a ver com meu senso de humor que beira o brega. Difícil me sentir ofendida.
Talvez por saber quem sou: filha amada de Deus.
Eu rio até com minha desgraça! Porque a desgraça tem uma coisa meio ridícula, dramática.
(claroooo, dependendo da desgraça. Há coisas que não dá pra rir, por exemplo, rir da morte de alguém. Tenho senso. Eu acho.)
Morro de rir com aquele povo que não sabe brincar e também tenho dó, pois levam uma vida pesada demais. Ofende-se com tudo, é melindre demais. Parece que gosta de problema, aí se não tem, inventa.
Quando escrevo umas coisas mais tensas, umas histórias de amor sem final feliz...isso não me tira a alegria de viver. Pode me tirar um momento de felicidade, mas a alegria?! Ela mora comigo.

Desconfio que não sabem mais rir. Rir de si e dos outros, rir da vida. Acabam perdendo a melhor parte de viver.
Bora viver com mais leveza! Mas pra isso, é preciso saber quem você é. Aí, o mundo desaba e você voa!

Vazia de você.




Hoje acordei com o cabelo arrumado. Não tinha você pra me despentear.
Acordei no meio da cama. Não tinha você pra reparti-la.
Acordei com um pouco de frio. Não tinha você pra me esquentar.
Acordei vestida. Não tinha...
Mas, apesar de tudo, acordei inteira. Não tinha você mais.
Uma sensação estranha de vazio. Não tinha você ao meu lado, nem dentro de mim.
Sem você dentro da minha cabeça e coração, não te dei BOM DIA.
Você não foi meu primeiro pensamento. Nem segundo.
Não me deu saudade. Não me deu vontade. Nem me senti metade.
Foi quando te procurei aqui dentro e não achei.

Estranho. Muito estranho. Eu já tinha me acostumado com sua falta. Agora, nem isso mais.
Melhor assim, claro.
Será?
Era legal ter em quem pensar, ter uma inspiração pra escrever, alguém pra enviar minha ternura...
Melhor assim, claro, vazia. Vazia de você e inteira de mim.

domingo, 17 de julho de 2011

Penalidade máxima.




Não sei bem o que você quer ouvir, apesar de saber que você aumentou o som da vida, o que significa que você NÃO QUER OUVIR.
Posso pelo menos te ver? Pra quê? Ué, pra te parabenizar pela bela atuação. Digna de OSCAR. Aham. Eu sei, já ganhou seu trofeuzinho, né?! Meus parabéns nada valem.
Já que não me resta muita coisa, apesar de eu não me ter(meter?!Também)...Continuando, como EU sou o troféu e foi você quem levou, eu não me tenho. Mas me resta o computador (sim, estou COM uma PUTA DOR no coração)e umas letras soltas que me fazem brincar com o ridículo. O ridículo de ser um troféu de alguém que até jogou bem, mas não fez GOL (praticamente a seleção brasileira no Jogo de hoje contra o Paraguai).
Eu sei, relacionamentos e jogos não podem ser comparados. Mas quem é que te disse isso? EU? Claro que fui eu. Mas eu te disse isso quando ainda acreditava. No amor? Não. Acreditava em você. No amor continuoo acreditando. Em você tá mais complicado.
Nãoo, não me venha com desculpas. Eu sei que você não sente muito. Você nem sente!
Que conversa é essa?! Ué, a conversa que deveríamos ter tido mas não tivemos. E eu sei, você nunca lerá o que escrevo, afinal, não lê nem mesmo o que você escreve! Se lesse essa conversa nem existiria e você estaria aqui dentro de mim AGORA.
É por isso que escrevo aqui, pra falar com você que não me lê, que não se lê.
Tá bom, confesso. Confesso que escrevo pra tentar te ridicularizar pra mim mesma, pra eu esquecer, pra não lembrar, pra inventar os inúmeras defeitos que você não tem. Escrevo pra disfarçar a falta que você me faz. E já que estamos falando de futebol (?) e FALTA... falta na grande área é pênalti. Ou você acerta e faz o Gol ou eu defendo e você perde.

Mas, e quando você não faz o Gol e eu é que perco?
É...futebol e relacionamento não podem ser comparados.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dia dos Homens (maiúsculo).



