quinta-feira, 4 de março de 2010

Eu juro que não estava embriagada mas vi dois de você.

Dois. Eu vi!
Um que me amava e e outro que me ignorava.
Um que me dizia palavras lindas e outro que dizia palavras lindas também, mas para outras.
Um que me guardava e outro que me oferecia.
Um que me contava de seu dia e outro que se ausentava.
Um que me desejava e outro que de mim se afastava.
Um que me pegava de jeito e outro que nem pegava.
Um que sabe o que quero e o outro não quer saber.

Sim, eu vi dois.
Um tão inteligente que poderia ensinar o mundo.
Outro tão inteligente quanto...mas que se recusava a aprender.
Um de coração grande e aberto. Outro de coração grande mas de portas fechadas.
Um humilde para assumir erros e outro orgulhoso demais para reconhecer que precisa de alguém(qualquer que seja).
Um que gosta de carinho. Outro que não sabe o receber.
Um que enche os olhos com tanta beleza. Outro que não enxerga o que vê.
Um que é seguro. Outro que teme o escuro.
Um que É. Outro que não quer ser.

Eu vi, sim!
Um que me fazia rir de suas teorias malucas. Outro que de tão malucas as vezes me fazia chorar.
Um que acreditava teoricamente e cegamente no amor. E outro que achava brega e fora de época qualquer coisa relacionada a isso.
Um que se visse um texto desse pararia pra pensar e 'ouvir'. Outro que sentiria nojo e ficaria irritado.
Um que respeita as diferenças. Outro que se não for como ele... é estúpido.

Mas o que me deixa maravilhada não é só um. Nem só o outro.
É o equilíbrio irritante que isso provoca.
É o amor ignorante que em mim faz nascer.

Ahhh..eu vi dois de você.
Um incrível. O outro também.

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