sábado, 17 de abril de 2010

O corpo não calou.

Veio a visita tão esperada de maneira inesperada.
Por dentro ela tremia.
Por fora, ela ria.
Sentia raiva por ele ter demorado tanto, e alívio por ter chegado.
(Ela havia jurado pra si que se hoje ele não aparecesse, ela o apagaria pra sempre.Pois teria sido uma mentira, e mentiras não merecem ser contadas ou lembradas)

Ele apareceu!
Foi beijá-la. Ela virou o rosto. (reagiu ao primeiro sentimento - raiva)
Disparou a falar pra esconder a aflição, e ao mesmo tempo contou-a, mas contendo a emoção.
Sem ver, como um ímã, a mão dele se entrelaçou à dela (reagindo ao segundo sentimento- alívio, e somando com a vontade de nunca mais perdê-lo).
Chegaram em casa e se jogaram na cama para conversar, como o de costume.
Ela falava, falava e falava pra ver se mantinha o controle. Mas enquanto ela falava, ele passeava a mão pelos cabelos dela.
Passeio que se prolongou e perdeu o caminho.
Não tinha como...seus corpos falavam mais alto!
Suas bocas trocaram segredos.
E ao som da respiração ofegante, do coração disparado, eles dançaram.
Corpos pressionados que escorregavam no desejo que escorria pelo suor.
Olhos que se encaravam, compartilhavam.
Mãos que sabiam exatamente a forma a desenhar.
Quadris que se moviam, dançavam.
Amor que foi sugado até perderem as forças.

Seus corpos falavam mais alto...
E abraçados, eles se amaram.

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