Como tem Dia das Mulheres, nada mais justo do que ter Dia dos HOMENS, que aliás estão cada vez mais extintos!
Por isso temos que comemorar e incentivar ainda mais os poucos que existem da espécie!
VIVA você, HOMEM, que o sabe ser (e não é apenas do sexo masculino). Você que é cavalheiro, educado, abre a porta do carro, paga a conta, busca a mulher em casa...
Você que não confundiu direitos iguais com igualdade dos sexos.(ok. Sei que a culpa não é só de vocês, tem muita mulher que também não o sabe ser, aí...ferra tudo!)

Aos que não são assim...não dou parabéns, não!Dou meus pêsames, pois estão perdendo a oportunidade de serem o que foram chamados pra ser: HOMENS, inteiros.
Mas dá tempo de mudar!!!! Quem sabe ano que vem a gente te dá os parabéns! Seria ótimo ter mais um da espécie.
A Mulherada (com M maiúsculo) agradece.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Só isso?!

-Por que você não tira isso da cabeça?
-Ué, eu tiro. Mas ele volta!
-Então...é porque a raíz está profunda, foi para o coração.
-Hum. E o que eu faço?
-Tire do coração, oras!
-Ah tá. Só isso?! E COMO? Me diz COMO que eu faço!
-Sei lá...Pare pra pensar, você não se sente idiota não?
-Às vezes, sim. E não é nada legal me sentir assim.
-Então...
-Mas às vezes não. Às vezes me sinto simplesmente humana num mundo desumano.

O outro dia.




Porque tem dia que dói mais. E a gente pari o dia como se estivesse parindo um filho, o filho da saudade, o filho da falta. Por isso dói tanto. Não tanto pelo dia, mas por mais um amanhecer longe de você.

Tem aqueles dias que a gente ri, distribui risadas, besteiras...mas mesmo assim, no meio daquelas risadas tem um pouco da sua risada, e entre aquelas besteiras tem as suas. E assim distribuo você, como se quisesse jogar fora cada pedaço seu, e distribuo nossos milhares de dias juntos resumidos em tão pouco...mas é em vão. Distribuo sim, mas a terra é fértil e o que era pra jogar fora é semeado. Pois tudo que é jogado com amor, germina, não morre, desenvolve mesmo que a gente não veja. E é aí que vem o outro dia. Aquele dia que dói mais. É o dia de colher você multiplicado. E eu junto cada pedaço, cada palavra, cada lembrança e...NADA. E você não aparece por inteiro. E toda semana eu repito isso. Isso de te jogar, te distribuir, te esgotar de tanto falar. E toda semana esse dia aparece...o dia que dói mais.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Como NÃO tinha que ser.



