sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma conversa franca.

O cara cheio de "pompa" chegou na mulher e se apresentou.
Ele achava que era um cara irresistível. Ela não achava nada disso dele.
-Podíamos marcar um jantar pra conversarmos melhor.
Ela não sabia dizer "não" assim 'na lata', mas estava treinando.
-Hum
-O que acha? Posso te ligar? Aí vamos naquele restaurante francês....
-Você não tem meu telefone.
-Exato, então...
-Então, continuemos assim. Não quero ser grosseira, mas deixa eu te explicar uma coisa. Apesar de eu ser muito social e conversar com todo mundo, não sou muito de ficar "conhecendo pessoas". Poucas pessoas se tornam íntimas.
-Então eu posso me tornar....
-Continuando....Quando estou conhecendo alguém prefiro ser convidada pra fazer NADA ou qualquer coisa sem pretensão do que um jantar "chique"!
-(risos)
- É sério, seríssimo!Não gosto de ser impressionada! Gosto de ficar impressionada com A PESSOA e não com o que ela faz. Jantares formais, "chiques" não me estimulam. Esse negócio de 'ter que falar de mim', tentar explicar quem sou é complicado pra mim. Prefiro não falar, e simplesmente SER.
Pois se percebo (e óbvio que é perceptível) que a pessoa está querendo me conhecer, arrancar informações, saber a meu respeito...eu travo.[...]E outra coisa, eu não sei ficar perguntando pra saber o que a pessoa faz, com que trabalha...até porque quando eu pergunto logo me esqueço. Eu sempre foco no SER. (não me pergunte porquê). E o SER não se descobre perguntando, desvenda-se com o tempo, habilidade, intimidade e sem pretensão.[...] Eu acho que jantares "românticos" ou lugares impressionantes devem ser compartilhados depois de uma certa intimidade, senão fica vazio, oco, sem lógica. Melhor do que eu falar de mim é "eu SER eu", e a pessoa ser ela. Então, só pra te ajudar, caso você encontre uma mulher tão estranha quanto eu...convide-a pra ir numa praça comer pipoca, jogar video game, brincar de alguma coisa...fazer alguma coisa que a deixe livre pra ser ela mesma, aí você descobre quem é ela (e vice-versa) sem ter que falar nada. Porque uma coisa é o que a gente acha que é ou diz que é, outra coisa é o que a gente realmente é.

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