Eu estava lá tranquila no meu canto quando uma colega disse: 'todo dia ele fala de você, diz que fala com você e você não responde!'. Mas fala onde?, perguntei. Fala com todo outdoor que tem foto sua na cidade. Ah tá. Diga que respondo sim, ele que não escuta.
(até então eu não sabia quem era você!).
Outro dia troquei meia dúzia de palavras e risadas com você, através da colega. 'É ele!', disse. Oi?!, perguntei pra meu narrador. Pois é, acho que todo mundo que gosta de histórias (seja a própria ou inventadas) convive com um narrador dentro da cabeça. Acho que deixa as coisas mais interessantes, às vezes, mais engraçadas. Tudo bem que tem hora que passa do limite e começa a "viajar" demais.
Mas então...depois dessa breve troca de palavras, ponto. Um ano se passou, vi seu nome, tentei lembrar de onde conhecia (dessa vez o narrador não ajudou. Nem UMA palavra). Lembrei! O cara que meu narrador falou há um ano atrás.
A meia dúzia de palavras semeada virou contos e quase um livro de romance.
Finalmente, estávamos na mesma cidade na mesma hora. Marcamos um encontro. "Você sabe que é ele." Oi?! Mais uma vez indaguei ao narrador, mas quando ele tem que falar, ele não fala (ter um narrador-homem tem suas vantagens e desvantagens. Se fosse mulher estaria falando sem pensar. Já que é homem...pensa mas não fala).
Ao chegar no bar, de longe te avistei. Meu Deus, é melhor do que eu imaginava! Essa boca que eu queria entrar, cabelo gostoso, aquele jeito meio 'nem aí' mas que estava completamente ali. Seus olhos me tiraram o fôlego, o abraço me deu tesão.
Eu estava nervosa, ansiosa, sei lá...mas sorria e fingia calma (acho que sou boa nisso!). Quando nos abraçamos, eu disse pra meu narrador "é ele!". Fiquei com medo de ter dito isso em voz alta, mas acho que não (tomara!).
Estava tudo bem até que você pegou na minha mão sobre a mesa. Eu não sei o porquê, mas se pegam na minha mão fico desconcertada. Eu falo pra meus amigos "pegue na minha bunda mas não pegue na minha mão!". Acho que pegar na mão é íntimo demais (ok, e pegar na bunda não?!Hã?!)
Enfim, você estava nervoso também, eu sei. Embora tentasse disfarçar. Mas a mulher sabe quando o sentimento do cara ultrapassa a razão, o sentimento dele nos toca.
Depois que pegou na minha mão e eu deixei, não tinha mais jeito. Veio o beijo e junto com o beijo veio todo o seu mundo se misturando ao meu, e eu já não ouvia os barulhos do bar, não ouvia o trânsito, não ouvia nada. Nem pensar eu conseguia. Seu amigo nos chamou pro mundo. Achei engraçadinho eles ficarem enciumados, sinal de que você é amado, e se você é amado isso me deixa feliz.
Eu não esperava isso. Isso que senti, essas borboletas no estômago, essa confusão na cabeça. E meu narrador tentava explicar (ele tem uma mania absurda de ser racional), mas não conseguia finalizar, concluir a explicação. Era surpresa atrás de surpresa. Uma flor colhida na rua. Um brinde na praça. Um filme no carro. Uma viagem, e uma parada antes de chegar no destino pra...conhecer o brilhante casal que fez a coisa mais linda desse mundo: VOCÊ.
Eu confesso que eu estava morrendo de medo. Não sei, eu estava. Medo de acordar, medo de ser mentira (porque estava BOM demais pra ser mentira). E quando eu fico mais tensa, meu narrador fala mais, vai contando cada detalhe como se eu não estivesse vendo! E me dizia que você também tinha medo, narrou você olhando tudo em volta pra ver quem estava me olhando.
E a gente se amou com vontade e medo de que tudo acabasse. Mas a gente se amou e o mundo testemunhou. Eu sei que quando estávamos na piscina, alguns olhavam admirados, outros com inveja. A viagem acabou. Eu cheguei em casa mas não cheguei. Não me achava. Acho que eu tinha ido junto com você.
Os dias passaram e meu narrador ganhou um colaborador: VOCÊ. E você me narrava manhãs, tardes e noites. As noites eram sempre mais doídas, pois era o momento em que as estrelas cantavam em coro por seu nome, mas não adiantava, perto você não estava.
Mas estava bom, pra mim estava bom. Só do Céu soletrar seu nome me fazia feliz. E no final de semana a gente retribuiria o carinho celestial.
"Outra cidade! Você sabe o quanto isso é complicado?", dizia meu narrador. Como vocês sabem, meu narrador é homem e homem complica o sentimento e simplifica a razão. Tudo meio desnorteado.
Aquele dia eu tremia, você chorava, o Céu questionava e meu narrador descrevia suas lágrimas, sua mão me acariciando, seu adeus estúpido e forçado. "Deixa eu te carregar até o carro?", você me disse. "Ele não quer lutar pelo amor, mas quer carregá-lo em seus braços?", me disse o narrador.
Fomos embora de mãos dadas, como sempre será.
Chorar virou minha mania por alguns dias. Lembrar é rotina.
As estrelas não cantaram mais, elas apenas dançavam pra me mostrar que o show tem que continuar.
Depois de muito muito tempo, eu te vi. Você me viu. Meu coração quis sair do peito, mas eu respirei fundo e sorri (lembram? sou boa nisso). Disfarcei. Você disfarçou. Mas foram os dois disfarces mais inúteis que já vi. As nuvens riram de tamanha meninice nossa.
E meu narrador narra você andando, você se controlando depois de me ver de longe e vindo em minha direção. Narra sua racionalidade, seu subconsciente, seu corpo feito pra minhas mãos acariciarem,...Ahhh você! Você é o cara que, pela primeira vez, me deu certezas inexplicáveis, meu deu lágrimas também, mas sei que não foi por maldade. Você não é mau. Você é aquele que me faz rir, que cuida de cada detalhe, que canta doçuras, que me fez uma música, que tem o cachorro mais fofo do universo e os pais mais agradáveis.
Tentando dar fim a tanta narração te dei um abraço, você me fez perguntas, eu respondi e você refez as mesmas perguntas. Acho que você também tem um narrador pois não conseguiu ouvir nada do que eu disse. Eu sei, você está se concentrando pra não SE trair, pra negar o sentimento. Por que isso, meu amor, por que? Pra que essa insegurança toda em se entregar? Pra que esse autocontrole? Mas essa confusão e meninice sua me fazem gostar ainda mais de você. E segurando o riso, eu repito mais pausadamente a resposta. Você finge que entende pra não ter que perguntar de novo, pois eu sei que você não conseguiu acompanhar minha explicação. Sua cabeça estava em outro lugar, estava tentando explicar o que estava sentindo, estava tentando negar os pulos de seu coração.
Olhando dentro de mim me pergunta "por que você me olha assim, Bebê?". Assim como? diz meu narrador. Assim como?, eu repito. "Assim, me amando, me entendendo, sendo que nem mesmo eu me entendo." Hum...deve ser porque te amo e te entendo mesmo você não se entendendo. "COMO?", você se questiona e me questiona. É simples, não olho apenas com os olhos e nem tento entender com a razão apenas. Olho com o coração e busco entender na alma.
Nessa hora meu narrador se calou e ficou esperando a trilha sonora. Já era noite. As estrelas cantaram seu nome em coro, como tinha que ser. O vento nos enlaçou. Eu te abracei, como tinha que ser. E você me deu um beijo no canto da boca, mudando o desfecho atual da história, como NÃO tinha que ser.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Desistir por que?




-Por que você não desiste?
-Ué, e por que desistir?
-Pra quem sabe...
-Quem sabe??! Não não...Na verdade, não desisto por mim e por ele. Porque quando eu fechar essa porta, sei que ele pode esmurrá-la, tentar arrombá-la..não adianta, não dá mais. Eu sei que isso vai acontecer.
-Como sabe? Você diz isso porque aconteceu com aquele, né?!
-Aconteceu mas aquele foi diferente, tanto é que temos uma ótima relação hoje, apesar de até hoje ele bater na porta.
-Mas pode ser que esse não perceba a porta fechada, pois parece que nem percebeu que estava aberta.
-É...Mas eu sei, eu sei que ele vai bater na porta, e não passa pela minha cabeça vê-lo triste ou chorar por mim.
-Mas você já chorou tanto por ele.
-Tá...mas ele não fez por maldade, foi por ignorância. E ignorância, mais do que o resto, deve ser perdoada.

domingo, 10 de julho de 2011

Os loucos também amam?!

Ela diz que gosta de você mas não quer te dar uma chance?
Ele diz que você é A mulher da vida dele mas deciciu que não era hora?
Ela diz que te ama, mas cuidar de você que é bom...NADAAA?
Ele diz que te ama, mas fica entrando na onda dos amigos idiotas?
Ela diz que NÃO gosta de você mas vigia cada passo seu?
Ele diz que não te ama mas morre de ciúmes de você?
Ela finge ser boazinha mas já mandou mensagem "anônima" ameaçando alguma amiga sua?
Ele diz que gosta de você mas não sabe abrir mão de nenhuma vontadezinha própria?
Ela fala que você pode sair com os amigos mas se você sai, ela arma o barraco?
Ele nem te conhece e te manda cesta de café-da-manhã cheia de chocolate no dia dos namorados?
Ela diz que não te ama mais, mas você é o assunto predileto dela?
Ele, do nada, sem ter nada com você, diz que te ama e que quer se casar com você?
Ela te faz de "gato-e-sapato" e diz que isso é servir a amada? Ela que vai servir...servir pra ser EX.
Ele te trai e diz que é "instinto"? Ele que vai ser EXTINTO!

Descobri uma coisa...Descobri que os loucos também amam.
É...de loucura e amor todo mundo tem um pouco.

MAS...
Verdade seja dita.
Pra maioria dos casos acima o diagnóstico é só loucura, e não amor.
Tudo bem que alguns não sabem amar(não aprenderam), outros confundem amor com um monte de sentimentos, confundem com paixão, com possessividade, com orgulho ferido, com falta de orgulho, com companhia, com "não querer ficar sozinho"... E sendo confundido com essas coisas, a loucura pode se passar por amor, mas não é.
O Amor pode te tirar do chão mas também te carregar quando necessário.
Porque amor não é tão lírico, a gente pode torna-lo mais romântico SIM! Mas AMOR é muito mais que uma emoção! É compromisso, decisão, responsabilidade,... Amar tem um custo. Você não é só UM, quando ama você passa a ser DOIS. O tempo que era só pra você tem que ser dividido. A atenção que era apenas voltada para você, quando se ama (SE DECIDE AMAR), essa atenção tem que ser voltada para o outro também.
Por isso, hoje em dia, amar é tão difícil, porque exige que a gente saia de nosso egocentrismo barato e disfarçado.

Bom...quero encorajá-los (e encorajar-me) a amar, a decidir Amar. Mas amar na condição de AMOR MESMO, e não no conceito moderno e mentiroso de amor.




quinta-feira, 7 de julho de 2011

Venha.




Achegue-se. Pode chegar.
Já era hora da gente se amar.

Achegue-se, meu amor, um pouco mais perto.
Porque assim a gente floreia todo esse deserto.

Venha pra dentro, a casa é nossa.
Venha pra dentro, o corpo é nosso.

Deixa que eu te sirva, que eu te ame.
Você?! Você me cuida e me ama.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As melhores são dos mais corajosos.

-Eu quero me casar com você. Não me importa quanto tempo tenho que esperar.
-Eu...bom, eu...
-O que eu preciso fazer?
-Você já está fazendo. Há 3 coisas que precisa ter: coragem, determinação e paciência. Coragem pra amar de graça, sem porquê ou pra quê. Determinação pra saber onde quer chegar. E paciência pra esperar meu tempo...que pode não ser rápido.
-Eu te amo.
-...


Às vezes eu, narradora, penso que homens assim, com essas 3 características acabam se casando com as mulheres do "topo da árvore" (como diria Machado de Assis), mesmo que elas amem outro. Pois elas se cansam de ficar lá em cima aguardando o amado que não tem coragem, e se junta ao que lutou por ela.

Uma constatação.

O bom da vida é isso: um dia a gente chora até desidratar, outro dia a gente se alegra tanto que chega a irritar...
O melhor é que a gente chora por motivo e se alegra sem porquê! Oooo Deus bommm esse meu!
...Porque rir é sempre melhor que chorar!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu tenho vários debates internos. Uma loucuraaaaa! Não sei quem ME escuto!

Sei lá. Sempre gostei mais do plural.

'Bora' cantar já que a música parou.
Eu preciso de melodia pra andar.
'Bora' rir porque chorar já não dá.
Acabou a água salgada aqui dentro.
'Bora' dizer que sim porque o não já passou.
O não decidiu a indecisão.
E se não for como a gente quer...'Bora' dançar já que o passo escorregou.

Só não me chame pra fingir, porque não sei ser o que não sou.
Não sei ocupar espaço de um com outro.
Não sei me contentar com o comum se posso ter o extraordinário.
E isso pra mim é fingir. Então, repito, não me chame pra fingir pois não sei fazer papel de otário.

Posso não ter coragem pra fazer algumas coisas, mas tenho coragem o suficiente pra SER.

Me chame pra SER, pra ESTAR, pra VIVER.
Te chamo pra SERMOS, ESTARMOS E VIVERMOS.


Sei lá. Sempre gostei mais do plural.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Visita indesejada.




É verdade que ando sempre com um sorriso estampado no rosto.
Mas não é verdade que eu não passe por momentos difíceis.
Há momentos que o sorriso está apenas nos lábios, mas está longe dos olhos e do coração. Mas decido sorrir, mesmo com um nó no peito. Não por hipocrisia, mas por acreditar que essa seja a melhor opção: semear sorrisos, não ceder à angústia.
A tristeza até tenta me visitar uma vez ou outra, mas ela sabe que não é bem vinda.
Logo fecho a porta na cara dela e me recuso ser sua amiga. Tê-la por perto um momento ou outro é até normal, mas fazer dela companhia constante...não é comigo. Não combina com o Deus que creio, não tem nada a ver com meu Pai de Amor. E entre o que ELE me diz e o que ela tenta me fazer acreditar, decido confiar no Papai.
Quando ela me visita não é nada agradável, e comigo ela não vem sem motivo (pelo menos isso, né). Eu fico decepcionada comigo mesma, me acho ridícula por chorar de saudades (por exemplo), me acho estúpida por acreditar em algumas pessoas...
Mas aí, eu vou para o colo do Pai e choro, me desarmo, me desfaço. E ELE, com toda paciência do mundo, me ouve, me abraça e me refaz.

Eu O questiono querendo saber se ELE não está vendo, mas eu sei que está vendo e ansiando meu restabelecimento, meu ressuscitar. Então, por mais difícil que seja e por mais insuportável que a dor esteja, eu decido confiar e me entregar. Então, ELE me pega e diz que vai me carregar.

Pense comigo.





UMA- Já passou pela sua cabeça que tudo pode ter sido uma mentira???
OUTRA- Já, infelizmente já.
UMA- Então...
OUTRA- Então o quê?
UMA- Pode ser mentira, ué!
OUTRA- Tá, mas também pode ser verdade.
UMA- Olha só, eu até entendo que você não quer pensar que o que ele diz não vale 10 centavos, sei que você está negando acreditar que ele foi um bom ator na vida real, eu sei...Mas você não acha que se o que ele dizia fosse verdade, hoje tudo seria diferente?

OUTRA- Eu não sei o que machuca. De verdade. Fico tentando diagnosticar, mas não consigo. Não sei se é a possibilidade da mentira ou se é a possibilidade da Verdade interrompida por puro capricho.

UMA- Olha só, pra você isso pode ser um absurdo, mas pra ele pode ser normal.

OUTRA- Normal???Normal encontrar UMA entre milhares e dizer que você é a pessoa que sempre sonhou, saber que é recíproco e, do nada, dizer tchau???? Então quer dizer que ele está a fim de viver um pesadelo ?


UMA- Não. Quer dizer que ele não sabe lidar quando consegue o que quer.

OUTRA- Ah tá...e eu me ferro mais uma vez com isso tudo!

UMA- Mas ainda existe a possibilidade dele ser uma mentira.

OUTRA- Aham. E eu ser idiota. É isso que me irrita!

sábado, 2 de julho de 2011

Um dia de cada vez.




Oi, meu nome é Renata, e já tem 5 minutos que não penso nele.
Tudo começou quando ele me disse Oi e eu respondi. Aí não tinha mais jeito. Eu respondi.
No primeiro dia, eu liguei, falamos, falamos...e parecia que não supria.
E assim os dias foram passando e eu precisava de, no mínimo, 3 doses diárias dele.
Toda manhã meu celular apitava avisando que uma pequena dose havia chegado. Era a mensagem de BOM DIA. À noite, através do telefone ou internet, as doses eram maiores e lá eu ficava horas. Quando vi eu já estava precisando de doses cada vez mais fortes. E teve um dia que li um poema (coisa que não faço quando não estou no palco ou algo assim, sempre tive vergonha)! Aí pude perceber que já não tinha volta...Eu já estava completamente envolvida.
Quero dizer aqui que não é nada fácil e conto com a ajuda de todos, inclusive a minha própria e de Deus.
Já tem um tempo que não tenho dose nenhuma, mas não paro de pensar. Vocês não sabem como é difícil e como eu me sinto ridícula, às vezes.
Tem dias que são mais insurpotáveis que os outros.E tenho crises de abstinência. Quando acho que estou indo bem, vejo que estou fingindo pra mim mesma, e vem aquele choro lá da alma e eu me derramo em lágrimas. Dá vontade de gritar, de arrancar com as mãos, de me esmurrar pois fico indignada com tamanha frieza...
Bom, agora tenho que recomeçar pois meus 5 minutos de 'esquecimento' se foram, e contando isso pra vocês me lembrei de cada detalhe.
Mas estou aqui “lutando para atravessar um dia de cada vez”.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Estão ouvindo? É o Milagre chegando.




O Sol cantarolou uma nova canção.
As folhas do outono que passou se espalharam no chão.
O inverno que gela a alma esqueceu sua função. E minha Fé queimou os "nãos".

É sério. Muito sério.
Estão ouvindo?
A tempestade não parou, o trovão me assustou, mas o medo passou. Passou.
Em tempo 'não óbvio' as flores apareceram.
Aquele beija-flor de todo dia sorri gratidão.
É interessante, gratidão pelo que ainda não chegou, mas é uma certeza que conhece QUEM o conquistou.

As lágrimas desgovernadas de ontem subiram. Hoje quem chorou foi o Céu.
Mas é um choro de alegria, de vitória.
E eu, no meio de tanto barulho do Sol, das folhas, da tempestade, das lágrimas, das asas do beija-flor que sorri...No meio de tanto barulho eu ouvi os passos do Milagre se aproximando.
Minha Fé ri, minha razão questiona. Mas quem é minha razão nessa história toda?

Agora vocês ouviram, né?! É o Milagre. Ele deu BOM DIA.